Duo MUÑOZ lança álbum Twins
“Twins” é o álbum que marca o retorno do MUÑOZ após uma pausa de cinco anos. O disco resgata a essência do duo com uma sonoridade intensa e direta, misturando Heavy Psych com influências de Garage Rock.
Twins é um álbum feito para matar a saudade — da criação, dos palcos e da identidade construída ao longo de mais de uma década de atividade. A proposta foi produzir um trabalho que representasse com sinceridade a alma da banda: um duo barulhento, visceral e honesto.
As letras, seguem uma linha surrealista, introspectiva e sarcástica, dentro do universo do psych rock, abordando temas como ego, solidão, tempo, sonho e loucura. No entanto, o foco do álbum não está nas palavras em si, mas na experiência sonora como um todo, onde voz, ruído e ambiência ocupam o mesmo espaço narrativo.
A capa do disco reforça o caráter íntimo e simbólico do projeto: uma fotografia dos irmãos ainda crianças, nos anos 1990. A imagem remete à infância e à conexão fraterna que se traduz também na música — ora nostálgica, ora explosiva. Algumas faixas trazem uma pegada mais garageira, com espírito frenético, que remete à energia do garage rock como expressão juvenil.
“Talvez seja o álbum mais fácil de ouvir que já fizemos. O álbum traduz a fase nostálgica que a banda está passando. Voltamos a ouvir referências antigas para criá-lo” – Mauro Fontoura
“Buscamos destacar a dualidade e irmandade da banda tanto na capa, quanto na sonoridade. Músicas mais diretas e expressivas, mostrando nosso entrosamento que vem desde a infância.” – Mauro Fontoura
“Estávamos com saudade de tocar rock n roll. Durante a pandemia nosso foco na música mudou bastante. Focamos em outros projetos muito diferentes do Muñoz e isso durou alguns anos. Por um lado, foi muito bom para iniciarmos esse álbum com a cabeça limpa e entendermos melhor o que estamos buscamos como banda.” – Mauro Fontoura
Faixa a Faixa
- Inner Voice
Música composta para abrir o álbum. Uma introdução longa e explosiva. Uma mistura de Heavy Psych e Garage Rock. Vocais gritados com pegada garageira, guitarras saturadas e carregadas de delay, refrão repetitivo e marcante. A letra fala, subjetivamente, sobre as vozes interiores da nossa mente. Escrita por Mauro Fontoura.
- The Brat
Talvez a música mais garageira da banda. Um Garage Psych pesado, com bateria frenética em ritmo acelerado. Inspirada em The Oh Sees e Ty Segall. A letra é uma sátira que compara os grandes poderosos mundiais a uma criança mimada. Escrita por Mauro Fontoura.
- We Go Again
Uma versão da música do jazzista britânico Theon Cross do álbum “Intra-I”, artista muito escutado pela banda. A ideia de tocá-la surgiu durante um ensaio, enquanto a banda brincava com o riff da música. Acabou soando muito bem, então foi colocada no repertório dos shows e, mais tarde, no álbum. A música original é um instrumental de hip hop/jazz/eletrônico. A versão da Muñoz é um rock psicodélico pesado e arrastado, com vocal melancólico e final explosivo. A letra fala, subjetivamente, sobre a luta diária contra a depressão. Escrita por Mauro Fontoura.
- Daymares
A música tem um clima nostálgico. Uma mistura de rock psicodélico com indie pop. Riffs carregados de efeitos, vocal nostálgico e synths espaciais ao fundo. Uma das poucas músicas da banda que tem solo de guitarra. A letra é uma viagem psicodélica e fala, de forma subjetiva, sobre sonhos e alucinações. Escrita por Mauro Fontoura.
- I Worship the Dog
Uma versão da música de Ty Segal do álbum “First Taste”, que é uma das principais referências da banda desde o início. Uma espécie de homenagem.
- Evil Lurks
Uma clássica música de rock. Riffs simples e refrão marcante. A letra fala, subjetivamente, sobre os perigos noturnos da vida de um jovem. Escrita por Mauro Fontoura.
- Well Bred Man
Esta música também é bastante nostálgica. Tem muitas camadas de guitarras, solos e synths. Também mistura rock psicodélico e indie pop. Ltra escrita por Luciano Benetton, grande amigo da banda. Um desabafo poético contra estruturas de poder, hipocrisia e opressão veladas no verniz da “boa educação”. A letra expressa a exaustão de quem precisa constantemente agradar e se submeter, apenas para enfrentar os mesmos ciclos de abuso e descaso. É um grito de libertação contido, com tensão crescente, onde cada verso questiona: até quando?
- Twins
Música que dá nome ao álbum. Um Psych Rock garageiro com elementos eletrônicos. Tem um clima repetitivo e hipnotizante, com loops, solos de synth, guitarras super saturadas e bateria bem marcada. Um final barulhento e explosivo para fechar o álbum intensamente. A letra é estranha e maluca, e fala, subjetivamente, sobre o ego. Uma viagem pesada. Escrita por Mauro Fontoura.
Ficha Técnica
Captação: Estúdio Infrasound Records por Mauro e Samuel Fontoura
Mauro Fontoura – Vocais, Guitarras, Baixo e Synths
Samuel Fontoura – Bateria e percussões
Braz Torres Neme – Mix e Master
Capa – Alexandre Mil
Com informações: Bebel Prates Assessoria de Comunicação