ESPÓLIO DE DAVID BOWIE E WARNER MUSIC ANUNCIAM PARCERIA HISTÓRICA DE SUA CARREIRA
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O acordo define o Warner Music Group como a casa definitiva do conjunto da obra do ícone da música. O contrato abarca cinco décadas da música de Bowie
Warner Music Group (WMG) e o espólio de David Bowie assinaram um acordo global de parceria de todo seu catálogo musical. Com esse acerto histórico, a Warner Music vai agora ser a dona dos direitos de cinco décadas da transcendente e quebradora de paradigmas obra do artista. A assinatura expande o catálogo anterior, que já havia sido negociado com os administradores de sua obra, e abarcava o trabalho de Bowie compreendido entre 1968 e 1999. O novo acordo de licenciamento inclui a totalidade de seu trabalho criativo entre 2000 e 2016. “Heathen”, “Reality”, “The Next Day”, e o primeiro lugar em todo o mundo “★” (pronuncia-se Blackstar) estão entre os aclamados trabalhos que chegam ao catálogo da Warner Music em 2023.
Boa parte do catálogo de David Bowie se tornou parte da família Warner Music em 2013, quando a WMG adquiriu a histórica gravadora baseada em Londres, a Parlophone Label Group. Desde então, a Warner Music e o patrimônio de Bowie se uniram num programa extenso e premiado de lançamentos que lançavam luz à deslumbrante e revolucionária evolução de sua carreira. Isso inclui o álbum “Five Years”, que ganhou o NME Award de melhor reedição em 2016; “Conversation Piece”, que ganhou em 2021 o prêmio Making Vinyl Packaging de melhor livro + pacote de mídia, e o elogiado “Glastonbury 2000 live audio & video set” (2018).
Destaque entre os últimos lançamentos recentes do trabalho do artista, estão a aclamada série “Era”, com caixas nas quais cada uma compreende um período chave da carreira de Bowie. Lançada em 2015, houve quatro edições de “Era” lançadas até agora. A quinta caixa da série, “Brilliant Adventure (1992 – 2001)”, está programada para sair esse semestre, com detalhes ainda a confirmar. Guiado pela visão de Bowie sobre seu catálogo, Nigel Reeve – SVP Content Development & Marketing, Global Catalog da Warner Music, trabalhou em parceria estreita com os representantes do espólio de Bowie na curadoria e apresentação de uma campanha de lançamento que representasse um marco na celebração de seu legado sem paralelos, com muitos outros lançamentos ainda previstos.
Max Lousada, CEO de Recorded Music da Warner Music Group disse: “É uma incrível honra sermos escolhidos como gestores de um dos mais importantes e dinâmicos corpos de trabalho criativo da cultura moderna. O impacto das sucessivas reinvenções e da experimentação sem limites de Bowie continua a ressoar pelo mundo – pelos gêneros que ele reinventou, pelas eternas canções e sons que criou, e pela imensurável influência que ele teve na cultura, música, arte e moda. Estamos muito animados por expandir nossa parceria com o espólio de sua obra, o que nos ajudará a entregar projetos ainda mais inovadores de expansão do alcance de seu legado para as novas gerações na direção de seu universo musical.”
Kevin Gore, presidente de catálogo global da Warner Recorded Music completa: “Ter esse fenomenal corpo de trabalho confiado a nós é verdadeiramente gratificante. Nos últimos oito anos nós partilhamos de uma relação maravilhosa com o espólio do artista, colaborando com o lançamento de séries fantásticas. Nigel e todo nosso time de catálogo tomaram conta com muito cuidado, honrando a crença e confiança de nossa promessa de permanecermos verdadeiros à sua visão artística, enquanto revelávamos canções nunca antes ouvidas e trazíamos sua genialidade para novos contextos. Adicionando seu imensamente poderoso trabalho dos últimos anos de vida ao portfólio da Warner Music, estamos ansiosos para trazer a música de Bowie aos fãs de todo o globo por muitos anos ainda.”
David Bowie:
David Bowie nasceu em 1947. Entre o final da década de 60 e metade dos 70, ele realizou diversos experimentos multimídia, gravando os álbuns “The Man Who Sold The World”, “Space Oddity”, “The Rise and Fall of Ziggy Stardust”, “Aladdin Sane”, “Diamond Dogs”, “Station to Station” e “Young Americans”. A faixa “Fame”, deste último disco, foi primeiro lugar nos Estados Unidos.
Em 1976 ele se mudou para Berlim, gravando “Low and Heroes” com Brian Eno e Tony Visconti. Em 1980 ele fez sua estreia na Broadway com “The Elephant Man” e lançou em coprodução com Visconti “Scary Monsters and Super Creeps”, seguido em 1983 pelo álbum produzido por Nile Rodgers ”Let’s Dance”. Entre meados dos anos 80 e início dos 90, ele trabalhou com sua banda Tin Machine, colaborou com a companhia de dança “La La La Human Steps”, e escreveu canções para o filme “The Buddha Of Suburbia”, de Hanif Kureishi.
O ano de 1992 trouxe um dos seus primeiros CD-ROMs de rock, “Bowie’s Jump”. Em 1994, mais uma vez reunido a Eno, ele produziu o álbum experimental ”Outside”, seguido por “Earthling” (1997) e “hours…” (1999), ano em que se tornou Commandeur dans L’Ordre des Arts et des Lettres na França.
O projeto seguinte do artista foi uma colaboração com Tony Visconti,”Heathen” (2002). As apresentações ao vivo na Europa e na América nessa época continham repertório tanto de “Heathen” quanto do clássico de 1977 “Low”. Um ano depois, o álbum “Reality” foi lançado mundialmente na maior campanha interativa de transmissão por satélite, seguido pela “A Reality Tour”, efusivamente aclamada por crítica e público de todo mundo.
2006 trouxe Bowie de volta à atuação, com o filme de Chris Nolan “The Prestige” (“O Grande Truque”), adicionando esse título a seu currículo cinematográfico que já continha obras como “The Man Who Fell to Earth” (“O Homem que Caiu na Terra”), de Nic Roeg, “The Last Temptation of Christ” (“A Última Tentação de Cristo”), de Martin Scorcese, ”The Hunger” (“Fome de Viver”), de Tony Scott e ”Merry Christmas Mr. Lawrence” (“Furyo”), de Nagisa Oshima. Em maio de 2007, Bowie foi o curador inaugural do super bem sucedido evento de dez dias “High Line”, um festival de música e artes em Nova Iorque. Naquele junho ele foi homenageado no 11º Annual Webby Awards (conhecido como “O Oscar da Internet”) com o Prêmio “Webby Lifetime Achievement”, por expandir os limites entre arte e tecnologia.
Mais tarde, em 2007, Bowie estrelou no papel de si mesmo um aclamado episódio de “Extras”, série de Ricky Gervais na HBO. Em 2012 foi erguido um monumento na Heddon Street, em Londres (a cena da foto da capa de Ziggy Stardust) para comemorar a extraordinária influência de Ziggy Stardust, das Spiders from Mars e, claro, do próprio David.
Ainda mais entusiasmo acompanhou o anúncio em 2012 de que o arquivo de David Bowie Archive seria acessado de forma sem precedentes em uma exposição no Victoria and Albert Museum para um exposição curada pelo museu em Londres. Foi a primeira vez que um museu deu acesso ao arquivo de David Bowie. A exposição foi recordista de visitações nos Estados Unidos, Berlim e França.
No dia 8 de janeiro de 2013, sem barulho e de repente, David Bowie lançou seu novo single “Where Are We Now?”, anunciando o lançamento de seu novo álbum. “The Next Day”. Era o primeiro álbum inédito de Bowie em dez anos. Alardeado pela crítica de todo mundo, ele apresenta canções que hoje são amplamente reconhecidas como algumas de suas melhores.
Em 2014, para celebrar seu 50º ano na música, a compilação “Nothing Has Changed” foi lançada, e de novo Bowie surpreendeu a todos lançando uma balada matadora de sete minutos: “Sue (or In a Season of Crime)” uma colaboração com a Maria Schneider Orchestra. Bowie terminou 2014 revelando “Tis A Pity She Was a Whore,” uma obra descompromissada que apontava para uma possibilidade futura de ainda mais experimentação.
No primeiro semestre de 2015 foi anunciada a produção teatral off-Broadway “Lazarus”, uma colaboração entre Bowie e a renomada dramaturga Enda Walsh. Dirigido por Ivo Van Hove, “Lazarus”, também apresentada em Londres no King’s Cross Theatre, teve boas críticas.
“★” (pronuncia-se “Blackstar”) foi o 28º álbum de estúdio do artista, lançado em seu aniversário de 69 anos, no dia 8 de janeiro de 2016. Co-produzido por Bowie e Visconti, e apresentando o apoio do saxofonista nova-iorquino de Jazz Donny McCaslin e de seu quarteto, “★” foi lançado com aclamação maciça, arrebatando algumas das melhores críticas de sua carreira. “★” foi o primeiro álbum de David Bowie que alcançou o número 1 nos principais charts dos Estados Unidos e que escalou os charts de mais de 20 países, ganhando cinco prêmios Grammy.
Em 10 de janeiro de 2016, David Bowie morreu tranquilamente cercado por sua família depois de uma corajosa batalha de dezoito meses contra o câncer. Sua obra, de influência multigeracional, é um legado de inovação destemida e de reinvenção sem fim que vai viver para sempre.
Com informações: Press Warner Music