Chico Chico lança “Estopim”
Ouça aqui: https://chicochico.lnk.to/EstopimPR
Chico Chico é música em estado bruto. Compõe a partir do que está vivendo, escolhe o repertório que lhe toca o coração e canta à sua maneira, sempre primando pela espontaneidade e pela liberdade de poder trazer suas diversas influências e ideias para as canções, seja no palco ou dentro do estúdio. Desde 2023 ele vem trabalhando com Pedro Fonseca, produtor e tecladista que tem “lapidado” o trabalho de Chico, dando contornos que sempre enaltecem a personalidade do cantor e compositor carioca.
Fizeram juntos o EP “Espelho”, em 2023, e entraram no estúdio Tambor no início deste ano com alguns conceitos do álbum bem definidos. “O disco partiu de muitas conversas entre eu e o Fonsa (Pedro Fonseca), que entendeu bem essa dualidade das composições, tanto das imagens rurais quanto das urbanas que permeiam meu trabalho e se fazem presente neste álbum” – comentou Chico Chico.
As 11 faixas do álbum passeiam pelas diversas influências de Chico. O disco abre com um interlúdio e depois vem “Toada”, o primeiro single. A própria música anuncia: “Tenho a luz da manhã como encanto/ Como corre a cor da semana/ Apitou, apitou o apito/Começou, começou a toada” são os primeiros versos da canção, de autoria de Chico Chico e João Mantuano. A faixa tem uma levada roqueira e referências de ritmos nordestinos, especialmente do bumba meu boi, do Maranhão. Nascido e crescido no Rio de Janeiro, Chico Chico traz muito do clima urbano da cidade em suas composições, assim como sua ligação com o interior, o nordeste e suas tradições musicais. “Sempre tive muito interesse nesse ritmo, o boi. Já tocava essa canção nos shows e adorei o resultado. Além de contarmos com uma banda muito integrada, gravamos o som da porta do estúdio, da cadeira e outros sons alternativos que funcionaram como instrumentos” – contou Chico. Em seguida “Terra a Vista” é quase um dance, um house, ao mesmo tempo em que flerta com o carimbó. E assim, o disco vai caminhando pelos vários mundos de Chico, do bucólico, do regionalismo, do folk e ao mesmo tempo do urbano, do dançante, do noturno. Momentos de maior delicadeza na forma de cantar e nos arranjos e momentos mais explosivos de visceralidade. A jornada continua com “Vai”, uma mpb com clima tribal, depois o delicioso samba de roda “Altiva”, com participação da cantora Juliana Linhares e “Urmininu”, na qual faz um dueto vocal com Julia Vargas. Em seguida vem “Acorda Zé”, com letras e arranjos psicodélicos, “Jogo de Chapéu”, que parece mesmo uma brincadeira de roda e já faz parte do repertório do show, e a densa “Abismo”, com um coro especial de várias vozes do próprio Chico sobrepostas.
Chico é um compositor voraz e a partir das muitas composições prontas, eles priorizaram as canções mais solares, que funcionam para dançar e também desfrutar do olhar de uma paisagem. “Eu entrei no universo dele, a partir disso fui pensando os arranjos” – explicou Fonseca. São sete músicas de autoria do Chico, que assina parcerias com João Mantuano, Sal Pessoa, Tui Lana e João Duarte. As outras três foram compostas por João Mantuano (Jogo de Chapéu) e Tui Lana (“Parado no Vento”, “Parte de Mim” e “Abismo”, esta em parceria com Mateus Lana).
O clima das gravações foi muito divertido, com todos muito à vontade no estúdio e participando ali do processo criativo. “É um álbum de muitas mãos” – define Chico.
A gravação contou com um time excelente de músicos: Chico Chico (voz e violão), Guto Wirtti (contrabaixo), Thiaguinho Silva (bateria), Pedro Fonseca (teclados e arranjos), Walter Villaça (guitarra e violão de aço), Thiago da Serrinha (percussão) e Jorge Continentino (sax barítono, flauta e pife). Além dos luxuosos arranjos de sopro feitos pelo mestre Marlon Sette para as músicas “Vai”, “Jogo de Chapéu” e “Terra à Vista”, nas quais ele também toca trombone.
“Estopim” foi produzido por Pedro Fonseca junto a Rafael Ramos, gravado e mixado por Matheus Gomes, masterizado por Fábio Roberto no estúdio Tambor (RJ) , e é um lançamento Deck.
Com informações: Piky – Mariana Candeias