SELTON lança Gringo Vol.1
“GRINGO Vol.1” (Universal Music Itália) é o sexto álbum da banda Selton e conta com a participação especial de Ney Matogrosso em “Sangue Latino”.
Lançada em 2013, no álbum “Saudade”, a canção “Qui Nem Giló” (Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga) com feat. de Arto Lindsay está na trilha sonora da novela “No Rancho Fundo” (Rede Globo).
Ouça aqui: https://island.lnk.to/Selton-GRINGOVol1
Vídeos:
Trailer: https://www.instagram.com/reel/C5TGFNJMalQ/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==
Fatal: https://youtu.be/NxduFvuURa0?feature=shared
Mezzo Mezzo: https://youtu.be/tQMaV-9bD3g?feature=shared
Sangue Latino: https://youtu.be/1XIWp_luLKw?feature=shared
“Mais do que pop: eles vivem a mistura. Não só de influências – como é do pop que se preza –, mas no caso deles, uma mistura real: geografia, comidas, hábitos, idiomas. E pra cada idioma, uma psique. Imagina só a cabeça duns caras com três línguas na cabeça… Saudades, endereços. Onde será que os Seltons passam o Natal? Uma banda com vários lares, e principalmente muitas horas de voo na conexão Porto Alegre-Milão-Londres, lugares onde os seus discos são concebidos e gravados.” (Mauricio Pereira)
Nascida no Brasil, criada na Espanha e consolidada na Itália, a banda Selton vive em Milão há 15 anos. Formada por Ramiro Levy, Daniel Plentz e Eduardo Stein Dechtiar começou como uma banda de rua tocando covers dos Beatles nas ruas de Barcelona. Depois que um produtor da MTV italiana os viu tocando nas ruas, o grupo assinou seu primeiro contrato de gravação na Itália.
Gringo
Para os mexicanos os gringos são os americanos.
Para os argentinos os gringos são os italianos.
Para os italianos os gringos são os cowboys.
No Peru, quem tem a pele branca é considerado gringo.
No Brasil, basta ser estrangeiro para se considerado gringo.
A gente queria fazer um disco que soasse gringo. A busca era encontrar um novo som, uma nova identidade que fosse difícil de catalogar. Uma música que parece vir de outro lugar, de outro planeta. Depois de muitos anos tocando juntos, sentimos a necessidade de fazer um disco que fosse relevante, principalmente para nós mesmos, e não simplesmente mais um disco da Selton. Por isso decidimos usar o tempo a nosso favor e voltar somente quanto tivéssemos algo de importante para dizer, algo gringo.
A produção é de Ricky Damian, um jovem prodígio italiano (vencedor de um Grammy Award com “Uptown Funk” de Bruno Mars, braço direito de Mark Ronson) que se mudou a Londres para seguir o seu sonho: mais um gringo, a sua maneira. Juntos gravamos grande parte do disco no estúdio de Damon Albarn (Blur, Gorillaz), que entre sintetizadores e instrumentos do mundo inteiro, contribuiu de maneira decisiva à pesquisa e à riqueza sonora do disco.
O nosso sangue Beatlesiano, nos fez pensar nesse disco desde o início como o nosso Álbum Branco (com toda a humildade desse mundo), ou seja, uma nossa revolução pessoal. Partimos de uma base de cinquenta canções, até chegar nas vinte finalistas. Cada uma delas tinha um bom motivo para entrar no disco. E foi assim que nos demos conta de que seria efetivamente um disco duplo, não branco, mas sim verde.
Dudu, que além de tocar baixo é o criador de todas as capas dos nossos discos até aqui, tinha feito uma capa linda, distópica e cheia de cores, que representava muito bem a riqueza sonora presente no disco. Aos poucos nos demos conta de que no final das contas nenhuma imagem representava de maneira total o que estávamos querendo dizer. Tudo parecia redutivo ou não exatamente a foco. Foi assim que durante uma noite de brainstorming nasceu a ideia do monocolor. Deixar espaço somente à música, sem nenhuma representação gráfica ou outros elementos que pudessem distrair do som, então decidimos dar espaço ao verde.
O minimalismo desse imaginário nos fez pensar ao universo estético de alguns grandes artistas milaneses, que à sua maneira foram verdadeiros gringos da sua geração: da ironia quase carnavalesca de Enzo Jannacci ao design visionário de Bruno Munari. E aqui sentimos que mais um ciclo se fechava na nossa cabeça, um retorno às nossas origens, mas com uma nova consciência. Recém chegados em Milão fomos catapultados no mundo surrealista de Jannacci, na sua genialidade e na sua maneira extravagante, quase alienígena de viver a cidade de Milão. Condição que acabou virando também nossa, e que buscamos preservar pois acreditamos que seja importante para manter o olhar crítico, artístico sobre o mundo. Foi assim que entre Londres, sul da Itália e Milão, parimos o nosso álbum verde.
Sangue Latino (feat. Ney Matogrosso)
Daniel Plentz: bateria, congas, timbal, shaker, meia-lua, guitarra e voz
Eduardo Stein Dechtiar: baixo, piano, sintetizador e voz
Ramiro Levy: voz, violão, cavaquinho e guitarra 12 cordas
Ricky Damian: programação eletrônica e teclados
Ney Matogrosso: voz
A ideia de fazer uma versão italiana de Sangue Latino veio uma noite em um sonho. Um sonho que estranhamente acabou se tornando realidade. A letra original parece ter sido escrita já pensando que algum dia ela seria traduzida ao italiano. De alguma maneira sentimos que essa canção nos pertence, pertence a esse nosso momento. É sobre caminhar, sobre transformar e se deixar transformar, sobre o tempo que passa e sobre as nossas raízes, constantemente em movimento. E para coroar esse sentimento, ainda tivemos a participação do Ney Matogrosso, que acolhemos como uma espécie de benção.
Calma Cara
Daniel Plentz: bateria, drum prog 505, congas, bongo, shaker, meia lua, guitarra e voz
Eduardo Stein Dechtiar: baixo e voz
Ramiro Levy: voz, violão de aço, guitarra, wurlitzer e T8
Ricky Damian: programação eletrônica, Roland TR505, Clavinet, Piano, Korg Poly Ensemble e Minimoog Model D
Gaia: backing vocals
A profundidade de alguns momentos fugazes. Quando uma noite de paixão é interrompida pelo sol que nasce. A vontade de não levantar nunca mais da cama onde tudo aconteceu.
Fomos à Londres gravar com Ricky Damian pela primeira vez em maio de 2023. Ele nos convidou para fazer uma sessão no Estúdio 13 – estúdio de Damon Albarn (Blur, Gorillaz) – onde acabamos gravando grande parte do disco. A ideia era passar alguns dias juntos no estúdio para fazer um teste de produção, depois de ele ter ouvido as demos das novas músicas.
Por algum motivo, porém, decidimos levar uma música totalmente nova que havia surgido poucos dias antes, ainda em estágio embrionário. A partir daí, foi tudo extremamente natural: percebemos que tínhamos em nossas mãos uma ótima música e sentimos que havíamos encontrado uma direção estética que nos agradava muito. A música foi gravada ao vivo e nos sentimos vivos como há muito tempo não nos sentíamos. Foi nesse momento que percebemos que esse era o time certo para fazer este álbum. E de fato foi. Nos backing vocals Gaia, uma cara amiga ítalo-brasileira, artista de grande estilo.
Fatal
Daniel Plentz: bateria, congas, timbal, cajon e vozes
Eduardo Stein Dechtiar: baixo, sintetizador e voz
Ramiro Levy: voz, violão, guitarra e teclados
Ricky Damian: programação eletrônica e backing vocals
Machweo: co-produção
Leo Varsa: teclados
Os nossos amigos estão todos estressados, frustrados e cheios de portas abertas que não levam a lugar nenhum. É por isso que escrevemos uma música para eles, mas no fundo também para nós mesmos, que nos acostumamos a viver cansados, sempre com pressa e com a sensação de chegar sempre atrasados.
Café Pra Dois
Daniel Plentz: batteria, reco reco, cowbell, cajon, shaker e voz
Eduardo Stein Dechtiar: baixo e voz
Ramiro Levy: voz, violão de nylon, violão de aço, guitarra e rhodes
Ricky Damian: programação eletrônica, Juno 106, Juno 6, Prophet 5 e Vocoder
Não há demonstração de amor maior do que pendurar as roupas íntimas do outro quando ele não está. Uma história como tantas, que fala de quando a rotina acaba com o tesão, levando consigo toda a magia, e junto com ela leva também a pessoa que costumava ocupar o outro lado da cama de casal. “Passei um café para dois, depois lembrei que a gente se deu mal, que cada dia a gente errava tudo igual. Eu nasci pra ser o teu ex.”
Mezzo Mezzo
Daniel Plentz: programação eletrônica, sampling, bateria, shaker, meia lua e voz
Eduardo Stein Dechtiar: baixo e voz
Ramiro Levy: voz, violão, guitarra, wurlitzer, rhodes e mellotron
Ricky Damian: programação eletrônica e teclados
Adele Altro: backing vocals
Metade sonho, metade realidade. Metade em italiano, metade em português (mas também um pouco em inglês). Metade em 3/4, metade em 7/4. Uma história pela metade, interrompida por um mundo que muda de repente, criando um abismo entre duas pessoas que antes eram uma só. O piano que ficou mudo, até as cartas de tarô erraram a previsão. Sangue beatlesiano e alma latina. Nos backing vocals conosco, o toque mágico de Adele Altro (Any Other).
Calamaro Gigante
Daniel Plentz: backing vocals
Eduardo Stein Dechtiar: voz
Ramiro Levy: violão, guitarra, mellotron, piano, gaviões e backing vocals
Ricky Damian: programação eletrônica, Minimoog Model D e Arpa
Ginevra: backing vocals
Uma fábula contemporânea, o relato de um êxodo forçado. Uma história que fala dos movimentos migratórios narrada do ponto de vista da natureza, representada simbolicamente por um ser mitológico que, das profundezas do mar, observa a miséria humana com distância e compaixão. Um fluxo de consciência escrito às 6 da manhã por Dudu, que digitava o texto usando apenas a mão esquerda enquanto segurava a pequena Emma no colo, nascida poucos meses antes.
Maresia
Daniel Plentz: bateria, shaker, programação e voz
Eduardo Stein Dechtiar: baixo e voz
Ramiro Levy: voz, guitarra, acústica, ukulele e pianoforte leslie
Ricky Damian: programação, Hitachi, Korg Poly Ensemble, Minimoog Model D, Timpani e Mellotron
Ginevra: voz
Adele Altro: côro
Maresia é uma daquelas palavras repletas de significado. Ela traz consigo toda a poesia do ar que se respira quando estamos perto do mar. O perfume presente nas lembranças daquelas férias de verão, aquele que nos faz suspirar de alívio cada vez que abrimos a janela do carro e percebemos que finalmente chegamos na praia. A maresia que tudo corrói, que tudo transforma. Uma história transformada em canção. Um amor que, após uma longa jornada, encontra sua forma final e se transforma. Nos backing vocals, Ginevra e Adele Altro (Any Other), que acrescentaram uma cor especial que nos dá um arrepio a cada vez que ouvimos a música.
Loucura (feat. Marco Castello)
Daniel Plentz: bateria, congas, timbal, shaker e voz
Eduardo Stein Dechtiar: baixo e voz
Ramiro Levy: voz, programação eletrônica, violão e rhodes
Marco Castello: voz
Pietro Selvini: saxofone barítono e backing vocals
Ricky Damian: Minimoog Model D,
Leo Varsa: Wurlitzer e JP-XP
Lorenzo Pisoni “Piso”: côro
Depois do último encontro com sua tia, que passou seus últimos dias em um lar de idosos, Ramiro saiu de lá com um único pensamento: o que será de nós quando ficarmos velhos? Já tínhamos começado a escrever essa música quando mostramos ela para o Marco Castello. Artista siciliano extremamente talentoso, com um modo de escrever extremamente único. Sempre nos fascinou o fluxo de consciência que ele usa em suas músicas, com as quais parece flutuar sobre as coisas da vida. Na verdade, ele escreveu as únicas palavras que poderiam completar esse sentimento assim tão específico e ao mesmo tempo abstrato. Naquele dia, ele passou aqui pelo nosso estúdio junto com Pietro e Piso do Tropea (outra banda de amigos extremamente talentosos). Pietro tocou o sax e juntamente com Piso fizeram alguns backing vocals. Enfim, música feita entre amigos, unidos pelo medo de envelhecer e pela vontade de viver tudo até o fim.
Tears In The Swimming Pool
Daniel Plentz: programação eletrônica e voz
Eduardo Stein Dechtiar: baixo e voz
Ramiro Levy: voz, violão, teclados e piano mudo
Ricky Damian: programação eletrônica, claps, Minimoog Model D, Moog Prodigy
Adele Altro: backing vocals
Canção escrita inteiramente dentro d’água. Algumas noites antes, Dudu havia feito dois acordes no ukelele e, por algum motivo, esses acordes ficaram na cabeça de Ramiro, que enquanto nadava na piscina tentava fixar mentalmente as palavras que surgiam como por magia em uma folha imaginária. Esta é a nossa prova de que mergulhar na água fria pode ter seus benefícios, mesmo no inverno, especialmente se estiver tentando deixar algo inútil para trás. Algo que se foi deixando um enorme vazio, sim, mas também deixando espaço para novas coisas. Como aquela viagem de carro às 6 da manhã no dia primeiro de janeiro, lembra? Fim do Volume 1. O melhor ainda está por vir.
Shows confirmados
25 de maio: Festival Mi Ami (Milão)
29 de maio: Blue Note (Rio de Janeiro)
30 de maio: Sesc Sorocaba (São Paulo)
01 de junho: Sesc Pompeia (São Paulo)
07 de julho: Oltranza Festival (Torino)
12 de julho: RB Festival (Massarella)
13 de julho: Mattorosso Festival (Montebelluna)
19 de julho: Pensieri Correnti Festival (Alberobello)
26 de julho: Riverock (Assisi)
03 de agosto: Indiependenza Festival (Cassine)
Com informações: Bebel Prates Assessoria de Comunicação