janeiro 27, 2024
O cantor e compositor Sombrinha apresentou nos dias 26, 27 e 28/01, no SESC Belenzinho, “Viver Gonzaguinha”, o show que traz a obra desse grande gênio da música brasileira e que foi autor de sambas que ganharam o gosto geral e permanecem populares ao longo do tempo.
Sua vida no Morro de São Carlos, a convivência com Dominguinhos do Estácio e sua introdução ao mundo da música por este padrinho dão o tom das composições escolhidas para o álbum que chega ao público pelo Selo Sesc.
Apresentam-se com Sombrinha os músicos Carlinhos 7 Cordas (direção e violão), Márcio Vanderlei (cavaquinho), Dirceu Leite (sopros), Bruno Gama, Thiago Kukinha e Marcos Esguleba (percussões), Zé Mário (bateria), Zé Luiz Maria (baixo) Jota Moraes (teclado) e Papau do Salgueiro, Karla Prietto (coro).
O show contou com a participação do cantor e compositor Vidal Assis, que participou do álbum “Viver Gonzaguinha”.
Sobre o álbum “Viver Gonzaguinha” Os Sambas do Morro de São Carlos
Nascido no Morro de São Carlos, comunidade da primeira escola de samba do Rio de Janeiro – a Deixa Falar –, Gonzaguinha tornou-se um dos maiores nomes da música brasileira. O artista é homenageado no álbum Viver Gonzaguinha, lançamento do Selo Sesc, disponível nas plataformas de streaming, no Sesc Digital e, em CD, nas Lojas Sesc. O projeto idealizado por Jair Netto tem produção musical de Carlinhos 7 Cordas e traz como intérprete principal o sambista, cantor e compositor Sombrinha, um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal.
Jair Netto conta que sempre enxergou elementos do samba na obra de Gonzaguinha. Apesar de não ser considerado um sambista, sua música permeia a espinha dorsal do samba. “Em 2019, fui à escola Estácio de Sá conversar com Dominguinhos do Estácio, que infelizmente faleceu em 2021, e Carlinhos 7 Cordas sobre fazer um disco do Gonzaguinha com gente do samba cantando. As músicas foram gravadas durante a pandemia, período em que vivíamos desanimados com a vida. A primeira canção é justamente uma projeção do que poderia vir de bom para todos nós”. Deste diálogo entre os músicos, foram escolhidas 14 músicas que exaltam a brasilidade dentro do repertório de Gonzaguinha.
O disco começa com a faixa “Bom dia” com as vozes de Martinho da Vila, Elba Ramalho, Criolo, Larissa Luz, Vidal Assis, Yvison Pessoa e Zélia Duncan reunidas em coro, levantando os ânimos e acordando o povo brasileiro para os dias de glória (sempre antecedidos por dias de luta, afinal). A segunda faixa é “Fala Brasil”, interpretada por Sombrinha ao lado de Yvison Pessoa. Na letra, Gonzaguinha pede para o país levantar, mostrar seu corpo, sua voz e sua garra. “Recado” tem participação de Zélia Duncan. Na sequência, “Pense N’eu” ganha versão em ritmo de baião na voz de Elba Ramalho, referenciando o rei do ritmo no Brasil e pai de Gonzaguinha, Luiz Gonzaga.
Também não podia ficar de fora a atemporal “O que é o que é” escolhida como tema do samba-enredo da escola Império Serrano, em 2019, no Rio. No álbum, a música ganha releitura com participação de Larissa Luz. Na faixa “Espere Por Mim, Morena”, Sombrinha canta ao lado de Vidal Assis e em “Pá-nela”, composição de 1979, com Martinho da Vila. A canção “Lindo Lago do Amor”, apresentada por Gonzaguinha no disco “Grávido”, de 1984, ganha participação especial do rapper Criolo. Ainda estão no repertório “O Homem Falou”, sucesso na voz de Maria Rita no álbum “Samba Meu” e a trilha de novela “E Vamos à Luta”, de 1980. Completam o álbum as canções “Com perna no mundo”, “Comportamento Geral”, “Tem dia que de noite é assim mesmo” e “Começaria tudo outra vez”.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz!
Fotos: Marco Antônio Vieira Cunha / Boomerang Music
Agradecimentos: Assessoria de Imprensa SELO SESC / SESC Belenzinho