Moraes Moreira faz apresentação inédita em São Paulo de seu novo trabalho ‘Ser Tão’

Show acontece no Teatro do Sesc Pompeia, nos dias 5 e 6 de janeiro

 

Foto: Ricardo Borges

 

‘Ser Tão’ é o novo álbum de Moraes Moreira. E mais do que isso: o compositor dos Novos Baianos, o homem que colocou voz nos trios elétricos da Bahia, o filho de Ituaçu, criador de frevos, cordéis, marchinhas, retomou os primeiros ritmos nordestinos, como a chula, o xaxado, o coco, o maxixe, o lundu e outros, num verdadeiro trabalho antropológico. A apresentação inédita na terra da garoa acontece nos dias 5 e 6 de janeiro, no Teatro do Sesc Pompeia.

 

Braulio Tavares, escritor, compositor, dramaturgo e pesquisador, assina o texto sobre Ser Tão: “Se a Música Popular Brasileira fosse uma cidade, Moraes Moreira seria aquele caminhante que passa por todos os bairros, cruza todas as ruas, vira em todas as esquinas e por onde anda ele se sente em casa.

 

Ser Tão não chega a ser uma novidade na obra desse compositor tão litorâneo e ensolarado, tão urbano e beira-mar. O sertão que ele busca é como um lençol aquífero acessível a quem se dispõe a ir um pouco mais fundo. Há um subterrâneo de sertão por baixo de toda a cidade-Brasil. Há uma memória de sertão juntando histórias, lendas, melodias, ritmos e personagens.

 

A obra de Moraes, sozinho ou na parceria de letristas que vão de Fausto Nilo a Capinam, foi sempre percorrida pela poesia oral nordestina, das ruas, das feiras, dos folguedos populares, das festas de rua. Ser Tão vai fundo nessa busca de origens, de influências, de plataformas poéticas que servem ao cordelista Moraes de trampolim para o salto ao futuro.

 

Moraes Moreira, cordelista? Pode haver quem se admire da presença do “novo baiano” entre os mestres da poesia popular. Inclusive como membro efetivo (cadeira 38) da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, sediada no Rio de Janeiro.

 

Moraes brinca com os gêneros tradicionais da quadra, da sextilha, da septilha, da décima, trazendo-os para conviver com a chula do Recôncavo  e o samba de roda (“Sambadô”, “Deixa o Pé no Chão”), com a viola do centro-oeste (“De Cantor para Cantador”). Sem esquecer a sanfona sertaneja na toada de “Amor e Arte”, que tem um sabor gonzagueano

 

Brinca mais ainda ao ousar o verso de doze sílabas em “Evolução”, no esquema de rimas da décima do cordel. Talvez o formato mais ousado do disco, atestando que quem domina a fórmula sente o impulso de inovar; mas só tem o direito de inovar quem a domina.

 

Nessa viagem pelo sertão da imaginação e da memória, Moraes não cria barreiras entre o cantado da maioria das faixas, o recitado (“O Nordestino do Século”, “Origens”, “Alvorada dos Setenta”) e a mistura cadenciada das duas formas em “De cantor para cantador”. O verso recitado é a base do verso cantado, na carpintaria verbal sertaneja.

 

As duas coisas são irmãs, são parceiras, acompanham uma à outra há séculos: que estejam juntas neste disco é sinal de que a pesquisa livresca e a vivência pessoal do autor também se fizeram parceiras. O estudo serve para fazer emergir a memória remota, memória de infância, de quando a gente sofre o impacto estético sem nem saber que aquela forma tem um nome.

 

Musicalmente, Moraes sempre foi um aproximador de águas, um acolhedor de belezas. A lição tropicalista foi rapidamente assimilada por sua geração para quem o rock e o samba eram bairros vizinhos que tinham a aprender um com o outro. Canções como “I am the Captain of My Soul” e “Nas Paradas” têm um sabor geracional cuja novidade não se perdeu, cuja tinta ainda não secou. Baladas de estrada, com algo de blues e das road songs que acompanharam as histórias dos andarilhos num dos muitos sertões que o Brasil descobriu dos anos 1960 para cá”, finaliza Tavares.

 

SERVIÇO:
Moraes Moreira

Dias 5 e 6 de janeiro de 2019. Sábado, às 21h, domingo, às 18h

Teatro
*O Teatro do Sesc Pompeia possui lugares marcados e galerias superiores não numeradas. Por motivo de segurança, não é permitida a permanência de menores de 12 anos nas galerias, mesmo que acompanhados dos pais ou responsáveis. Abertura da casa com 30 minutos de antecedência ao início do show.

Ingressos: R$12 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$20 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$40 (inteira).

Venda online a partir de 18 de dezembro, terça-feira, às 12h.
Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 19 de dezembro, quarta-feira, às 17h30.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos.

Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.
Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia

 

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Assessoria de Imprensa Sesc Pompeia

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Em 14/12/1979, há exatamente 46 anos atrás era lançado o terceiro álbum de estúdio da banda The Clash @the_clash "London Calling".

The Clash

Joe Strummer – vocais, backing vocals, guitarra rítmica, piano
Mick Jones – guitarra solo, piano, harmónica, backing vocals
Paul Simonon – baixo, backing vocals, vocal em "The Guns of Brixton"
Topper Headon – bateria, percussão

Músicos adicionais

Mick Gallagher – órgão
The Irish Horns – metais

Tracklist 

1. London Calling
2. Brand New Cadillac
3. Jimmy Jazz
4. Hateful
5. Rudie Can’t Fail
6. Spanish Bombs
7. The Right Profile
8. Lost In The Supermarket
9. Clampdown
10. The Guns Of Brixton
11. Wrong ‘Em Boyo
12. Death Or Glory
13. Koka Kola
14. The Card Cheat
15. Lover’s Rock
16. Four Horsemen
17. I’m Not Down
18. Revolution Rock
19. Train In Vain

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