Noporn comemora 20 anos proclamando resistência clubber com o álbum Contra Dança

Obra tem a noite como personagem principal, em um universo romântico com o sexo como uma forma comum de troca entre pessoas

 

 Comemorando 20 anos de carreira, o Noporn, projeto de poesia eletrônica para dançar de Liana Padilha e Lucas Freire, lança no dia 2 de setembro o seu quarto álbum, Contra Dança. São 12 faixas onde a noite é a personagem principal e o sexo é uma forma comum de trocas entre pessoas. O público já pôde sentir um pouco da nova obra com o single duplo “Nome Sujo + Estranha e Louca”, apresentado em agosto. E a tour de lançamento do álbum acontece na Europa em setembro e outubro.

 

“Quando pensamos em lançar o disco #4 do Noporn, vários assuntos pularam nas nossas cabeças. Pensei nas mulheres deste século, e no meu próprio papel de ser uma mulher há vinte anos criando música, abrindo espaço no charme e no microfone, em festas, bares e mini casas noturnas do começo do século XXI até agora, tocando para públicos, em palcos maiores, nos grandes festivais. A força de criar junto com outras pessoas, de continuar me divertindo, criando mundos únicos e particulares de poesia e som”, explica Liana Padilha. “Meu encontro com o Lucas Freire (meu parceiro desde 2018), produtor com faro e sensibilidade de buscar essência e ritmo para as minhas frases. E o próprio público do Noporn, cada dia mais jovem, que eventualmente descobre e curte músicas antigas, como se tivessem sido feitas ontem. Enfim, as relações entre pessoas, trocas, territórios, sempre estiveram no meu universo pessoal”.

 

Em Contra Dança, o Noporn oferece uma obra diferente de SIM, disco lançado em 2021 no auge da pandemia, que dizia “SIM” ao mundo e ao futuro como um processo de cura. O momento agora é de resistência clubber, mostrando que o duo continua sobrevivendo em um mundo onde a comunidade Queer luta por direitos nas ruas, mas chega na boate, arruma a make, o look e se acaba na pista de dança.

 

“Nos últimos dois anos, vivemos uma experiência brutal de isolamento físico e ao mesmo tempo de superexposição nas redes. O que fizemos com isso? O que aprendemos sobre os outros e sobre nós? Abrimos a caixinha de perguntas e contamos tudo? Abrimos a câmera e mostramos o que estava entre quatro paredes? Ou fugimos da realidade com joguinhos, drogas, e pornografia? Nunca sentimos tanta coisa em comum com as outras pessoas e ao mesmo tempo, nunca estivemos tão sozinhos. Temos pressa. O mundo ficou maior, o mundo ficou menor, como ficou o seu mundo? Seu corpo, habitado por milhões de seres microscópicos, gira em um universo lotado de estrelas e planetas que ainda nem têm nome. Como está esse corpo agora?”

 

Lucas Freire diz que  “Contra Dança é um álbum direto. Compusemos ele em sessões intensas, procurando em nós algo elementar. Trouxemos novos instrumentos e parceiros de trabalho para mudar um pouco a perspectiva de criação. Buscamos o cru e o explosivo, mesmo vivendo sentimentos antagônicos.”

 

Esse é o universo do quarto álbum do Noporn. A introdução traz o oceano como inspiração para abrir o disco e a segunda faixa, “Sereia”, apresenta a figura sensual que não consegue dormir sem gozar. Em seguida, a canção que dá nome à obra, “Contra Dança”, faz uma crítica ao vazio da época da superexposição. Já a figura misteriosa de “Lilith” aparece com o encontro de duas pessoas que têm essa figura no mapa astral no signo de escorpião. Em “Antropofagia do Amor”, a saudade é amenizada com o cheiro da camiseta da pessoa amada esquecida. O lado romântico do duo aparece em “Estranha e Louca” ao retratar uma mulher livre, solta e que ainda sonha com o amor. Remetendo ao hit “Xingu”, do álbum de estreia, a faixa “Adoro DJs” tem o título autoexplicativo. Em “Drinks Ruins”, há uma analogia com sexo, desejos e expectativas. A nona faixa, “Perigo”, descreve a mulher que não tem medo de andar sozinha nas ruas, porque ela é o perigo. Em “A Boca e Mais Nada”, o tesão explode. “Dezembro” mostra a lascívia do verão brasileiro, enquanto “Nome Sujo” fecha o álbum com sensualidade e provocação.

 

OUÇA CONTRA DANÇA AQUI!

 

 

FAIXA A FAIXA POR LIANA PADILHA

 

  1. Ouriço (Intro)

Sobre oceanos, paixões e Ouriços. Esta música abre o disco com a lembrança do barulho das ondas do mar, misturado com os trens passando na nossa janela na Barra Funda, em São Paulo.

 

  1. Sereia

Ainda no mar, a Sereia não consegue dormir sem gozar. Ela transborda e precisa viver as suas fantasias de rendinhas e derretimento puro.

 

  1. Contra Dança

“Não consigo mudar, tenho que mudar, vou mudar”. A vida não é um programa de tv, você não está num filme. Você não é tão importante. Você está sozinho. Sexo e solidão. O mundo tem cada vez mais gente. O oposto da morte é o sexo. Ninguém pediu a sua opinião.

 

  1. Lilith

A Lilith é uma entidade mitológica “do contra”. Nunca entendemos direito o que significa, mas adoramos o mito da mulher que não veio da costela de Adão.

A letra fala de um encontro de duas pessoas: uma tem Marte conjunto à lua da outra e as duas têm Lilith em escorpião. Encontros do nada que mudam o rumo da sua vida para sempre — e também fala de coisas que têm tudo para dar errado, mas no fim dão certo.

 

  1. Antropofagia do Amor

Tem a ver com Índios canibais, Modernistas de 22 (semana de arte moderna), Zé Celso Martinez Corrêa e seu teatro Oficina. Tem a ver com o amor e a mistura de átomos entre nós e os seres amados, entre nós e todos os seres. Sobre cheiros, gostos, sentidos e movimento. E também sobre Não-Drama. “Tentando aplacar o desejo  com o cheiro do suor na camiseta que o objeto do amor esqueceu na sua casa.”

 

  1. Estranha e Louca

E sobre a estranheza de ser Mulher. Para as mulheres livres, nuas, soltas e que ainda acreditam no amor como força de cura. A letra se apropria da pecha da loucura para tratar de uma liberdade ainda estranha para a maioria das mulheres. É mais um desejo de acolher a estranheza, loucura e mágica de ser mulher hoje no mundo.

 

  1. Adoro Djs

Tem gente que tem tesão em drinks, outros em roupas caras, há os que gostam de loiras, os que amam pés, carros. Pessoas que preferem inteligentes, falantes, calados. Eu adoro DJs, adoro.

 

  1. Drinks Ruins

“Eu estava numa festa, um menino tomou um drink com uma bala dentro e a língua dele ficou AZUL!!! Ele me beijou e começou um filme na minha cabeça. As notas da música tocavam dentro do meu corpo.” Também pode falar de alguém que te domina sexualmente e vira um drink ruim.

 

  1. Perigo

É sobre ser mulher e poder andar livremente pelo mundo, sem ter que encarar uma guerra diária de assédio e desrespeito. Sem faca na bota nem canivete no bolso. É sobre mandar no próprio corpo — sobre escolhas.

“Eu vi garotas num verão em Lisboa, andando pelos becos sozinhas sem medo, de top e shortinho, sendo sexy em paz.”

 

  1. A Boca e Mais Nada

É sobre sexo, calor, suor e corpos se esfregando. É sobre desejo de uma parte específica de outro corpo, no caso a Boca. Muito tesão nessas noites quentes, de dormir pelada.

 

  1. Dezembro

Parece, mas não é dezembro, nem é carnaval, mas é sempre quente no lado debaixo do Equador. Verões intermináveis e as festas do Rio de Janeiro.

Essa letra fala do Rio e de como lá é sempre verão. Festas de rua em lugares perigosos, vistas absurdas, tudo ao mesmo tempo, num looping de Dezembro.

 

  1. Nome Sujo

“Qual o valor das coisas? Quanto tempo de vida te resta? Você fica esperando o futuro lá longe pra ser feliz? O futuro é agora. Foge enquanto é tempo.”

 

FICHA TÉCNICA

 

Álbum criado entre São Paulo, Rio de Janeiro, Boa Esperança e Lisboa.

Gravação Original: 09/05/2022

Lançamento: 02/09/2022

Todas as músicas por Noporn

Mixagem por: Lucas Freire (Noporn)

Masterização por: Guilherme Lopes (Drumagick/BMR Studio)

Intérpretes Convidados: Lucas de Paiva (faixas 2, 4, 5, 6 e 8) e Cassius Augusto (faixa 11)

Compositores Convidados: Raimundo Giorgi Filho (faixa 1) e André Lima (faixa 3).

Fotos e Still: Gleeson Paulino

Arte Gráfica: Gabriel Braga Lima

Distribuição: Altafonte

Imprensa: Letícia Tie – Alets Comunicação

 

SOBRE NOPORN

 

Noporn é um projeto de poesia eletrônica para dançar. Foi criado na noite de São Paulo no começo dos anos 2000, por Liana Padilha e Luca Lauri, DJs que tocaram juntos por mais de dez anos em vários clubes e festas do Brasil. Luca soltava as músicas e Liana falava textos sobre as bases eletrônicas.

 

Com essa formação, lançaram dois álbuns: O primeiro (NoPorn, 2006), é pontual com o começo do século XXI, fala de moda, clubes noturnos, robôs sexuais, sexo casual, o amor perdido, relações com tecnologia e solidão. Já o segundo (BOCA, 2016) é sobre encontros, a descoberta da paixão e o amor; o amor e seus ciclos desde a paixão inicial até a entrega; o deslumbre, a moda como poder de causar espanto e prazer, sexo grupal, amores rasos, amores raros, violência. O disco, lançado depois de 10 anos do primeiro, veio num momento em que uma nova geração descobria os ecos de Baile de Peruas, Xingu e Sonia, faixas icônicas do álbum de estreia.

 

Em 2018, com a entrada de um novo integrante, Lucas Freire, que passou a criar as músicas e acompanhar Liana nos shows, o projeto ocupou novamente a noite de São Paulo e percorreu os festivais de música de norte a sul do país. Dessa nova troca, surgiu o material para um terceiro álbum, SIM, lançado em Abril de 2021. O Noporn apresenta para o público Contra Dança em setembro de 2022, com tour de lançamento com passagem no lendário Berghain, em Berlim, e em mais 11 cidades da Europa.

 

https://linktr.ee/noporn 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: ALETS COMUNICAÇÃO

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