Pedro Fonte sintoniza da música brasileira ao rock inglês em álbum “Luz na Madrugada / Late Night Light”
Novo disco reúne Ana Frango Elétrico, mãeana, Raquel Dimantas, Dadá Joãozinho e outros nomes de destaque da cena carioca
Nas altas horas da noite, os contrastes se tornam mais perceptíveis e o tempo passa em um ritmo abstrato. É nesse momento em que Pedro Fonte mergulha nas mais íntimas emoções humanas que inspiraram seu segundo álbum solo, “Luz na Madrugada / Late Night Light”. Entre 10 faixas e mesclando influências brasileiras, do soul e do rock britânico, o músico, cantor e compositor chega a uma coleção de canções que expõem nossas maiores vulnerabilidades – mesmo que à meia luz.
Ouça “Luz na Madrugada / Late Night Light”: https://lnk.fuga.com/pedrofonte_luznamadrugadalatenightlight
Se nas letras Pedro Fonte mergulha fundo em questões pessoais, na estética ele prezou pela pluralidade. Com raízes na música soul norte-americana – e inspirações em Curtis Mayfield, Sly and the Family Stone e Prince -, assim como na rica tradição da canção brasileira – sintonizando de Paulinho da Viola e Djavan -, as canções de “Luz na Madrugada / Late Night Light” destacam-se pela sua diversidade.
O álbum apresenta melodias pop acompanhadas de harmonias não convencionais, resultado da abordagem intuitiva de Pedro Fonte. Essa fusão entre a música popular brasileira e a língua inglesa levou a um trabalho em que metade das faixas são cantadas em inglês, outras em português e algumas apresentam uma combinação dos dois idiomas.
“As letras falam de amor e das posições que a gente se encontra se relacionando. São coisas que vivi mas tentei me vestir de diversos personagens pra escrever pontos de vistas diferentes. O nome tem a ver com a sensação de estar no escuro durante a noite, perdido nessas questões da vida e saber que mesmo na escuridão tem luzes lá, as estrelas e a lua… Escrevi quase todas essas músicas em madrugadas”, revela Pedro.
Em termos de produção, o álbum busca inspiração em discos que exploram uma variedade de estilos musicais. Pedro Fonte ressalta sua admiração por artistas como Beck, em especial os álbuns “Modern Guilt” e “Sea Change”; Cody Chestnut com seu trabalho “The Headphone Masterpiece”; e Jorge Drexler, com o álbum “Tinta y tiempo”. Assim como eles, Pedro Fonte procura manter uma coerência em termos de timbres, mas explora paisagens sonoras diferentes, conectando-as de forma única em um mesmo disco.
Embora as altas horas da noite tenham servido de mote para as canções, elas não são necessariamente sombrias ou soturnas. É nos encontros que “Luz na Madrugada / Late Night Light” mais brilha – e eles estão por todo o disco, que abre logo com “Lágrima na Língua”, com Ana Frango Elétrico. Dadá Joãozinho surge em “Mármore”, e “Bom dia tristeza” recebe mãeana. Por fim, Raquel Dimantas é a convidada de “Better Than That”. Ao longo de todas as faixas, surgem ainda instrumentistas de luxo: Guilherme Lírio, Iuri Brito, Kassin, Rudah Guedes, Christian Dias, Marcelo Callado e Mari Romano, todos referência na cena carioca.
Essa exploração guia a nova fase criativa de Pedro Fonte, que tem construído ao longo da última década uma reputação como baterista de renomados artistas – tendo trabalhado com músicos como Cícero, Rubel, mãeana, Antonio Neves e Marcelo Callado. Agora, ele revela outra faceta de seu trabalho.
O novo disco vem após o lançamento de seu álbum de estreia, “Filme do Tempo”, uma imersão íntima e pessoal lançada no auge da pandemia em 2020. A temporalidade e efemeridade das coisas continuam sendo uma motivação latente no trabalho de Fonte. Com essa nova fase criativa, Fonte solidifica sua trajetória solo para além do instrumento pelo qual ficou conhecido.
“Luz na Madrugada / Late Night Light” é uma obra musical que transcende fronteiras estilísticas e linguísticas, resultado da influência de diversas correntes musicais e da capacidade de Pedro Fonte em criar um trabalho autêntico. Com este novo projeto, Fonte mostra que, à noite, nem todos os gatos são pardos. Existe beleza, exuberância e complexidade em meio às sombras. É só na luz da madrugada que algumas delas aparecem.
Sobre Pedro Fonte:
Pedro Fonte é um baterista, percussionista, compositor e produtor atuante no Rio de Janeiro, com experiências que ultrapassam fronteiras no Brasil e no mundo. Ele fez parte das bandas cariocas Novocaines, Exército de Bebês e Os Dentes, e nos últimos anos desenvolveu vários projetos com artistas tanto nos palcos quanto em estúdio.
Em 2020, Pedro Fonte assinou as composições e a produção musical de seu primeiro álbum. A faixa de abertura, “Clichê”, foi incluída na coletânea “Hidden Waters: Strange and Sublime Sounds from Rio de Janeiro”, lançada pelos selos britânicos Sounds and Colours e Mr. Bongo, e o álbum também foi distribuído no Japão pela Disk Union.
Além de seu trabalho em estúdios e palcos, Pedro também é professor e realizou uma pesquisa sobre a influência das claves e dos toques afro-brasileiros do candomblé na música popular brasileira. Essa pesquisa rendeu-lhe o título de mestre em Música pela UNIRIO, e ele já recebeu prêmios em diferentes editais de instituições brasileiras, como FUNARTE e SECEC-RJ 2020.
Com uma carreira diversa e vibrante, Pedro Fonte se tornou uma referência como baterista ao colaborar com nomes como Illy, Abayomy Afrobeat Orquestra, Jorge Mautner, Domenico Lancelotti, Baco Exu do Blues, Emicida, Luedji Luna, Liniker, Nina Becker, Ana Frango Elétrico, Kassin, Clarice Falcão, AnaVitória, Erasmo Carlos, Vanessa da Mata, Cátia de França, Orlando Julius (Nigéria), Stéphane San Juan, Alberto Continentino, Gabriel Gezsti, Fattu Djakité (Cabo Verde), Eric Duncan (EUA) e Beatriz Pessoa (Portugal).
Agora, sua trajetória multifacetada se reflete nas sonoridades de “Luz na Madrugada / Late Night Light”, já disponível nas principais plataformas de música.
Ficha técnica:
Todas as músicas compostas por Pedro Fonte
Exceto Lágrima na Língua (Pedro Fonte e Ana Frango Elétrico), Sabor Borboleta (Pedro Fonte e Vidi Descaves), Luz na Madrugada (Pedro Fonte e Gabriel Loddo)
Produzido no Estudio Guê // Gá por Pedro Fonte
Mixado e Masterizado por Angelo Wolf no Estúdio Carolina.
Gravado no Estúdio Guê//Gá entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022
Violões e vibrafones gravados no Estúdio Carolina
Ana Frango Elétrico – Vozes (1), Rhodes, Orgão e Glockenspiel (3)
Antonio Neves – Trombone (1, 3)
Bruno Cosentino – Vozes (6)
Christian Dias – Violões e Dobro (10)
Dadá Joãozinho – Vozes e Synth (5)
Eduardo Santana – Trompete (1,3)
Gabriel Loddo – Baixo (4,5)
Guilherme Lirio – Baixo (1,3,10)
Gus Levy – Violões (2,3,4,5,6,7)
Iuri Brito – Guitarras (1,3)
João Werneck – Violões (2,3,4,5,6,7), Guitarra (4)
Kassin – Synths (8)
Kayan Guter – Baixo (2,6)
Lourenço Vasconcelos – Vibrafone (1,4,5,6,7)
Lucas Videla – Percussões (3)
Mãeana – Voz (7)
Marcelo Callado – Percussões (1,10)
Mari Romano – Vozes (4,8)
Pedro Fonte – Bateria e Vozes em todas as faixas, Percussões (2,4,7,8,9), Drum machine (5,7,8,9), Violão (8), Guitarra (9), Baixo (8,9), Synth (5,9,10), Orgão (10)
Raquel Dimantas – Vozes (2,3,9)
Rudah Guedes – Synth (6)
Vidi Descaves – Voz (8)
Acompanhe Pedro Fonte:
Spotify: https://open.spotify.com/artist/6ANqnotPsCkBCoo4lqXNpm?si=DtYFIWuhTXOSZyBkw6upCA
Instagram: http://www.instagram.com/instafonte
Bandcamp: https://pedrofonte.bandcamp.com/
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCRrKyBqQICGORJQGw2qEkkA
Site: http://www.pedrofonte.myportfolio.com
Com informações: BUILD UP MEDIA