Leila Maria canta Djavan no álbum Ubuntu

Participação de Maria Bethânia, artistas africanos e afrodescendentes

 

Ouça o álbum nas plataformas (29/04) :  https://orcd.co/ubuntu

 

link para o clipe de Meu Bem Querer:  https://www.youtube.com/watch?v=xOSuN8q5WM8

 

Primeiro álbum de Leila Maria desde o autoral Tempo (2018), Ubuntu chega às plataformas de streaming dia 29, pela Biscoito Fino, gravadora que já   havia lançado um tributo de Leila à cantora Billie Holiday, em 2012 (o premiado Leila Maria canta Billie).

 

Destaque em rede nacional na edição inaugural do The Voice +, em 2021, Leila Maria impressionou a quem ainda não conhecia a voz aveludada, o timbre personalíssimo e o seu notável senso de divisão rítmica. Todos estes atributos estão a serviço da obra de Djavan, autor dos nove temas de Ubuntu, sexto álbum de Leila Maria. “O repertório foi um quebra-cabeça e levou um bom tempo pra ser montado. Foi tão difícil que acabamos incluindo uma música além do planejado, quando o querido François Muleka nos chegou com uma pérola, durante a gravação”, pontua a cantora.

 

A ideia de gravar um álbum focado em Djavan veio de Ana Basbaum, produtora da Biscoito Fino, que também sugeriu o nome de Guilherme Kastrup para produzi-lo. “Eu adorei a ideia, que me encantou tanto afetiva quanto musicalmente, já que muitas das músicas de Djavan fazem parte da trilha sonora da minha vida. Toda a sua obra tem uma impressionante e indiscutível riqueza musical e poética”.

 

A palavra Ubuntu, de origem Zulu, tem vários significados e revela o universo musical do álbum, que reúne artistas brasileiros, africanos e afrodescendentes. “Quis propor um álbum de sonoridade africana que fizesse referência à Diáspora Negra, como uma forma de falar, através da música, sobre a origem e as raízes de ambos” conta Kastrup. “Inicialmente, gravamos algumas bases com o congolês Zola Star (guitarrista, violonista, cantor e compositor) e François Muleka, descendente de congoleses (violonista, cantor, compositor e baixista). Ambos têm suas próprias carreiras autorais, com lindos álbuns lançados, mas também são instrumentistas brilhantes e ajudaram a dar o tom inicial do álbum, trazendo o universo do zouck e da rumba congolesa para a obra do Djavan”, conclui o produtor.

 

Outros artistas africanos contribuíram para a riqueza sonora do álbum. São de Moçambique os músicos Milton Guli e Otis Selimane, além da cantora Selma Uamusse. O maestro Ahmed Fofana (Bjork,Lauren Hill) é do Mali e trouxe com ele o músico Assaba Drame para tocar ngoni, instrumento típico da região norte da África. Já o grupo Vocal Kuimba é um coral de jovens estudantes angolanos formado em São Paulo. A descendência da diáspora no Brasil está muito bem representada por Beth Beli e Jackie Cunha nos tambores (do grupo Ilu Obá de Min); a cantora e pianista Maíra Freitas; o violoncelista Jonas Moncaio; a baixista Ana Karina e o naipe de sopros formado pelo casal Richard Fermino e Sintia Piccin. Na gravação de “Seca”, Leila Maria contou com a participação especialíssima de Maria Bethânia, recitando um trecho da letra poética de Djavan, além de Maíra Freitas ao piano.

 

“Foi um presente, uma experiência extremamente enriquecedora. Um desafio desde o primeiro contato com o querido Zola Star, que com sua irreverência e alegria contagiantes ajudou a aprofundar meu conhecimento sobre a música africana. Tão perto e, ao mesmo tempo, um pouco distante dos caminhos que eu vinha percorrendo musicalmente, priorizando o jazz e a MPB”, aponta Leila, enfatizando ainda a pluralidade da obra de Djavan. “Sua expressão musical é tão abrangente a ponto de se inserir tanto no contexto africano (ele tem canções cujas letras se referem explicitamente a países africanos), quanto no jazz norte-americano, sem perder a brasilidade, o sotaque e a pegada únicos da nossa maravilhosa MPB, que não cessa de se reinventar”, conclui.

 

Para Guilherme Kastrup, a cultura é peça fundamental de transformação da sociedade: “Esperamos que esse projeto contribua para o entendimento da importância fundamental da cultura africana na nossa formação. E que nossa sociedade aprenda a respeitar e valorizar os corpos negros em toda a sua beleza e sabedoria”, finaliza.

 

Repertório:

 

1 – Soweto (Djavan) Participação Especial: Zola Star 

Tobina (Música Incidental)

 

2 – Aquele Um (Djavan / Aldir Blanc)

Fato Consumado (Música Incidental/Djavan)

Ponto de Exu Tiriri (Música Incidental)

 

3 – Tanta Saudade (Djavan / Chico Buarque)  Participação Especial: Zola Star

Bolingo Na Ngai (Música Incidental/ Zola Star)

 

4 – Meu Bem Querer (Djavan)

Participação Especial: Vocal Kuimba

 

5 – Oceano (Djavan)

 

6 – Asa (Djavan)  Participação Especial: Selma Uamusse

 

7 – Flor de Lis (Djavan)

 

8 – Faltando Um Pedaço (Djavan)

 

9 – Seca (Djavan)  Participação Especial: Maria Bethânia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: Coringa Comunicação

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