Cantora portuguesa Maria Mendes lança disco com fado composto em sua homenagem por Hermeto Pascoal
OUÇA AQUI: Spotify – Maria Mendes
Cantora, compositora e arranjadora portuguesa lança em 17 de março nas plataformas digitais da América do Sul, álbum gravado ao vivo com a Metropole Orkest sobre o fado em linguagem jazzística
Repertório inclui composição de Hermeto Paschoal dedicada à artista
Depois de disponibilizar na Europa e nos EUA em outubro de 2022, a cantora e compositora portuguesa Maria Mendes, lançará nas plataformas digitais na América do Sul no dia 17 de março, Saudade, Colour of Love, álbum gravado ao vivo com novos arranjos orquestrais para o repertório de ‘Close to Me’ (2019), seu disco anterior que foi indicado ao Grammy e ao Grammy Latino, além de canções inéditas.
Com carreira jazzística, a cantora trouxe para esses dois discos, pela primeira vez, um repertório de fado. No entanto, em Saudade, Colour of Love (Challenge Records International, 2022) e em Close To Me (Justin Time, 2019), Maria explora o fado e sua melancolia em um projeto que está longe de ser uma abordagem tradicional do gênero: jazzística e sinfônica. Com produção e arranjos musicais da própria Maria compartilhados com o produtor e arranjador americano John Beasley (vencedor de Grammy e Emmy), a cantora ainda conta com uma das maiores orquestras de jazz sinfônica do mundo, a holandesa Metropole Orkest.
Saudade, Colour of Love é um álbum gravado ao vivo em Amsterdã (maio de 2022) que apresenta nove canções – duas composições originais e as outras sete canções que se dividem entre alguns dos fados imortalizados por Amália Rodrigues e música do folclore tradicional português, bem como duas peças instrumentais cantadas em scat (uma de autoria de Hermeto Pascoal, a outra de Carlos Paredes). O disco já conquistou o título de melhor álbum de jazz em 2022 em revistas como a Downbeat, JazzThing, Jazziz Magazine, Jazzwise e Jazzism.
A faixa “Hermeto’s Fado For Maria” é de autoria de Hermeto Pascoal que, em 2018, durante uma de suas visitas a Portugal, a escreveu especialmente para a cantora e a entregou em mãos após seu o show. A peculiaridade desta partitura é que toda ela – desde as linhas dos compassos, às notas musicais, foram escritas à mão pelo mago do sons num cartão de instrução de saída de emergência plastificado que Hermeto pegou de seu quarto de hotel e a usou como uma tela. Uma obra de arte em tamanho A3, com a dedicatória “Para Maria Mendes, com muito carinho”. “Quando ele me deu esta partitura em mãos, disse: “Neguinha, faça o que quiser com isso mas não se atreva a não gravar!”, conta Maria. “Verdadeiramente, este foi um dos melhores presentes que já recebi!”
Para Maria, “Este é um álbum provocativo! Não é um álbum de fado, apesar de ter em sua maioria fados! São obras conhecidas para as quais dei contornos melódicos e harmônicos que intensificam a poesia. Um disco que pode agradar os amantes de jazz, música clássica e de fado no Brasil, porque a fusão criativa que se respira na América Latina provém dessa visão audaciosa de querer libertar-se dos cânones do esperado e ir além do tradicional.”
SOBRE MARIA MENDES
Desde Portugal, onde nasceu, até sua casa adotiva na Holanda, a cantora e compositora Maria Mendes tem viajado por um vasto mundo de expressão musical. Aclamada pela prestigiosa revista internacional de jazz, DownBeat, como “uma cantora de jazz da mais alta ordem”, e com um “futuro promissor” previsto por Quincy Jones, Mendes é até o momento a única artista portuguesa feminina a receber uma indicação ao Grammy Americano. Em 2020, ela também foi indicada ao Grammy Latino e venceu o prêmio musical holandês EDISON Jazz Awards 2020.
Ao longo de sua carreira já se apresentou em festivais de jazz como North Sea e Montreaux, o Centro Cultural de Belém, o SESC Pompeia (São Paulo), entre muitos outros pelo mundo. Teve ainda a honra de ser a primeira artista portuguesa a ter um espetáculo solo no Blue Note Jazz Club de Nova Iorque. Lançou os álbuns Along the Road (2012), Innocentia (2015) e Close To Me (2019). Já gravou com a Brussels Jazz Orchestra, com a clarinetista Anat Cohen, entre outros.
Maria tem em sua formação em Jazz pela ESMAE, no Porto, e o mestrado pela CODARTS, em Rotterdam. Estudou também em Nova York, Rio de Janeiro e Bruxelas. Com uma ligação afetiva ao Brasil, Maria aprofundou o seu conhecimento na música brasileira, particularmente nos sons pós-bossa nova, cuja influência adiciona cores e ritmos extravagantes à sua abordagem do jazz.
REPERTÓRIO
- Com que voz (Amália Rodrigues)
- Tudo isso é fado (Amália Rodrigues)
- Verdes Anos (Carlos Paredes)
- Foi Deus (Amália Rodrigues)
- Hermeto’s Fado for Maria (Hermeto Pascoal)
- E se não for fado (Mafalda Arnauth)
- Dança do Amor (Maria Mendes)
- Quando Eu Era Pequenina (canção folclórica)
- Meu Pobre Capitão (Maria Mendes, Beasley)
FICHA TÉCNICA:
Maria Mendes – voz/arranjos
Cédric Hanriot – piano
Jasper Somsen – baixo acústico
Mário Costa – bateria/percussão
John Beasley – regente/arranjos/orquestras/KeyWi/produtor
Metropole Orkest – orquestra de câmara
Para conhecer: https://www.youtube.com/watch?v=nEj030YzyqA
Com informações: Venturini Assessoria de Comunicação