Últimas apresentações de “Petra”, com Bete Coelho e grande elenco

Nova montagem do clássico “As Lágrimas Amargas de Petra von Kant” pode ser vista até 30/março, no Teatro Sérgio Cardoso.

 

No sábado, 29/março, às 16h, haverá um ensaio técnico aberto ao público, com apresentação do processo de criação do espetáculo.

 

Chega ao fim a temporada de Petra, nova montagem do clássico de Rainer Werner Fassbinder As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, no Teatro Sérgio Cardoso, espaço da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA), em São Paulo. Esta produção da Cia.BR116 – Teatrofilme é estrelada pelas atrizes Bete CoelhoLuiza CurvoLindsay Castro LimaClarissa KisteRenata Melo, Miranda Diamant Frias e Laís Lacôrte, com direção de Bete Coelho e Gabriel Fernandes e cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara.

 

No sábado, 29 de março, às 16h, haverá um ensaio técnico aberto ao público, seguido por uma apresentação do processo de criação do espetáculo. O público poderá entender detalhes sobre diversos pontos da produção, como tradução a partir do original em alemão, leituras e estudos do texto, ensaios, criação das personagens, cenário, figurino, iluminação, concepção cênica e direção técnica. Tudo apresentado pelos diretores, atrizes, técnicos e produtores da Cia.BR116 – Teatro filme. Entrada franca.

 

Petra é um espetáculo que reafirma três poderes universais: o feminino, o amor e a arte teatral. Essas três imensas forças estão evidentes na performance do elenco exclusivamente feminino, que dá vida a Petra e suas assistente, amiga, amante, mãe e filha. Mulheres de personalidades fortes que, mesmo tão diferentes entre si, compartilham a busca incessante pelo amor e a cruel incompetência em lidar com este sentimento, invariavelmente não correspondido ou desvirtuado pelas implacáveis relações de poder. Cada uma com idades, aspirações, níveis culturais ou condições sociais diferentes, mas com algo em comum: a necessidade de aceitar e ser aceita pela outra, até mesmo se para isto for preciso sacrificar o amor próprio.

 

Com tradução direta do original em alemão feita por Marcos Renaux, uma trama fortemente emocional que se sustenta em diálogos tensos e muito bem construídos, em que, para muito além do amor, é a paixão, o desejo e a insatisfação que norteiam o comportamento das personagens, de certa forma refletindo a contínua busca pela tal felicidade comum a qualquer ser humano. “Mesmo mais de cinco décadas após sua estreia, um texto lapidado para o teatro, que ultrapassa as marcas setentistas do ótimo filme e continua muito atual. As louváveis intenções feministas e provocações políticas do autor à época continuam relevantes nos dias de hoje, mas é o desconforto decorrente das relações humanas e suas frustrações que funciona como principal ponto de identificação com o espectador”, reflete Bete Coelho.

 

“Como poucos em sua época, Fassbinder soube tão bem usar o teatro e o cinema para provocar o espectador abusando da carga emocional, com interpretações precisas e ambientes enxutos, frios até. Temas ousados apresentados com altas doses de tensão emocional e, ao mesmo tempo, um distanciamento que deixa evidente a intenção de posicionar o público como observador e crítico do comportamento humano, como sugeria Brecht”, afirma Gabriel Fernandes.

 

Este clima é naturalmente percebido na cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara, que favorece a performance das atrizes ao criar um ambiente limpo, intimista, que tem uma cama móvel como peça central, e ao dar maior amplitude a gestos, deslocamentos e expressões, por meio de espelhos em ângulo que reforçam as características narcisistas das personagens. Tudo ganhando ainda mais relevo com a iluminação concebida por Beto Bruel, indicada ao Prêmio Shell. O figurino criado por Renata Corrêa foi construído a partir das ideias de transparência (revelando a nudez da alma, o despir da dignidade) e desconstrução (assimétricos, inacabados e sobrepostos loucamente, acompanhando o delírio de Petra). Em contraposição à fluidez da seda, casacos pesados remetem a uma Berlim moderna e fria.

 

Em três momentos de transição entreatos, o público ouvirá marcantes canções de filmes de Fassbinder interpretadas ao vivo pela cantora Laís Lacôrte e o piano de ChicãoLili Marleen (por Hanna Schygulla, no filme Lili Marlene), ⁠⁠Memories are Made of This (por Rosel Zech, no filme O Desespero de Veronika Voss) e ⁠⁠Capri Fischer (por Barbara Sukowa, no filme Lola).

 

O autor e cineasta Rainer Werner Fassbinder (1945-1982) foi um dos principais representantes do chamado cinema novo alemão. Estudou teatro em Munique, quando conheceu Hanna Schygulla, sua atriz preferida, que imortalizou a personagem Karin no filme As Lágrimas Amargas de Petra von Kant (1972). Foi cocriador do antiteatro, iniciativa que contribuiu para definir seu estilo preciso, metafórico, político e inovador, quase sempre criticando a burguesia e a nova Alemanha do pós-guerra. Dirigiu 42 filmes (o último foi Querelle, em 1982) e escreveu muitas peças de teatro, entre as quais, As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, obra que consagrou Fernanda Montenegro no início dos anos 80, ao lado de Renata SorrahRosita Tomás LopesJuliana Carneiro da CunhaJoyce de Oliveira e Paula Magalhães, sob a direção de Celso Nunes.

 

Sinopse

 

Petra von Kant é uma estilista de alta costura esmagada por sua paixão não correspondida. Por meio das intrincadas relações de poder entre mulheres, esta nova montagem do clássico de Rainer Werner Fassbinder “As Lágrimas Amargas de Petra von Kant” reafirma três forças universais: o feminino, o amor e a arte teatral. Seis mulheres de personalidades fortes que compartilham da incessante busca pelo amor e da desesperada necessidade de aceitar e ser aceita pela outra, mesmo que para isto seja preciso sacrificar o amor próprio.

 

Cia.BR116

 

Fundada em 2009 com a montagem do espetáculo O Homem da Tarja Preta, de Contardo Calligaris, a Companhia de Teatro BR116 tem como fundamentos a força da coletividade, o amor ao teatro e uma curadoria dramatúrgica eclética e que reflita a tragicidade humana. Seu histórico inclui espetáculos como O Terceiro Sinal, de Otavio Frias Filho, com temporada histórica no Teatro Oficina, em 2018, recebendo a indicação ao Prêmio Shell de melhor atriz para Bete Coelho, e Mãe Coragem, de Bertolt Brecht, vencedor do Prêmio Shell 2019 de melhor direção para Daniela Thomas. Nos últimos anos, a companhia tem encontrado na junção do teatro ao cinema uma nova trilha para seus trabalhos, como os teatrofilmes Medeia por Consuelo de Castro (indicado ao Prêmio APTR 2021 de melhor filme e melhor direção, com prêmio de melhor atriz para Bete Coelho) e Gaivota (vencedor do Prêmio APTR de melhor figurino), a peça Molly — Bloom, com direção de Daniela Thomas e Bete Coelho e codireção de Gabriel Fernandes, e, mais recentemente, a tragicomédia Ana Lívia, estrelada por Bete Coelho e Georgette Fadel / Iara Jamra / Vera Zimmermann, com direção de Daniela Thomas e texto de Caetano Galindo. Em 2024, abriu ao público seu processo de criação com o texto Romeu e Julieta, de William Shakespeare, em casas de cultura e teatros da periferia de São Paulo.

 

Ficha Técnica

 

Texto: Rainer Werner Fassbinder | Tradução: Marcos Renaux | Direção: Bete Coelho e Gabriel Fernandes | Elenco: Bete Coelho, Luiza Curvo, Lindsay Castro Lima, Clarissa Kiste, Renata Melo, Miranda Diamant Frias e Lais Lacôrte | Cenário: Daniela Thomas e Felipe Tassara | Produção de Cenário: Mauro Amorim | Assistente de Direção: Patricia Savoy | Direção Musical: Felipe Antunes e Fábio Sá | Piano: Chicão | Figurino: Renata Correa | Hair Style de Bete Coelho e Lindsay Castro Lima: Claus Borges | Direção Técnica: Rodrigo Gava | Desenho de Luz: Beto Bruel | Operadora de Luz: Patricia Savoy | Operador de Som: Rodrigo Gava | Design Gráfico: Celso Longo + Daniel Trench | Fotografia: Luiza Ananias | Direção de Comunicação: Maurício Magalhães | Assessoria de Imprensa: Fernando Sant’Ana | Design de mídia social: Letícia Genesini | Assessoria Jurídica: Olivieri e Associados | Produção Executiva: Mariana Mantovani | Direção de Produção: Lindsay Castro Lima | Produção: Cia.BR116 – Teatrofilme

 

Sobre a Amigos da Arte

 

A Associação Paulista dos Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão de chamadas públicas, do Teatro Sérgio Cardoso, e do Teatro de Araras, além do Mundo do Circo SP, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 19 anos de atuação, a Organização desenvolveu cerca de 70 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas. @teatrosergiocardoso | www.amigosdaarte.org.br

 

Petra

 

Últimas apresentações: de 28 a 30 de março de 2025

Horários: sexta sábado, às 20h; domingo, às 16h

Local: Teatro Sérgio Cardoso – Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, São Paulo – SP

Telefone: (11) 3882- 8080 / 3288-0136

Lotação do Teatro: 835 lugares

Valor dos ingressos: Plateia: R$ 70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia entrada) | Balcão: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada)

Os ingressos podem ser adquiridos na Sympla – https://bit.ly/4gEThWs ou na bilheteria do teatro (sem taxa)

Horário de funcionamento da bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 19h.

Em dia de espetáculo, das 14h até o horário de início da sessão.

Reservas para grupos: bilheteria@amigosdaarte.org.br

Duração: 80 minutos

Classificação: 14 anos

Acesso para pessoas com mobilidade reduzida

Todas as sessões terão tradução em libras

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: Fernando Sant’Ana | Cia.BR116 – Teatrofilme | Espetáculo Petra

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