“Coração de Neon” prova que cinema se faz com talento – e não com dinheiro

Filme estreia no dia 09/03 em todos os cinemas do Brasil

 

Confira em https://www.coracaodeneon.com/

 

Sonho, violência, drama, romance, crime, amizade, ação, revolta, vingança… O recém-lançado longa-metragem “Coração de Neon”, dirigido e estrelado pelo paranaense Lucas Estevan Soares, tem tantas camadas e desperta tantas sensações que fazem o espectador nem perceber a hora e meia passada em frente à tela. Gravado em Curitiba, o filme é produzido e distribuído pela International House of Cinema (que, apesar do nome, é curitibana) e entra em cartaz nas redes UCI, CineSystem, Cinépolis e Cinemark, chegando também às telonas dos cinemas de Argentina e Uruguai, no dia 09 de março.

 

A história gira em torno de um carro de mensagens, o Coração de Neon, operado a quatro mãos por pai e filho, Lau e Fernando, que sonham em levar o velho Corcel – batizado de Boquelove – para os Estados Unidos. Em uma das mensagens, porém, a situação não se desenrola como o esperado, desencadeando uma série de acontecimentos trágicos e surpreendentes. Mas, para não dar spoiler, o que se pode dizer do roteiro – também produzido por Soares – é que a trama é consistente, conseguindo prender a atenção da plateia do começo ao fim.

 

Para começar, a identificação com o Boqueirão, bairro de classe média baixa e um dos maiores e mais populosos de Curitiba, é instantânea. Qual brasileiro nunca ajudou a empurrar um carro quebrado, recebeu um pedido de ajuda no portão de casa ou comprou algodão-doce de um vendedor de rua? As cenas são da rotina do Boqueirão, mas poderiam ser de qualquer bairro populoso de qualquer capital brasileira – a diferença é que em Coração de Neon, o vendedor aparece vestido de capivara, o que contribui – e muito – para o espírito lúdico do longa-metragem.

 

Com um orçamento baixo – para se ter uma ideia, “Dois Filhos de Francisco” (2005) consumiu  –, “Coração de Neon” alcança um nível de produção e finalização que não deixa a desejar em relação aos mais badalados e bem-sucedidos filmes da recente cinematografia brasileira. Com uma equipe 99% curitibana – com exceção da pós-produção –, teve um investimento de R$ 1,5 milhão por parte da própria IHC, produtora liderada por Soares e sua sócia, Rhaissa Gonçalves, principal produtora do filme, e sem usar leis de incentivo.

 

O resultado é uma obra muito bem-feita, que inclusive já começa a receber reconhecimento estrangeiro. Em 2022, “Coração de Neon” recebeu prêmios no Festival de Moscou, no Festival Internacional de Houston e no FestCine Pedra Azul. Já no Festival de Cannes, onde foi exibido em uma mostra paralela não competitiva, o filme recebeu dos produtores Cláudio Khanz e Adriana Rouanet o título do primeiro longa do “Novo Cinema Popular Brasileiro”, por transitar com maestria na lacuna entre os filmes cult e os chamados blockbusters.

 

Mais do que um ótimo filme produzido fora do Eixo Rio-São Paulo, o longa-metragem curitibano pode tornar-se referência para cineastas que labutam em um país com tão poucos recursos dedicados à cultura. Soares, Rhaissa e a IHC mostram que é possível, sim, se fazer cinema de qualidade com pouco dinheiro – quando se fala em arte, talento e dedicação são as variáveis mais importantes, e “Coração de Neon” é um filme feito com o coração. O resultado é um longa bonito, envolvente, divertido, que provoca reflexão – e que tem tudo para se tornar sucesso nas bilheterias do país.

 

CANNES

 

Em Cannes, a produção independente foi reconhecida pela história cativante, financiada por recursos próprios.

 

Entre os blockbusters e os filmes cult há um espaço que ainda não havia sido ocupado pelas produções brasileiras. No país em que a comédia é o principal atrativo de público para as salas de exibição, abordar pautas que fogem do interesse comum e misturar diferentes gêneros são atitudes ousadas – mas que fizeram Coração de Neon conquistar, no Festival de Cannes, os olhares atentos dos críticos e o título do primeiro longa do “novo cinema popular brasileiro”, elencado pelos produtores Cláudio Khanz e Adriana Rouanet.

 

Assim como na vida real, o enredo do filme não se limita a um gênero. É costurado por ação, drama e romance. Com o Boqueirão, um dos bairros mais populosos de Curitiba, como plano de fundo, a história começa com o sonho de Fernando e seu pai, Lau, de levar o Coração de Neon, um carro de telemensagem, para os Estados Unidos. Depois de uma apresentação da dupla não terminar conforme o esperado, a trama muda de direção.

 

Para transportar o espectador para o universo do “Boquera” (codinome do bairro utilizado pelos moradores), o longa utiliza uma linguagem narrativa e visual que faz parte da periferia de outras grandes cidades do país. É o retrato do Brasil com sotaque curitibano. A similaridade também está nas pautas abordadas no decorrer do filme, como a violência – presente nos relacionamentos, na ação policial e nas discussões, dentro e fora das telas, na vida de milhares de brasileiros.

 

Coração de Neon conquista pela sensibilidade de colocar contrapontos na narrativa. Se por um lado os acontecimentos que envolvem os personagens são densos, a história também é guiada pelo sonho, pelo otimismo e pelas amizades. O amor, personificado no filme pelo Boquelove – como o carro de telemensagem é apelidado – é o grande aliado do protagonista para se manter firme na realização do seu propósito.

 

Conduzido por uma equipe 99% curitibana – com exceção da pós-produção – o longa é o primeiro lançamento da IHC (International House of Cinema), produtora independente que investiu recursos totalmente próprios para o projeto sair do papel. Além do Lucas Estevan Soares, que se dividiu entre os papéis de diretor e protagonista, a equipe manteve o mesmo posicionamento, abraçando diferentes funções para o filme ser gravado.

 

A produção de guerrilha, no entanto, não impactou negativamente na competência técnica do filme. Em 2022, Coração de Neon recebeu prêmios no Festival de Moscou, no Festival Internacional de Houston e no FestCine Pedra Azul.

 

FICHA TÉCNICA

 

Roteiro: Lucas Estevan Soares

Direção: Lucas Estevan Soares

Produção: Rhaissa Gonçalves

Produção Executiva: Rhaissa Gonçalves; Lucas Estevan Soares; Mark Avdi.

Produtores associados: Gustavo Andriewiski; Luiz Gonçalves; Eduardo Rocha; Soraya Laureano de Keber; Cristobal David.

Direção de Fotografia: Eduardo Ribeiro

Direção de Arte: Mariana Pires

Figurino: Mariana Pires

Elétrica: Ícaro Calafange

Assistente de câmera: Victor Melo

Som Direto: Victor Chico

Assistente de som direto: Jotta Valiente

Assistente de Direção de Arte: Juliana Biancato

Direção de Figuração: Giuly Biancato

Asistente de produção: Giuly Biancato; Gabriela Dalberto; André Niass.

Cabelo e Maquiagem: Giuliana Genari e Lilian Marchiori

Making off: Wev Silva

Foto still: Isa Lanave

Direção de pós-produção e montagem: Lucas Estevan Soares

Color grading: Rhaissa Gonçalves

Direção de Som: Gustavo Andriewiski

Sound score: Jotta Valiente

Trilha sonora original: Lucas Estevan Soares; Gustavo Andriewiski; BellaDonna; P.A. & P.H.

Efeitos especiais: Cristobal David; Angelo Hidalgo.

Elenco: Lucas Estevan Soares; Paulo Matos; Ana de Ferro; Wawa Black; Wagner Jovanaci; Cili Nandes; Wenry Bueno.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: Assessoria de Imprensa Coração de Neon

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