Banda O Tarot divulga novo single “Soldado”
Faixa faz parte nova fase do trabalho da banda brasiliense
Crédito foto: Thaís Mallon
Um dos destaques da cena de Brasília, O Tarot faz um alerta global e manda uma mensagem direta aos governantes do país sobre o risco de se repetir os erros do passado na politizada “Soldado”. A nova música da banda mescla a sonoridade de inspiração cigana com uma letra densa. A faixa está disponível em todas as plataformas de música digital.
Ouça “Soldado”: https://ditto.fm/soldado-o-tarot
“Soldado” foi escrita em um 7 de setembro, narrando a história fictícia de um militar que vai à guerra e morre em batalha. De outro plano, ele envia uma mensagem aos companheiros que esperam pela sua vez de embarcar rumo à barbárie. Em tempos de quarentena e pandemia global, a música funciona como um lembrete de que é importante aprender com as experiências passadas e ouvir a razão. Dessa forma, a voz do diretor de teatro Hugo Rodas surge com tom quase fúnebre e profético, contrastando com a vibração do arranjo de metais dos músicos Ayla Gresta (trompete), Renan Smith (trombone) e Alencar Ulisses (tuba).
Um encontro das sonoridades ciganas e circenses do mundo com a música brasileira faz parte do som do quinteto brasiliense. O Tarot surgiu do encontro das composições dos amigos Caio Chaim (vocal, violão e washboard) e Gemelli (acordeon e banjolão). Já o nome do projeto se inspirou em um jogo criado por Chaim, que propunha uma ressignificação às cartas do baralho: ao escolher uma carta aleatoriamente, o interlocutor lhe batizava com um novo nome. A ideia de convidar interpretações ecoou em Gemelli – ele próprio rebatizando um coringa de “cura” no ato de fundação da banda -, de onde emergiu seu nome. Nesse tarô individual, novos significados atestam o poder das palavras, dos símbolos e da imaginação, traduzindo o caráter lúdico e, ao mesmo tempo, profundo do trabalho.
Atualmente formado também por Tom Suassuna (violino e banjolão), Victor Neves (baixo) e Tavares (bateria), ainda em 2016 O Tarot divulgou o EP “Zero”, produzido, gravado, mixado e masterizado por Ricardo Ponte. Ampliando sua sonoridade e abarcando novas influências, o álbum “A Ilha de Vidro” foi lançado em 2018 e também contou com produção, gravação, mixagem e masterização assinadas por Ponte.
A partir de 2019, a banda começou a estreitar seus laços com o teatro. Todos os integrantes d’O Tarot participaram da montagem da peça “O Olho da Fechadura”, dirigida pelo consagrado diretor Hugo Rodas, compondo e executando a trilha ao vivo. Essa peça venceu o prêmio de melhor montagem brasiliense daquele ano.
As performances ao vivo carregam essas características e fizeram das apresentações d’O Tarot um espetáculo de musicalidade potente e teatralidade latente. O grupo convida a uma viagem sonora que passa pelo Brasil e por ritmos do mundo, como o gypsy jazz e a música do leste europeu, desembocando nas tradições ciganas mediterrâneas. Da cultura circense, a banda se apropria do caráter lúdico e brincante. Em “Soldado”, O Tarot mostra seu lado mais intenso e politizado. A faixa se une a “Caravanero” e “Fogo!” como singles de uma nova fase da banda. A música está disponível em todos serviços de streaming.
Ouça “Soldado”: https://ditto.fm/soldado-o-tarot
Crédito: Thaís Mallon
Ficha Técnica:
Arranjo: O Tarot, Gustavo Halfeld e Lucas Muniz (Sombrio)
Letra: Lucas Gemelli
Produção e Gravação: Gustavo Halfeld
Masterização: Ricardo Ponte
Músicos Acompanhantes: Ayla Gresta (Trompete), Renan Smith (Trombone), Alencar Ulisses (Tuba)
Letra:
Soldado, cuidado
Com o que deseja
No tempo de uma cerveja
O dono do tempo
Te traz
E aí não há
Desejo algum
Ou rum que seja capaz
De fazer o relógio
Voltar atrás
E dizer à cidade
Que tanto faz,
Uma hora a paciência
Desabará
Vai ver
A gente vai morrer de rir
Pra ninguém nos ouvir chorar
Soldado, teu fardo
Tua farda ilesa
Num corpo que não festeja
Os copos não brindaram mais
E aí não há
Desejo algum
Ou rum que seja capaz
De fazer o relógio
Voltar atrás
E dizer à cidade
Que tanto faz,
Uma hora a paciência
Desabará
Vai ver
A gente vai morrer de rir
Pra ninguém nos ouvir
(Soldado, teu fardo
Tua farda ilesa
Num corpo que não festeja
Os copos não brindaram mais
E aí não há
Desejo algum
Ou rum que seja capaz)
.
De fazer o relógio
Voltar atrás
E dizer à cidade
Que tanto faz,
Uma hora a paciência
Desabará
Vai ver
A gente vai morrer de rir
Pra ninguém nos ouvir chorar
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Com informações: Nathália Pandeló Corrêa – Build Up Media