Laura Finocchiaro lança mais um single pandêmico: “Vírus”
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Vírus. Coronavírus. Doença. Mais de meio milhão de mortes. Sequelas. Fake News. Dor. Vacinação avançando lentamente. Variantes se propagando rapidamente. CPI, corrupção. Aglomerações. Festas clandestinas. Gente sem máscara. Transporte público lotado. Indiferença. Genocida. Indignação.
Foi essa indignação que inspirou Laura Finocchiaro a compor, ainda em 2020, “Vírus”. A ideia surgiu como uma necessidade de expressar sua revolta com a situação que estamos vivendo e tentar tirar as pessoas do torpor e motivá-las a agir. Nada melhor do que um rock autêntico, cheio de atitude, para sacudir o conformismo, o negacionismo, o individualismo. Laura, então, encomendou uma letra ao amigo e jornalista João Luiz Vieira, que seguiu a vibe da cantora e compositora. Assim, surgiu “Vírus”. Vírus este que ela teve de driblar para conseguir gravar a canção, uma das faixas do álbum “Oxigênio”, a ser lançado neste segundo semestre com músicas compostas durante a pandemia e apenas uma regravação: a de “Hino à diversidade”, relançado com nova roupagem em junho, mês da Diversidade LGBTQIA+.
Já o single “Vírus” tem lançamento marcado para este dia 30 de julho, quando estará disponível nas plataformas de streaming, assim como grande parte da obra da artista que, em 2022, comemora 40 anos de carreira independente. Independente de modas e modismos. Independente das preferências do mercado. Independente em suas verdades e ideais.
Laura Finocchiaro gravou todos os instrumentos presentes na faixa, além de ter produzido tudo. Na parte do groove, teve o auxílio luxuoso do percussionista e baterista João Parahyba (que tocou com Trio Mocotó e Suba). A mixagem foi feita por ela e pelo técnico Francisco Patrício, no Rio de Janeiro; e a masterização, por Carlos Freitas, da Classic Master, empresa sediada em Miami, Estados Unidos.
Cantora, compositora, produtora, arranjadora, musicista e arte-educadora, Laura Finocchiaro é uma artista de seu tempo, sintonizada com as questões urgentes da nossa sociedade doente – não só contaminada pelo novo coronavírus, mas por preconceitos, corrupção, egoísmo, violência, desmatamentos, incêndios, genocídio.
Por isso, o trabalho da artista não poderia passar distante de tantas urgências. Este “Vírus” de Laura Finocchiaro não mata, alerta. Alerta por meio de entendimento, conhecimento, ciência, pensar coletivo, solidariedade, preservação, sustentabilidade.
“Vìrus” é dor, é grito, é chamada, é alerta.
Confira a letra:
VÍRUS (Laura Finocchiaro e João Luiz Vieira)
Você chegou, a gente sabe, eu sei
Fazendo barulho, pra nos perturbar
Deveria nem ter vindo, até pensei
Entrou, não teve jeito, só fez matar
Só fez matar
Entrou, não teve jeito, só fez matar
Quero te mandar pra lá
Quero que você se mova
Quero te mandar calar
Quero que você se exploda
Só fez matar
Entrou, não teve jeito, só fez matar
Não sabe se comportar, é grosseiro
Não tem compaixão, é covarde
Não cria sintonia, é grileiro
Não desinflama, veneno que arde
Só fez matar
Entrou, não teve jeito, só fez matar
Quero te mandar pra lá
Quero que você se mova
Quero te mandar calar
Quero que você se exploda
Infame, mesquinho, miserável
Nojento, odioso, patético
Como vírus, penetrou em mim
Minha vacina é meu desprezo
Você vai se implodir antes do fim
Das cordas do meu peito, o meu desejo
Asqueroso, canalha, desumano
Lock lock lock lockdown
Lock lock lock lockdown
Escroto, indigno, indecoroso
Quero te mandar pra lá,,, Patife!
Quero que você se mova,,, Sem vergonha!
Quero te mandar calar… Vil!
Quero que você se exploda… Vírus do Brasil!
Texto: Carla Paes Leme
Foto por Marian Starosta
Com informações: SG ASSESSORIA DE IMPRENSA