Joyce Moreno lança “Brasileiras Canções” , álbum de inéditas com participações de Mônica Salmaso, Moacyr Luz e Alfredo del Penho

Dia 5, sexta-feira, nas plataformas de streaming

 

Ouça o álbum: https://orcd.co/brasileirascancoes

 

Como “passarinho num céu de urubus”, as doze canções de “Brasileiras canções” surgem “costuradas no céu do Brasil”. Surgem exatamente como essas imagens poéticas tão simples e poderosas que definem este 42º álbum de Joyce Moreno: doze canções que aos nossos ouvidos parecem voar fácil – e voar não é metáfora, é o verbo exato de como as canções nos chegam – como parece fácil o voo dos pássaros escondendo toda a elaboração da natureza que os permite voar. Mas as canções nos chegam num “céu de urubus”, também imagem quase não metafórica de tão precisa e simples sobre as canções e as gentes sob o céu do Brasil de hoje e dos anos em que as canções foram compostas: anos de pandemia, abandono das gentes, da Natureza e da Cultura, de caos político.

 

“Brasileiras canções”, a canção, busca traduzir em muitos substantivos – “Uma jura de amor, um feitiço, um encanto/Um quebranto, um destino, uma cruz” – e alguns poucos adjetivos (“Maltratada emoção, desbotada ilusão”) o poder e amplitude da canção brasileira. E o álbum não poderia ter outro título, pois cada faixa é uma reafirmação constante do poder das canções como forma de configurar e embelezar o mundo. A MPB, como gosta de dizer Joyce, tem mesmo resposta para tudo.

 

Todas as canções são novas, foram compostas de 2020 para cá e gravadas entre março e abril de 2022 no estúdio da Biscoito Fino, no alto do Humaitá, Rio de Janeiro, a não muitos metros da ladeira – que dá para uma floresta – onde Joyce vive e vê o mundo.

 

A primeira canção composta, logo no início da pandemia ainda naquela perplexidade de não saber o que estava se passando, é ironicamente “A palavra exata”. Trata-se daquele tipo de samba com acento jazzístico inventado pela autora de “Feminina”, calcado em seu violão, e que neste caso chega à perfeição metalinguística: os acidentes harmônicos e melódicos da canção são a base para os questionamentos da letra (“Vivo engasgando, esbarrando na palavra exata/Vivo buscando palavra que possa dizer”): a canção engasga, esbarra como na busca da palavra exata, ou de algo que supere as dores do momento, ou mesmo da própria canção. “Palavra exata”, ou um de seus versos – “O que foi e o que dá pra fazer”, uma fresta de esperança em tempos sombrios – bem poderiam também ser título do álbum, o tanto que traduzem de seu espírito.

 

Como sempre faz – ou “o que foi” – Joyce passeia pelo amplo universo da canção ao trazer uma encantadora, confessional e bilíngue valsa francesa, “Paris e eu” (lembrem, por exemplo, de “Galã tantã”). Ou um samba jazz sem letra, levado no vocalize, “Não deu certo, mas foi divertido” (como “Aldeia de Ogum” e outros clássicos de seu repertório).

 

Já do espírito novidadeiro contido no verso “e o que dá pra fazer” estas “Brasileiras canções” são prenhes. Em “Tantas vidas” há uma baita surpresa: como uma espécie de subversão do lugar de fala, a única canção de todo o álbum cujo eu-lírico é feminino é também a única letra não escrita por ela, e sim por um homem, o poeta e letrista português Tiago Torres da Silva. Pioneira na temática feminina e feminista na MPB, desde os tempos heroicos de 68, Joyce canta com inequívoco prazer, na primeira pessoa, os versos escritos pelo parceiro: “Eu sou o que bem quiser/Eu sou tantas e não esqueço/Que ser eu e meu avesso/É o que me torna mulher”. E convida, para dividir a faixa, a principal cantora da atual geração, Mônica Salmaso, não por acaso também presente nos trabalhos de Chico Buarque, Edu Lobo, Dori Caymmi, como se a grande geração de compositores da MPB tenha encontrado de fato sua intérprete continuadora.

 

Outra novidade para enriquecer seu cancioneiro, e parceria nova, em “A morte é uma invenção” Joyce encara na letra o tema da morte com precisão e leveza, compatível com o encantador choro enviado por Moacyr Luz, que canta na faixa com ela: “A vida é passageira/Num barco sem direção/A morte é uma fronteira/Apenas baldeação”.

 

Em fase, como se vê, de letras inspiradas e afiadas, Joyce inaugura parceria com o maestro Cristóvão Bastos e reitera sua parceria com Marcos Valle. Com o primeiro, apresenta a grande canção de amor do disco, “Alimento”, em que é acompanhada ao piano pelo parceiro. E o samba-choro “Quem nunca”, em dueto com o especialista no gênero, Alfredo Del Penho, em participação vocal e no violão de 7 cordas.

 

Com Marcos Valle, Joyce fez a mais sofisticada das canções do álbum, em letra como em música, um standard nato, “Nas voltas do tempo”, composição que Jobim ou os irmãos Gershwin assinariam tranquilamente, os dois amigos dos tempos também heroicos da Bossa Nova esbanjando musicalidade e inspiração.

 

Bem ao seu estilo, Joyce apresenta sambas deliciosos e provocadores. Em “Carnaval é mesmo assim”, também subvertendo o lugar de fala, reivindica subliminarmente a condição de compositora de samba. Em “Todo mundo”, faixa mais explicitamente política que abre o álbum, a provocação é com o moralismo dos dias que correm, com uma compreensão humanista da coisa: “Quantas vezes chega o mal/Disfarçado de virtude/Eu sei/Todo mundo quer sonhar/Todo mundo quer amar/Não importa a latitude”.

 

Caso raro de compositora, letrista, cantora (cada vez melhor, mais técnica e expressiva, impressionante!), violonista e líder da banda, Joyce assina todos os arranjos e é acompanhada por seu fiel conjunto de base, Hélio Alves (piano), Jorge Helder (baixo) e sua alma gêmea e de som Tutty Moreno (bateria). Alguns músicos desse mesmo nível às vezes, quando a canção manda, são convidados, como as flautas de Teco Cardoso em “Tantas vidas”, o acordeão “francês” de Marcos Nimrichter na valsa “Paris e eu”, o segundo violão solista de Lula Galvão somando-se ao de Joyce em “Tantas vidas”, “Brasileiras canções” e “A morte é uma invenção”, e a guitarra de Chico Pinheiro, diretamente de Nova York onde vive, em “Não deu certo (mas foi divertido)”.

 

Álbum denso, cheio de ideias musicais e poéticas, “Brasileiras canções”, no entanto, faz jus ao título sabendo que canção brasileira é aquela que chega com o vento, que voa pelo ar ou, como Joyce deixa tão evidente na mais leve das canções dessa safra, “O sopro do mar”. A canção dizendo que tudo isso vai passar, o tempo ruim, o tempo difícil, o que vai ficar é a canção brasileira. E a brisa do mar. Imagens simples e poderosas.

 

Por Hugo Sukman, agosto de 2022

 

Assita 0 clipe de  “Brasileiras Canções”, já disponível no canal da Biscoito Fino no YT:

 https://youtu.be/Kd9XNifLJMg

 

Repertório:

 

TODO MUNDO Joyce

TANTAS VIDAS Joyce Moreno / Tiago Torres da Silva

Part. Especial: Mônica Salmaso

BRASILEIRAS CANÇÕES Joyce Moreno

O SOPRO DO MAR Joyce Moreno

A PALAVRA EXATA Joyce Moreno

NAS VOLTAS DO TEMPO Joyce Moreno / Marcos Valle

CARNAVAL É MESMO ASSIM Joyce Moreno
A MORTE É UMA INVENÇÃO Joyce Moreno / Moacyr Luz.

Part. Especial: Moacyr Luz

QUEM NUNCA Joyce Moreno

Part. Especial: de Alfredo Del Penho

NÃO DEU CERTO (MAS FOI DIVERTIDO) Joyce Moreno Moreno

ALIMENTO Joyce Moreno / Cristóvão Bastos

 

Foto: Leo Aversa

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações:  CORINGA Comunicação

#SIGA NO INSTAGRAM
Hoje, 07/11, é aniversário do cantor e compositor Johnny Rivers que completa 83 anos.

#johnnyrivers #happybirthday #boomerangmusic
Hoje, 07/11, é aniversário da cantora e compositora Joni Mitchell @jonimitchell que completa 82 anos.

#jonimitchell #happybirthday #boomerangmusic
Lançado em 1983, há exatamente 42 anos atrás era lançado o segundo álbum ao vivo da banda The Doors @thedoors "Alive She Cried".

Gravado ao vivo entre 1968 a 1970 em 
New York, Detroit, Boston, Copenhagen
The Doors

Jim Morrison – vocals
Robby Krieger – guitar
Ray Manzarek – organ, keyboard bass
John Densmore – drums

Tracklist:

1. Gloria (Van Morrison) (6:19)
2. Light My Fire (The Doors) (Incl. Graveyard Poem (Jim Morrison)) (9:54)
3. You Make Me Real (The Doors) (3:04)
4. Texas Radio And The Big Beat (The Doors) (1:53)
5. Love Me Two Times (The Doors) (3:18)
6. Little Red Rooster (Willie Dixon) (7:05)
7. Moonlight Drive (Incl. Horse Latitudes) (The Doors) (5:33)

#thedoors #aliveshecried #boomerangmusic
Em 07/11/1981, há exatamente 44 anos atrás era lançado o segundo álbum de estúdio do cantor e compositor Ozzy Osbourne @ozzyosbourne “Diary Of A Madman”.

Line-up:

Ozzy Osbourne (vocals)
Randy Rhoads (guitars)
Bob Daisley (bass)
Lee Kerslake (drums)
Additional musicians: Louis Clark (Strings)

Track list:

	1.	Over The Mountain
	2.	Flying High Again
	3.	You Can’t Kill Rock And Roll
	4.	Believer
	5.	Little Dolls
	6.	Tonight
	7.	S.A.T.O.
	8.	Diary Of A Madman

#ozzyosbourne #diaryofamadman #randyrhoads #bobdaisley #leekerslake #boomerangmusic
Hoje, 07/11, é aniversário do guitarrista Tommy Thayer @tommy_thayer_official da banda Kiss @kissonline que completa 65 anos.

#tommythayer #happybirthday #Kiss #boomerangmusic
Em 06/11/2015, há exatamente 10 anos atrás era lançada a caixa com 3 discos do cantor e compositor country Genuine "Alan Jackson" Story.

Tracklist

Disc One
1. Blue Blooded Woman
2. Here In The Real World
3. Wanted
4. Chasin’ That Neon Rainbow
5. I’d Love You All Over Again
6. Don’t Rock The Jukebox
7. Someday
8. Dallas
9. Midnight In Montgomery
10. Love’s Got A Hold On You
11. She’s Got The Rhythm (And I Got The Blues)
12. Tonight I Climbed The Wall
13. Chattahoochee
14. Mercury Blues
15. (Who Says) You Can’t Have It All
16. Summertime Blues
17. Gone Country
18. Born Too Late (Previously Unreleased)
19. If Tears Could Talk (Previously Unreleased)
20. Seven Bridges Road – LIVE (Previously Unreleased)

Disc Two
1. Livin’ On Love
2. I Don’t Even Know Your Name
3. Tall, Tall Trees
4. I’ll Try
5. Home
6. Little Bitty
7. Who’s Cheatin’ Who
8. There Goes
9. Between The Devil And Me
10. A House With No Curtains
11. I’ll Go On Loving You
12. Right On The Money
13. Gone Crazy
14. Little Man
15. Pop A Top
16. The Blues Man
17. It Must Be Love
18. Wings (Previously Unreleased)
19. Seguro Que Hell Yes (Previously Unreleased)
20. The Star-Spangled Banner (Previously Unreleased)

Disc Three
1. Where I Come From
2. When Somebody Loves You
3. Where Were You (When The World Stopped Turning)
4. Drive (For Daddy Gene)
5. Work In Progress
6. That’d Be Alright
7. It’s Five O’Clock Somewhere—with Jimmy Buffett
8. Remember When
9. Too Much Of A Good Thing
10. Monday Morning Church
11. Like Red On A Rose
12. A Woman’s Love
13. Small Town Southern Man
14. Good Time
15. Country Boy
16. Sissy’s Song
17. As She’s Walking Away—Zac Brown Band featuring Alan Jackson
18. Love Is Hard (Previously Unreleased)
19. Ain’t Just A Southern Thing (Previously Unreleased)

#alanjackson #countrymusic #genuine #boomerangmusic
Em novembro de 2002, há exatamente 23 anos atrás era lançado o 8° álbum do cantor, compositor e guitarrista Eric Clapton @ericclapton o ao vivo e duplo "One More Car One More Rider".

Também foi lançado em DVD

Eric Clapton e banda 

Eric Clapton – guitar, lead vocals
Andy Fairweather-Low – guitar, backing vocals
Billy Preston – Hammond B-3 organ, keyboards, backing vocals
David Sancious – piano, keyboards, melodica, guitar, backing vocals
Greg Phillinganes - Hammond B-3 organ, keyboards/synthesizers
Nathan East – bass guitar, backing vocals
Steve Gadd – drums

Tracklist DVD

1 Key To The Highway
2 Reptile
3 Got You On My Mind
4 Tears In Heaven
5 Bell Bottom Blues
6 Change The World
7 My Father's Eyes
8 River Of Tears
9 Goin' Down Slow
10 She's Gone
11 I Want A Little Girl
12 Badge
13 Hoochie Coochie Man
14 Have You Ever Loved A Woman?
15 Cocaine
16 Wonderful Tonight
17 Layla
18 Will It Go Round In Circles
19 Sunshine Of Your Love
20 Over The Rainbow

#ericclapton
#onemorecaronemorerider #boomerangmusic