“Álbum Coletivo Mulher” traz sambas inéditos de mulheres compositoras
Coletânea do grupo Batucantos será lançada nas plataformas digitais dia 16 de janeiro com show gratuito no Centro Cultural São Paulo
Oito compositoras, oito canções autorais e inéditas em uma coletânea composta apenas por mulheres, esse é o “Álbum Coletivo Mulher”, que será lançado pelo grupo Batucantos em 16 de janeiro e marca uma etapa transformadora para a música nacional. Embora com vasto talento, grande parte das artistas ainda não tinham suas composições oficialmente gravadas, e agora, além da repercussão online, elas terão a oportunidade de se apresentar em um evento gratuito e aberto ao público no Centro Cultural São Paulo.
Faça o pré-save de “Álbum Coletivo Mulher” aqui – Link
Das rodas de samba aos shows populares, o apreço que os brasileiros sentem com melodias contagiosas constantemente conecta multidões e transforma a música em um verdadeiro combustível de expressão e ligação entre pessoas. Diante desta valorização da cultura, e principalmente dos ritmos regionais, o álbum “Coletivo Mulher”, idealizado pela jornalista, cantora e compositora Carla Franco, se propõe a trazer protagonismo às mulheres da música nacional.
A ideia de produzir uma coletânea somente com canções de mulheres surgiu como um desdobramento do projeto de rodas de sambas autorais Batucantos, também criado por Carla em 2022, que se tornou um marco do samba autoral paulistano e já recebeu como convidados compositores como Douglas Germano, Chapinha da Vela, Maurinho de Jesus, Carol Nascimento, Lua Cristina, entre outros. A iniciativa foi contemplada pelo Fomento Público do 7° edital de Apoio à Música da Secretaria Municipal de São Paulo e propõe um panorama diverso do universo feminino por meio do samba e gêneros afins. O trabalho também é o primeiro álbum do grupo Batucantos, que, até então, só havia lançado dois singles.
Nomeada em homenagem à música autoral Coletivo Mulher, também de Carla Franco, a coletânea aborda o cotidiano, os desafios e o jogo de cintura que envolvem a vida, as dores e as lutas das mulheres. “A música trata da diversidade de papéis femininos e traz a ideia de que a mulher não se limita a rótulos: não é bela nem recatada, nem bruxa nem santa. Cada mulher é em si mesma um coletivo: aldeia, bloco, trupe, quilombo; um ser plural e complexo, no qual habitam múltiplas facetas”, relata Franco.
Tia Sahra Brandão, da Velha-Guarda do Vai-Vai, a própria Carla Franco, Samira Chamma, Silvana Truva, Sil Oléa, Lua Cristina, Sandra Regina Alves e Cilézia José são as oito artistas que fazem parte da iniciativa e navegam entre gêneros musicais, trazendo o olhar feminino ao samba e ritmos baianos como ijexá e baião.
Inéditas, as faixas autorais serão apresentadas ao público em um show gratuito no dia 16 de janeiro no Centro Cultural São Paulo, às 19 horas. Confira abaixo a lista:
Coletivo Mulher – Carla Franco – música que encabeça o projeto e vencedora do prêmio “Melhor Canção no Femup 2022”, além de outros 6 prêmios em festivais da canção do País.
Menina Moça – Sil Oléa
Preta Veia – Lua Cristina
Insônia – Samira Chamma
Graça da Criação – Sahra Brandão
Um Canto de Fé (Ebuiê) – Sandra Regina Alves e Flávia Souza
Agora Chora – Cilézia José
Maria da Lida – Silvana Truva e Fernando Neves
Com a iniciativa, cada uma das artistas terá a oportunidade de interpretar sua própria composição, devidamente gravada e veiculada em diferentes plataformas de música.
“Menina Moça” é uma crítica a sociedade patriarcal, a reprodução do machismo e a educação sexista que impõe que as mulheres precisam atender a um padrão estabelecido por homens, em sua maioria héteros e brancos”, relata a compositora Sil Oléa sobre sua canção autoral. “É um basta a esse pensamento, essa atitude, essa educação e a essa política opressora. Somos donas do nosso destino, caminho, corpo e vida”.
Já para Samira Chamma, sua música “Insônia” foi uma paixão à primeira vista. “Compus “Insônia” numa noite de lua, era começo da pandemia e eu tomada por uma paixão – daquelas que já ganharam cara de desamor e a gente não quer enxergar. Haja sofrimento pra aguentar!”
Além do poder lírico, os arranjos do álbum Coletivo Mulher são assinados pelo compositor Oscar Novaes e pelo percussionista Everton Reis e contam com grande versatilidade sonora. Ao longo das faixas, são encontrados diversos instrumentos como: flauta, clarinete, guitarra baiana, percussão, sanfona e muito mais.
Em janeiro, prestigie o lançamento do álbum “Coletivo Mulher” no evento especial e na página oficial do Batucantos. Faça o pré-save Link
Com informações: Agência Ecomunica