
Série sobre história do rock lança episódio com registro inédito de Lílian Knapp, falecida em fevereiro
Falecida no último dia 22 de fevereiro, a cantora e compositora Lílian Knapp completaria 77 anos no dia 30 de março. Nesta mesma data foi ao ar o segundo episódio da série documental “Algoritmos do Rock”, lançada em janeiro deste ano, que contém uma entrevista inédita com Lílian, o último registro em vida da cantora, que foi um ícone da Jovem Guarda, conhecida por seus sucessos “Devolva-me” e “Sou Rebelde”.
O projeto é uma iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, viabilizada por meio de uma parceria entre as organizações sociais Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA) e Catavento, responsável pelo programa Fábricas de Cultura. A série apresenta um retrato do rock com recorte paulista, desde os anos 50. “Algoritmos do Rock” ficará disponível nos canais de YouTube da plataforma CultSP Play (@cultspplay) e das Fábricas de Cultura (@tvfabricas).
Com episódios de aproximadamente 30 minutos, “Algoritmos do Rock” conta sobre o gênero musical a partir do relato de artistas de grande expressão nacional. No primeiro episódio, o entrevistado Tony Campello contou sobre sua carreira, iniciada no final dos anos 50.
O segundo episódio foi uma entrevista com Lílian, gravada no dia 6 de novembro de 2024. Nele, seguindo o objetivo do projeto, a cantora é uma guia para que novas gerações possam conhecer a Jovem Guarda e o rock dos anos 60 ouvido no Brasil. Ela escolhe e comenta uma playlist de 10 músicas e grupos da época.
Os entrevistados dos episódios seguintes são, também, ícones da música brasileira, tanto quanto o cenário e os artistas que descrevem. Um dos maiores guitarristas brasileiros, reconhecido pelo solo de “Ovelha Negra”, da banda Tutti Frutti, Luiz Carlini, dá seu testemunho sobre a década de 70, marcada pelo experimentalismo. Já o cantor Clemente, vocalista da banda Inocentes, traz, com grande propriedade, um relato sobre o movimento punk, tal como se consolidou no Brasil nos anos 80.
Como parte central de todos os episódios, justificando o propósito do projeto, cada um destes artistas traz, também, uma lista de dez indicações de músicas essenciais do rock brasileiro de cada década.
“A riqueza cultural de São Paulo também é muito bem representada no rock, desde a chegada do gênero musical ao Brasil. Diversos nomes de grande projeção, nos mais variados estilos dentro do gênero, surgiram no estado, onde o rock continua muito vivo e vibrante. Não apenas o estilo, como os artistas por trás dele, merecem registros como o dessa série, para que essa história e essa manifestação cultural possam chegar a mais pessoas”, declara Glaucio Franca, diretor geral da Associação Paulista dos Amigos da Arte.
A série
Se antes eram os vendedores das lojas de vinil, os locutores de rádio e os VJs da MTV os grandes responsáveis pela curadoria e disseminação da cultura do rock, hoje essa função vem sendo exercida, em grande parte, pelos aplicativos de streaming musical. São seus algoritmos, sem nome nem sobrenome, que nos sugerem músicas, a partir de palavras digitadas em seus mecanismos de busca. “Nosso projeto vem resgatar esse espaço do rock, que ficou um pouco perdido no tempo e nas memórias, com boas indicações feitas por personalidades que fizeram história no segmento”, observa Renato Barreiros, superintendente de Promoção e Articulação das Fábricas de Cultura geridas pela OS Catavento.
A educação musical e a preservação da cultura tratam de memórias que passam de geração em geração. Desta forma, “Algoritmos do Rock” recorre a personalidades influentes do rock brasileiro em cada década para contar sobre movimentos importantes oriundos do gênero, desde os anos 50, e recomendar aos jovens uma playlist contando um pouco da história de cada música e de cada banda. Os episódios da série ficarão disponíveis ao público pelo YouTube e serão exibidos como palestras para os jovens frequentadores das Fábricas de Cultura.
Sobre a APAA
A Associação Paulista dos Amigos da Arte é uma organização social de cultura que trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da APAA, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 20 anos de atuação, a organização desenvolveu mais de 70 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.
Sobre as Fábricas de Cultura
Desenvolvido desde 2007 pelo Governo do Estado, com recursos do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento e da Secretaria de Estado da Cultura, atual Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, o Programa Fábricas de Cultura foi criado para estimular o desenvolvimento integral de cidadãos por meio da valorização e ampliação de universos culturais e da convivência e experimentação artística, bem como incentivar e potencializar a articulação de redes culturais. As Fábricas de Cultura oferecem à população uma diversa e intensa programação cultural, com cursos de dança, teatro, música, circo, artes visuais, multimeios e xadrez, além de sessões de cinema, shows musicais, bibliotecas com cerca de cinco mil títulos cada e estúdios de áudio e vídeo. Desde 2020, as Fábricas passaram a agregar também as artes digitais, com abordagem nas linguagens de tecnologia e inovação, no intuito de preparar os jovens para as novas profissões e oportunidades do futuro. O Programa é voltado a todas as idades. Sete das 15 unidades das Fábricas em São Paulo são geridas pela Organização Social Catavento: as da zona Leste de São Paulo e das cidades de São Bernardo do Campo e Santos que realizaram, em 2024, aproximadamente 800 mil atendimentos. Os aprendizes destas Fábricas somam 20 mil jovens e crianças.
Com informações: Assessoria de Imprensa da Associação Paulista dos Amigos da Arte – Pevi 56