Bel_Medula lança Clitóris, novo clipe do álbum Pele/Osso
Dessa vez a parceria é com a VJ Paula Pinheiro, que cria um corpo virtual interagindo com a artista
Bel_Medula segue lançando vídeos das músicas do disco de estreia do projeto, encabeçado por Isabel Nogueira. Depois de Pança Cheia, Falta Pele, Eu Vou Contar e Silêncio Lugar, é a vez da canção Clitóris ganhar uma releitura audiovisual por algum artista, selecionado pela compositora. Filmado no começo do ano, antes da pandemia do Covid-19, o vídeo traz Bel_Medula em parceria com a VJ Paula Pinheiro. Assista aqui.
A faixa é um reggae dub com delays que possui experimentações guiadas por uma voz sussurrada, e está no lado Osso do álbum. No vídeo, Paula cria uma espécie de ‘corpo virtual’, que interage com a artista em uma performance sugestiva. A VJ interage tanto com o som, quanto com a performance ao vivo de Isabel. “A música foi colocada sob um cenário composto por camadas de diferentes tipos de plástico, que conforme a textura oferecem interações diversas com a luz do set e das projeções. Este conjunto cria paisagens oníricas de plástico, reflexão e refração de luz. Na edição foram selecionados trechos das improvisações em set que se destacaram, montando-os de forma a seguir o fluxo de loopings que compõe a música e sua temática”, comenta a diretora. Vale ressaltar ainda que o material do cenário é sustentável: “se trata de um apanhado de plásticos para experimentação que o coletivo foi reunindo em diversas produções, alguns são reciclados, outros foram reutilizados para experiências com luz natural e projeção em espetáculos e performances”, explica Paula.
Já Isabel, faz uma relação com a produção da música e do vídeo: “Clitóris mantém o clima do ao vivo feito pela banda, quando optamos por uma gravação todos juntos dentro do estúdio para que a fluência do dub fosse mantida. A ideia de manter esta fluência aconteceu também na produção do vídeo: Paula e eu tínhamos trabalhado juntas em um espetáculo de dança e fiquei encantada com seu trabalho de projeções ao vivo sobre os bailarinos. Fiz o convite para que ela criasse o clipe de Clitóris, pensando na ideia da interação das luzes com a projeção, e conversamos bastante sobre como faríamos para trazer para o vídeo a ideia da performance ao vivo, combinada com o mergulho de intimidade que a canção propõe. Foi aí que ela propôs o trabalho com os plásticos para a criação de camadas e decidimos que a própria gravação do clipe teria este clima de performance ao vivo. A gravação durou uma tarde e uma noite, naquele momento Victor, Paula, Carol e Juliane eram a ‘minha banda’, me conduzindo, sugerindo, interagindo, propondo, experimentando. Ouvíamos a música e nos deixávamos levar, criando juntes uma narrativa imagética para a canção”, lembra.
Paula Pinheiro trabalha com projeção de vídeo em shows e espetáculos cênicos desde 2008 e há 4 anos estuda o software Emotion, criado pelo francês Adrien Mondot, com o objetivo de permitir a manipulação de diferentes tipos de partículas com base em leis da física. “O software permite a interação ao vivo com bailarinos, gerando um ‘corpo virtual’, que ora leva, ora é levado pelos movimentos humanos; traduzindo em pixels e movimento, as vontades e sentimentos de quem o manipula”, comenta Paula.
ASSISTA AO CLIPE AQUI
FICHA TÉCNICA
Produção e direção artística: Paula Pinheiro
Direção de acting: Victor Kayser
Styling: Victor Kayser
Make-up artist: Juliane Senna
Câmera e fotografia: Carol Zimmer, Carlos de Los Santos
VJing: Paula Pinheiro
Edição e montagem: Paula Pinheiro, Thaísa Ennes
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SOBRE ISABEL NOGUEIRA
Isabel Nogueira é compositora, cantora, multiinstrumentista, produtora musical e musicóloga. Doutora em Musicologia pela Universidade Autônoma de Madrid, estuda piano desde a infância e, ao longo de sua trajetória, pesquisa as potencialidades da voz e dos sintetizadores na expressão artística. É professora da UFRGS e coordenadora do Grupo de Pesquisa Sônicas: Gênero, Corpo e Música (UFRGS). Suas composições trazem diferentes visões sobre o “ser mulher” no mundo. Grooves, beats e ambiências se misturam à vozes sussurradas, cantadas e faladas, propondo mantras contemporâneos a partir da combinação de elementos sintéticos e orgânicos.
Tem o projeto solo Bel_Medula, e o projeto Betamaxer, de música experimental. Lançou os trabalhos fonográficos “Vestígios Violeta” (2014), “Impermanente movimento”, “Voicing” e “Lusque-Fusque” (2016), “Mar de tralhas”, “Betamaxers”, “Légua”, “Meteoro-phoenix”, “Unlikely Objects” e “Hybrid” (2017),” Zah”, “Isama Noko”, “Wnyhum” e “Se eu fosse eu” (2018). Tem atuado em festivais no Brasil (Kinobeat, Musica Estranha, FIME) e em festivais no exterior (Live Arts Culture – Itália, Feminoise – Argentina), além de performances em espaços consagrados da música experimental, como a sala Spectrum (NY). Em 2919 foi orientadora da residência artística para mulheres no Projeto Concha, na cidade de Porto Alegre com financiamento da Natura Musical, no mesmo ano, lançou seu primeiro álbum Pele / Osso.
ASSESSORIA DE IMPRENSA – Café8 Comunicação & Projetos Especiais