Bando À Flor da Pele estreia com homenagem ao interior da Bahia
“Feira Jacobina” nasceu em uma viagem de bicicleta
Foi numa viagem de bicicleta entre as cidades de Feira de Santana e Jacobina, ambas no interior da Bahia, que o compositor Sandro Souza criou a música “Feira Jacobina” e deu de presente para sua antiga banda, o Bando À Flor da Pele. A música sai em parceria com o selo Banana Atômica e traz uma celebração do interior e um clima de retorno às suas raízes.
“Nascida as beiras da BR 324 norte, “Feira Jacobina” manifesta elementos da identificação do feirense com cidades irmãs do interior, relação muito comum devido aos vínculos ancestrais de parentescos, onde os filhos e filhas vão para a ‘cidade grande’ em busca de melhores oportunidades de trabalho. Aqui se cruzam, aqui se fazem, constituem família e dão seguimento a este eterno retorno até suas raízes. Esse sentimento de buscar o interior, ir de encontro aos semelhantes, às raízes, ampliando as lentes para, assim como Jacobina, todo o interior da Bahia que se funde e desaguam, significativamente na ‘Fêra’”, conta o percussionista Ravel Conceição.
Foi com Sandro, João Espinho, Jefferson Moura, que Ravel deu corpo ao que antes era uma banda de forró que brincava com temas jocosos, divertidos, sensuais, por isso o nome À Flor da Pele. Foi a partir de 2018, que a banda investiu no autoral, e agora chega com sua estreia, a suingada “Feira Jacobina”. A canção tem propositalmente uma linguagem simples, de expressões que descendem da sabedoria do povo “da roça” e mostra a latinidade-baiana do Bando À Flor da Pele.
Influenciados por ritmos latinos como a cumbia e os ritmos afrocubanos, a banda também passa por vários sons bem brasileiros, como a MPB, a soul music nacional, o axé dos anos 80/90, o pagodão e o carimbó. E cita grandes nomes para ilustrar essas influências: Buena Vista Social Club, Chucho Valdés, Gilberto Gil, Tom Zé, Dominguinhos, Tim Maia, Dona Onete, Carlinhos Brown e a Timbalada.
“Feira Jacobina” foi gravada a masterizada no Netuno Studio por Paulo Vitor, mixada por Pedro Patrocínio, pelo selo Banana Atômica e tem as participações de Tito Pereira (piano e órgão) e DJ Lerry (sintetizadores). A música fará parte do EP prometido para ser lançado ainda em 2021 e se chamará PATUÁ!. O EP é produto do edital do Prêmio Jorge Portugal pela Lei Aldir Blanc de auxílio emergencial voltado para a Cultura. A arte da capa é de Marcos Silva.
Capa de “Feira Jacobina”. Arte: Marcos Silva.
Mais sobre o Bando
Proveniente da cidade de Feira de Santana, o Bando À Flor da Pele, formado em 2018, é composto por Ravel Conceição (Percussão, vocais e guitarras), João Victor (Baixo), Elaine Lopes (Guitarras), Malcoln Ramsés (Percussão), Carlos Luan (Trombone) e Robson Souza (Bateria), todes oriundos de cidades do interior da Bahia, a qual funde elementos da música afro-latino (Rumba, Salsa, Lambada, Cumbia, etc), dos ritmos da cultura popular do Norte-Nordeste (baião, coco, maracatu, carimbó etc), da cultura afro-baiana (samba de roda rural, Ijexá, capoeira, pagodão etc) e da música mundial (rock in roll, drum ‘n’ bass, jazz, etc), revelando uma estética experimentalista com canções que tratam do flerte romântico, das questões sociais, evocando os elementos naturais como símbolos, caminhos, sinais das significações nas mensagens contidas em tons descontraídos, do banal ao profundo em questões de segundos.
Redes Sociais
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Mais sobre Banana Atômica
Nascido em janeiro de 2019, o Banana Atômica é um selo e por vezes produtora sediada em Feira de Santana (BA) e encabeçada por Joilson Santos. Joilson já tem mais de dez anos de carreira e é um importante produtor na cidade, sendo o criador do festival Feira Noise, além de shows e eventos que movimentam a cena no local.
Com informações: Favorite Produções – Alessandra Braz