
THEO BIAL canta CHICO BUARQUE
Jovem talento lança álbum de releituras do gênio da MPB no Blue Note Rio, Blue Note de São Paulo e faz shows no Japão
Aos 27 anos, voluntariamente filiado à bossa nova (e por ela carinhosamente adotado), mas também muito identificado com o samba, Theo Bial chega ao terceiro álbum da carreira solo com um projeto de intérprete. O escolhido para a homenagem não é qualquer um, nem poderia ser. Depois de “Vertigem” (2022) e “Neo-Bossa” (2023), o cantor e compositor carioca se joga em releituras de Chico Buarque, um nome que carrega fortes laços bossanovistas, mas que sempre, assim como João Gilberto, se viu fazendo samba. “Theo canta Chico” é o nome do álbum, que será lançado em todas as plataformas digitais no próximo dia 06 de junho.
Os shows de lançamento no Brasil serão no Blue Note Rio, em 6 de junho (sexta-feira) mesma data do lançamento do álbum, e no Blue Note São Paulo, em 4 de julho (sexta-feira), ambos às 22:30h. Em seguida, Theo começa a mostrar sua música internacionalmente, com dez apresentações no Japão. A partir de sua identificação com a bossa nova e atendendo a um convite de Roberto Menescal, um dos mais importantes pioneiros do gênero, Theo Bial se junta a Menescal e à cantora nipobrasileira Lisa Ono para oito shows históricos em Tóquio, em 21, 22, 24 e 25 de julho, no Blue Note Tokyo. Será a turnê de despedida de Menescal, 87 anos, do Japão, após mais de trinta visitas ao país. Também será a primeira vez que Menescal fará um show junto com Lisa Ono, voz que há décadas tem um papel importantíssimo na divulgação da música brasileira na Ásia. Theo ainda fará duas apresentações solo, em voz e violão, nos dias 26 e 27 de julho no Blue Note Place, em Tóquio.
THEO CANTA CHICO – NOVO ÁLBUM
No novo disco, “Theo canta Chico”, ele está acompanhado por dois jovens músicos também cariocas: o amigo e parceiro Raoni Ventapane e seu irmão Guido Ventapane, netos de Martinho da Vila e companheiros nas andanças por rodas em Madureira e em Pilares, na zona norte, e noitadas no Beco do Rato, na Lapa. “Não tem bateria, é tudo formatado com percussão, como em discos de samba”, explica Theo. “A ideia era gravar no esquema clássico do grupo Fundo de Quintal. Levei três panelões de comida pra fazer uma festa no estúdio, recebendo todo mundo. Em um dia gravamos doze bases de percussão e baixo. No outro dia gravei os violões e outros instrumentos. Só as vozes é que ficaram para depois, em outros estúdios.”
A gênese do projeto foi um show na Casa da Glória, Rio de Janeiro, em 2019, com canções de Chico Buarque e Tom Jobim. Na época, já com trajetória como músico “da noite” (em bares de Ipanema, hostels, hotéis e restaurantes), Theo incorporou a seu repertório “Homenagem ao Malandro”, “Quem Te Viu, Quem Te Vê” e “Essa Moça Tá Diferente”.
Em 2024, já a partir da amizade com Raoni, veio, o show voltado só para material de Chico, com direção da mãe de Raoni, Analimar Ventapane (cantora, produtora, percussionista, filha de Martinho), juntamente com Martinho Filho e Mart’nalia. Depois de temporadas de sucesso no Blue Note Rio (em junho) e no Blue Note São Paulo (setembro), ainda rolou em novembro uma participação de Theo no show da Nova Orquestra com Clara Buarque, no festival Rock the Mountain, em Itaipava.
“Foi um processo muito enriquecedor trabalhar essas músicas. Já tínhamos ensaiado esse repertório, investido quase um ano… Então resolvi gravar. Mas não queria gravar ao vivo, não gosto do som do violão plugado em linha”, comenta Theo. A opção foi registrar o repertório, 15 músicas, partindo dos arranjos feitos para o palco.
Theo começou a estudar violão aos 10 anos, para tocar pop/rock e canções de Tim Maia. Mais tarde, evoluiu em direção à soul music e sentiu um estalo ao se deparar com o repertório de Djavan. Foi estudar no exterior (um curso de verão no Berklee College, em Boston), onde viu a força da bossa nova e, além do impulso afetivo, seguiu um insight racional: “Tenho que beber dessa fonte”.
No disco, ele toca violão em todas as faixas — além do cavaquinho, instrumento em que é autodidata, em várias. “O violão é parte da minha identidade, e a linguagem dele é de bossa nova”, define. Pouco depois de conhecer Roberto Menescal, recebeu alguns preciosos toques do mestre.
No canto, segue evoluindo com aulas com Eveline Hecker, que por décadas fez parte da Banda Nova, de Tom Jobim. “Ela me ajudou muito, me deu ótimas orientações”, conta Theo. Ele trouxe sua bagagem pessoal, com divisões de samba, diferentes das feitas por Chico, servindo ao texto (e que texto!) do compositor sem arroubos interpretativos. “Eu não sou um intérprete teatral. Eu interpreto do meu jeito, preocupado em dizer as palavras, cantar as notas certas, ser fiel à parte melódica.”
Acompanhado por grandes músicos de outras gerações (Adriano Giffoni, Adriano Souza) e representantes de linhagens nobres do samba, o álbum traz participações especiais (com status de feat.) de jovens talentos como o cantor Vidal Assis e o violonista Vinícius Guimarães.
“Theo Canta Chico” foi gravado no Estúdio Fibra, no Estúdio La Maison e no Estúdio Toca do Ogrow.
Direção artística: Martinho Filho, Analimar Ventapane e Mart’nália Produção Musical e Fonográfica: Theo Bial
Shows de lançamento:
Blue Note Rio de Janeiro: 6 de junho (sexta-feira)
Blue Note São Paulo: 4 de julho (sexta-feira)
Datas no Japão:
Lisa Ono & Roberto Menescal com Theo Bial: 21, 22, 24 e 25 de julho no Blue Note Tokyo (duas sessões a cada dia)
Theo Bial: 26 e 27 de julho no Blue Note Place, em Tóquio
FAIXA A FAIXA “THEO CANTA CHICO”
A introdução é com uma “Homenagem ao Malandro” diferente, sem o gingado gafieirístico que o trombone de Ed Maciel confere à gravação original, mas com o talento de Felipe Miranda ao sax. E com um pulo do gato: o banjo à moda Arlindo Cruz de João Martins, herdeiro musical de Wanderson Martins (chorão emérito e cavaquinho de ótimos serviços prestados a Martinho da Vila e Dona Ivone).
A flauta transversal de Felipe Miranda puxa a segunda faixa, “Essa Moça Tá Diferente”, com certa latinidad reforçada pelo violão de Theo e as congas dos irmãos Guido e Raoni Ventapane, em clave de són suave. No piano elétrico, o craque Adriano Souza (fera que acompanha Paulinho da Viola, Roberto Menescal e Mauro Senise) deita e rola.
Corta a ação para um bar suburbano (ou poderia ser o megaortodoxo Bip-Bip, em Copacabana): “A Rita” começa só no cavaco, depois seguido por voz, caixa de fósforo, prato e faca, e garrafa. E então entra a baixaria do violão de 7 de Vinicius Magalhães, cria do choro de Brasília e atual trunfo da banda de Ivan Lins.“A ideia era passar uma parada de botequim, eu sentado no bar e falando da Rita, ‘vamos beber pra esquecer’…”, conta Theo.
Sem contorcionismos ou cavalos-de-pau, mas, como dizia Bezerra da Silva, “provando e comprovando sua versatilidade”, o álbum avança para um clima de piano bar sofisticado de outras eras. Theo revisita o eu lírico feminino buarquiano em um terreno onde o próprio Chico não se propôs a pisar: a libertária “Folhetim”, ambientada com elegância pelo piano de Adriano Souza e pelo contrabaixo acústico do mestre Adriano Giffoni (referência do instrumento na MPB), e o reforço do trompete de Raphael Sampaio (da banda de Hermeto).
Em “Cotidiano”, o arranjo conceituado por Analimar (mãe de Raoni, filha de Martinho), que fez a direção do primeiro show de Theo em homenagem a Chico, tem flauta e o agogô, referência maior da gravação original, mas desemboca num inesperado maracatu… E no final percussivo, cabe até uma guitarra, tocada pelo próprio Theo.
Outra reinvenção surpreendente vem em “João e Maria”. “Transformamos a valsa numa macumba”, descreve Theo, orgulhoso, fazendo questão de creditar a ideia à Analimar. “Dois ritmos ternários, né?”. A percussão simula a “cavalaria” dos personagens da canção, com direito até a galope. No clima bom de estúdio, de produção colaborativa, não faltou a contribuição de Mart’nália, tocando xequerê, a partir das dicas de Cláudio Britto (filho do lendário Ovídio Britto), percussionista da banda de Martinho.
“Leve”, a parceria de Chico Buarque com Carlinhos Vergueiro que canta um desses tão decantados amores líquidos (o livro de Zygmunt Bauman saiu em 2003, a música é de 1996), marcava no show de Theo o começo de uma sequência intimista, sem banda. Na gravação, recebe tratamento delicado, com o violão de Vinícius Magalhães se juntando à base de Theo, com discretos comentários da flauta de Felipe Miranda. Fã da “melodia transparente, flutuante” da canção, o intérprete saboreia também o “lado Tarantino” do lirismo: “não se atire do terraço, não arranque minha cabeça”.
Na difícil “Eu Te Amo”, ele se joga sem rede de proteção, trazendo um contraste inusitado. Apresenta com nudez joãogilbertiana, só a voz, contida, e o violão (próprio), uma das composições de Chico que mais admira e que tem na sua versão mais conhecida todo um arrebatamento dramático, expresso com piano, orquestra, vozes arranjadas e o brilho do cometa Telma Costa.
Para a belíssima “Cecília”, que completa o bloco intimista, Theo contou com o feat. de Vinícius Magalhães, valorizando a participação do instrumentista, com um violão que trata tão bem as delicadezas da harmonia de Chico e Luiz Cláudio Ramos.
Em “Ela Faz Cinema”, o cantor se mostra mais uma vez muito à vontade; introduz sutis diferenças na harmonia e eleva a temperatura, ainda na dinâmica de samba-choro, mas com uma bem encaixada cuíca.
Com autenticidade, ele traça “Futuros Amantes”, um dos grande desafios do repertório, com notas mais longas e a elegância necessária, na companhia refinada de Raphael Sampaio ao trompete e Adriano Souza ao piano (e também pad).
“Samba do Grande Amor” abre o microfone para um convidado especial: Vidal Assis, uma das vozes mais bonitas de sua geração (na casa dos 40 anos), talento com o selo Hermínio Bello de Carvalho de qualidade. “Admiro demais! Ele foi no meu show, comprando ingresso, amarradão. Tinha que convidá-lo pro disco”, comenta Theo. Na instrumentação, repique de mão de Guido Ventane e tantan de Cláudio Britto dão um refrescante sabor de Fundo de Quintal.
“Ilustríssimo Ciro” é uma das pérolas do repertório, pedida do pai de Theo, tricolor doente. Com suingue suave já a partir do violão, faz bonito no breque, com o pandeiro de Raoni Ventapane e o ganzá de Kaká Nomura deixando para o ouvinte o prazer de completar mentalmente o som da caixa de fósforo do Formigão — Ciro Monteiro, destinatário homenageado por Chico na composição —, marca da gravação original.
Theo arrisca uma dolência diferente para “Quem Te Viu, Quem Te Vê”, em que toca violão e cavaquinho, com o violão 7 cordas de Vinícius Magalhães e todo o time de ritmistas na retaguarda.
No encerramento, “Apesar de Você” também em registro “natural”, quase low profile, deixa a catarse para a galera que inevitavelmente vai cantar junto. Um encerramento mais que adequado para este trabalho que traduz com personalidade o amor e o respeito não só pela obra de Chico Buarque, mas também para os modos e maneiras buarquianos com que o autor sempre interpretou as próprias canções.
Pedro Só
Serviços shows:
Blue Note Rio – Theo Bial canta Chico Buarque, show de lançamento do álbum THEO CANTA CHICO
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Blue Note Tokyo
Lisa Ono & Roberto Menescal com Theo Bial
21, 22, 24 e 25 de julho (duas sessões a cada dia)
Performance details
LISA ONO & ROBERTO MENESCAL
“The Final Japan Tour of the Bossa Nova Creator” with Theo Bial
Lisa Ono & Roberto Menescal
“The Final Japan Tour of the Bossa Nova Creator” with Theo Viau
https://www.bluenote.co.jp/jp/sp/artists/lisa-ono/index.html
Blue Note Place (Tóquio)
Theo Bial
26 e 27 de julho, Blue Note Place, em Tóquio
https://www.bluenote.co.jp/jp/sp/artists/lisa-ono/index.html
Com informações: ASSESSORIA DE IMPRENSA – ANA PAULA ROMEIRO