Banda Bagunço apresenta sua versatilidade e nova fase com o álbum ‘Mutirão’

Grupo formado por franceses e cariocas lançam  novo disco, com referências brasileiras e internacionais

 

Para batizar o novo álbum da banda Bagunço, o grupo escolheu o curto e significativo título “Mutirão”. Não apenas em referência à faixa “Mutirão da laje”, mas para enfatizar uma palavra que é essencialmente coletiva, em um projeto gestado durante a pandemia da Covid-19, quando o mundo precisou se ver como organismo único e os integrantes da banda se concentraram em manter a produção e o contato entre si, mesmo que remoto.

 

Chegando neste dia 7 de outubro às plataformas digitais, o álbum foi gravado com os artistas tocando juntos, olho no olho, no lindo cenário do Jardim Ecológico Uaná Etê, no município de Engenheiro Paulo de Frontin, interior do estado do Rio de Janeiro (O público ainda ganhará um clipe de cada faixa, produzido no local).

 

O formato de gravação traz ainda o calor dos artistas unidos no estúdio ao ar livre, afirmando a força da banda que surgiu nas ruas em 2013 e foi para o carnaval carioca, mas também ressaltando, nas produções e composições, a versatilidade de um grupo que passou por outros palcos, como o de turnês europeias (2016 e 2017), festivais de jazz nacionais e ainda atuou como banda de palco do programa Caldeirão do Huck (2018 e 2019).

 

Com duas faixas inéditas (“Ibrahim” e “Balança Mas Não Cai”) e outras regravações de músicas lançadas como single durante a pandemia, o grupo formado por dois franceses e seis brasileiros se define como neotropicalista. Ponto que merece destaque pelas riquezas de referências nacionais e internacionais, que vão de Novos Baianos e Jorge Ben (destacado nas guitarras de David Gonçalves), passam por Beatles e Stevie Wonder, e chegam ao pianista sulafricano Abdullah Ibrahim, que inspirou a música que encerra a obra.

 

“Ele talvez seja o artista que mais ouvimos juntos. Compusemos ‘Ibrahim’ coletivamente. Eu trouxe uma linha de baixo, alguém cantarolou a melodia e ela saiu de uma forma meio mágica. Demoramos um tempo fazendo essa música. Ela apresenta uma novidade de uma vibe espiritual, flertando com um relaxamento”, explica o baixista e tubista Daniel Pimenta.

 

Em “Pegada de urso”, que abre o disco, a banda evidencia logo de cara que, em sua nova fase, ela não é apenas um grupo instrumental. O primeiro minuto é todo cantado, e com uma letra que convida o público a levantar, enquanto o restante da música traz o groove característico do grupo, bem convidativo para a dança, com os metais marcantes de Raphael Cardoso (trompete), Michel Miudinho (saxofone alto, pife, gaita) e Clément Mombereau (trombone).

 

Já “Mutirão da laje”, escrita e cantada pelo tecladista Janu Jones, mostra a personalidade do grupo, na onda de boemia carioca – “Quem deixou pela metade a cerva / E agora tenho que derramar / Isso que eu chamo de heresia”, pontuam os versos – Mas também rasga na emoção com “Mais um gole vai pro santo gostar / E outro gole vai pros suicidas”, ressaltando que a tristeza também pode ter o seu suingue.

 

Outra inédita, “Balança Mas Não Cai” já diz ao que veio com a entrada da bateria de Filipe Paninho. A canção nasceu da curiosidade pelo famoso prédio homônimo do Centro do Rio. O Centro, aliás, sintetiza em local onde múltiplas tribos se encontram, tal como as referências sonoras da faixa.

 

As outras canções do novo álbum diversificam ainda mais o seu clima. “Catagnomo” e “As Três” propõem movimentos suaves e animados, com variações de dinâmica e intensidade que o público carnavalesco carioca tanto admira, destacadas pelo colorido da percussão de Luciano Gonçalves. Já “Abre a janela” acelera os batimentos e o pique da festa com a uma guitarra marcada que remete à onda neotropicalista proposta pelos músicos, para depois “Daube” acalmar os ânimos com a precisão de quem conquista o público em qualquer andamento.

 

Antes de “Mutirão”, o Bagunço lançou o primeiro álbum duplo, em 2016, chamado “Caos, Cosmos e Damião: Caos” e “Caos, Cosmos e Damião: Cosmos”, antes de lançarem outros singles até este ano.

 

“Enquanto lançávamos os singles durante a pandemia, sentíamos que íamos tendo mais coisas para falar. Juntamos muita experiência e história de vida neste tempo. Um álbum de fato tem mais história que podemos transmitir”, conclui o saxofonista Michel Miudinho.

 

Por Danilo Perelló

 

Ouça o álbum: https://spoti.fi/3CGqlg8 

 

Faixas de ‘Mutirão’ 

 

  1. Pegada de Urso (Daniel Pimenta / João Ribeiro)
  2. Balança Mas Não Cai
  3. Abre a Janela (Daniel Pimenta)
  4. Mutirão da Laje (Janus Jones)
  5. Daube
  6. Catagnomo (Daniel Pimenta)
  7. As Três (João Ribeiro / Michel Moreaux)
  8. Ibrahim

 

Ficha técnica 

 

Filipe Paninho: bateria

Luciano Gonçalves: percussão

Daniel Pimenta: baixo

David Gonçalves: guitarra

Janu Jones: teclado e voz

Raphael Cardoso: trompete

Michel Miudinho: saxofone alto, pife, gaita

Clément Mombereau: trombone

 

Captação áudio: Foguete Sonorização

Guilherme Silva Marques

Claudio Serrano da Silva

Edição: Espaço Ipiranga, Leandro Dias e Daniel Pimenta

Mix e masterização: Guilherme Silva Marques

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: Bruna Tenório Assessoria de Comunicação

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