ED MOTTA lança o álbum “BEHIND THE TEA CHRONICLES”
“‘Behind The Tea Chronicles’ é a trilha sonora de um quadro de Edward Hopper, povoado por personagens de Nathanael West, com diálogos de Dashiell Hammett, dirigido por Michael Curtiz, e composta por… Hoagy Carmichael? Não. Por Ed Motta” – Ruy Castro
Depois de uma pausa de cinco anos, Ed Motta está de volta com o seu 14º álbum de estúdio, “Behind The Tea Chronicles”, que nos faz cruzar fronteiras musicais e nos convida a ouvir não só canções soulful e groovy, mas também a mergulhar em climas quase cinematográficos.
Nascido em 17 de agosto de 1971, no Rio de Janeiro, Ed Motta teve desde cedo uma inclinação pela música. Durante sua adolescência, mergulhado no rock e no blues, foi recrutado pela banda de hard rock Kabbalah para ser o vocalista. Desde então, suas paixões e referências musicais se expandiram para soul, funk, jazz, classic-rock, música clássica, blues e Broadway. Não é surpresa que, ao longo de sua carreira, ele tenha trabalhado com músicos renomados, incluindo Ryūichi Sakamoto, Max Middleton, Jean-Paul “Bluey” Maunick (Incognito), Chucho Valdez, Roy Ayers, Rolf Kühn, Chucho Valdés, Patrice Rushen, Hubert Laws, Bernard Purdie, João Donato, Dom Salvador, Greg Phillinganes e muitos outros.
“Behind The Tea Chronicles” representa um marco significativo na trajetória artística de Ed. Essa obra-prima musical mostra sua habilidade única de criar melodias inesquecíveis e letras instigantes. Nesse disco, Ed se inspirou em séries de TV e filmes. “’Colombo’, ‘Barnaby Jones’ e ‘Streets of San Francisco’ (no Brasil, ‘São Francisco Urgente’) são as minhas séries favoritas. Mas também gosto da inglesa ‘Quatermass’, a primeira série de ficção científica do mundo e produzida pela BBC, que foi uma inspiração direta para uma faixa do álbum”, diz Motta. “Também me inspirei em filmes antigos: especialmente o filme ‘Gaslight’, de George Cukor, e filmes de Jacques Tati, Jean-Pierre Melville e Basil Dearden, que são alguns dos meus diretores favoritos e me deram muitas ideias”.
Com sua musicalidade incomparável, os arranjos cativantes e as composições em camadas de Ed Motta criam uma fusão requintada de gêneros. Cada faixa de “Behind The Tea Chronicles” mostra seu domínio de vários estilos musicais, incorporando elementos de funk, soul, jazz e até sons da Broadway, que, obviamente, apresentam seus vocais suaves e aveludados. Comentando sobre seu último álbum, Ed Motta disse: “Eu queria criar algo verdadeiramente único com ‘Behind The Tea Chronicles’. Filmes e séries de TV antigas sempre tiveram um impacto profundo na minha imaginação e musicalidade. Eu queria homenagear essas influências e usá-las como pontos de conexão para criar um álbum que não seja apenas musicalmente envolvente, mas também leve os ouvintes a uma jornada nostálgica e cinematográfica. É uma ode à liberdade e um compromisso com a arte”.
As influências para as faixas são muitas e variadas. O estilo “Western” de “Buddy Longway” é uma referência ao personagem francês de quadrinhos de mesmo nome, enquanto o dramático e etéreo “Confrere’s Exile” é influenciado pela música impressionista francesa e musicais de Stephen Sondheim. O swinging shuffle blues “Shot In The Park” é a carta de amor de Motta a Donald Fagen e Steely Dan; no tema soul-funk Safely Far, Ed revela um casal no estilo nouvelle-vague do cinema francês dos anos 60 que habita sua mente. “’Slumberland’ é uma referência direta à série de animação ‘Little Nemo in Slumberland’, escrita por Winsor McCay”, diz Motta. Não só a sua influência pelo cinema pode ser ouvida nesta faixa em particular, mas ao longo de todo o álbum. Motta chama esse estilo musical de “Psychedelic Soul”. Essa faixa vem junto com um lyric video criado pela esposa de Motta, a ilustradora Edna Lopes, que se inspira muito nos quadrinhos franceses/belgas (Bandes Desinées) e traz o estilo ligne Claire, do qual Motta é um grande fã.
“Behind The Tea Chronicles” apresenta uma impressionante formação de músicos ilustres, incluindo colaborações notáveis com artistas brasileiros e internacionais. Os famosos cantores Paulette McWilliams, uma experiente vocalista que participou do álbum “Off The Wall” de Michael Jackson, e Philip Ingram, irmão de James Ingram e membro fundador do grupo Switch, podem ser ouvidos como backing vocals, bem como a Orquestra Tcheca FILMharmonic.
Em relação à sonoridade de seus discos, Motta nunca faz concessões. “Fiquei obcecado com uma alta qualidade de áudio por causa do Steely Dan. Quando estou gravando algo novo, sempre testo o estúdio e os monitores tocando ‘Aja’ e ‘Black Cow’, para ouvir os agudos e graves”.
Vendendo mais de 300 mil cópias no Brasil com seu lançamento de 1997 “Manual Prático para Festas, Bailes e Afins”, Ed Motta então manifestou sua posição como popstar no Brasil e ganhou platina. Ele continuou a mesclar gêneros e explorar o mundo musical, aplicando suas referências musicais e talentos para filmes. Musicou dois curtas-metragens – o premiado “Ninó”, de Flávia Alfinito, e “Fome”, de Patrícia Alves Dias. No mesmo ano, Ed voltou ao topo das paradas com a música-tema do longa-metragem “Pequeno Dicionário Amoroso” (dirigido por Sandra Werneck). Em 1999, Ed compôs a trilha sonora do média-metragem “De Janela Pro Cinema” (dirigido por Quiá Rodrigues), que foi premiado em festivais brasileiros.
Em 2001, Ed continuou a trabalhar em filmes, fornecendo música para os longas-metragens “A Partilha” (dirigido por Daniel Filho) e “Sexo, Amor e Traição” (dirigido por Jorge Fernando). O século 21 ampliou e diversificou o campo de trabalho de Ed, aplicando seus gostos impecáveis e conhecimento enciclopédico a áreas fora da performance musical. Ele escreveu o texto para DVDs de relançamentos de filmes clássicos enquanto escrevia sobre seus cineastas e filmes favoritos para vários meios de comunicação.
Para seu álbum de 2005 “Aystelum”, Ed combinou duas de suas paixões: o spiritual jazz dos anos 1970 e a tradição da Broadway liderada por Stephen Sondheim. O repertório do disco alternava entre canções com letras e músicas instrumentais, que incluíam dois sambas em parceria com o compositor e escritor, Nei Lopes, e três músicas do musical “7 – O Musical”, composto por Ed. A partir de setembro de 2007, o musical dark ficou em cartaz por um ano no Rio de Janeiro e outro ano em São Paulo, ganhando prêmios de prestígio.
Ele ainda explorou o mundo da música clássica que ele entrelaça com suas raízes no Brasil e estilos variados de todo o mundo repetidamente. Sua dedicação e trabalho duro lhe renderam uma indicação ao Latin GRAMMY® em 2006 por seu álbum “Aystelum”. Ed Motta continuou a lançar músicas ao longo dos anos e 2018 marcou o nascimento de seu até então último álbum “Criterion Of The Senses”. Com “Behind The Tea Chronicles”, sua excepcional jornada continua.
Além da música, Motta não é apenas um especialista em filmes e séries, mas também um conhecido especialista quando o assunto é vinho, chá e cerveja. Escreveu colunas sobre vinhos e gastronomia e fez curadoria de cardápios de vinhos, cervejas e chás para o hotel paulistano Emiliano. Motta também manteve uma coluna online de vinhos para a principal revista semanal do Brasil, Veja, enquanto apresentava o programa de rádio “Empoeirado” para a Rádio Eldorado, de São Paulo, destacando e apresentando joias raras e obscuras de seu acervo de 30 mil discos. Sua música reflete justamente essa coleção que começou com os discos da mãe e expandiu ao longo dos anos.
Inspiração faixa a faixa – Citações do artista
- Newsroom Costumers
É um tema que tem uma atmosfera orquestral forte, com influência do soul e da música brasileira nas percussões. Fala de um jornalista que queria ser escritor e se tornou amigo da máfia para crescer no Gran Mondo.
- Slumberland
É um tema longo, com várias partes, vários eventos e uma orquestração complexa. É muito inspirado no original ‘Little Nemo in Slumberland’, a HQ lançada em 1905 e dirigida por Winsor McCay, que foi o inventor da animação e influenciou Salvador Dalí, ou seja, influenciou o surrealismo. É uma ode ao surrealismo que influenciou essa estética.
- Safely Far
É um tema soul-funk: um casal muito nouvelle-vague do cinema francês dos anos 60; Amor sem amor.
- Gaslighting Nancy
Claro, é por causa do lendário filme de George Cukor, ‘Gaslight’. É sobre uma cantora que é manipulada pelas pessoas poderosas de uma pequena cidade, que lhe prometem uma carreira que nunca acontece.
- Of Good Strain
Uma valsa ao estilo Broadway sobre uma cientista médica que é boicotada pela família de um médico muito rico cuja família é dona de vários hospitais. Ele é um médico que mata pessoas, enquanto ela pratica a verdadeira medicina: aquela que cura.
- Quartermass Has Told Us
É um tema bem funk, o mais funk do álbum. Trata-se de uma sabotagem no espaço sideral e o nome remete à primeira série de ficção científica produzida pela BBC, ‘Quatermass’.
- Buddy Longway
É uma típica street song, com muita fumaça e poeira vermelha no rosto. ‘Buddy Longway’ é um personagem de quadrinhos francês. Esse tema aparece brevemente no DVD do meu álbum “Poptical”.
- Shot In The Park
Um shuffle blues. É uma carta de amor a Donald Fagen e Steely Dan. A letra fala sobre o envolvimento entre um mafioso e um homem – ninguém sabe ao certo que tipo de relacionamento eles têm, se são apenas negócios ou outra coisa.
- Deluxe Refuge
Electric-jazz-samba: É sobre um grupo de investidores e seus negócios obscuros.
- Tolerance On High Street
Esse tema também fala da máfia. É sobre empresários mafiosos que tentam trabalhar com um artista, mas ela tem problemas com seu namorado delinquente que atrapalha toda a sua carreira. Um tema de filme Noir.
- Confrere’s Exile
Etéreo. Influenciado pela música impressionista francesa, Stephen Sondheim, musicais. A letra também acompanha esse imaginário etéreo – quase um filme de Carl Dreyer.
Com informações: www.universalmusic.com.br
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