Bruna Caram revive Gonzaguinha em novo álbum
Depois de um show energizante na Casa Natura, a multiartista celebra o eterno compositor no aguardado disco “Afeto e Luta – Bruna Caram canta Gonzaguinha”.
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De um projeto idealizado por Bruna Caram, com arranjos de Norberto Vinhas e pesquisa de repertório de Jean Wyllys, o show “Afeto e Luta – Bruna Caram canta Gonzaguinha” aconteceu pela primeira vez durante a pandemia, sem público, em formato de live. E foi devido a um pedido especial dos seus fãs (e fãs do compositor) que Bruna decidiu transformar o projeto em turnê – e no sétimo disco de sua carreira.
O desejo de cantar Gonzaguinha veio, não só da paixão por sua obra, mas pelo fato de ter percebido o quanto era pertinente e vigorosa nos tempos de medo, ódio e descaso pelos quais passamos. Sendo assim, ao longo de dois anos, a multiartista mergulhou para o trabalho mais criterioso de sua carreira. Segundo a cantora, para “trazer para o estúdio a energia do público”, fez questão de iniciar a turnê antes do disco, passando por cidades do Sudeste ao Nordeste. E agora, anuncia que o tão esperado álbum sai em 28 de abril, um dia antes da data de aniversário de morte do compositor.
Afeto e Luta – Bruna Caram canta Gonzaguinha é o nome do álbum em que a multiartista está se dedicando desde 2020, e de lá para cá passamos por 700 mil mortes por COVID-19 no Brasil, lockdown não-oficial, a volta da fome, uma eleição tensa, e um começo de ano, na visão da multiartista, com esperança de mais liberdade e dignidade, bandeiras que percorrem a obra de Luiz Gonzaga Jr do começo ao fim.
“Escolhi duas vertentes, a das canções de amor e a das canções políticas, mas considero que essas duas vertentes, na obra dele, muitas vezes se sobrepõem. Porque lutar também significa amar, defender, enfrentar. Para mim, Gonzaguinha era um artista destemido e engajado, que cantava as lutas e principalmente a alegria de viver.”, diz a cantora, contrariando uma visão da imprensa à época do compositor, no começo de sua carreira, que chegou a chamá-lo de “o cantor-rancor”.
Encarar uma sociedade que adoecia enquanto Bruna concebia seu primeiro filho, e depois lidar com a maternidade, foi um dos fatores que fez com que sua maturidade virasse força para viver o desafio de interpretar o mestre, de voltar às origens de intérprete encontrada nos primeiros discos de sua carreira e a sua adolescência, passar por um processo de autoconhecimento, temer, voltar a ter coragem e reunir diferentes gerações de cantores que, assim como ela, admiram o trabalho do compositor.
“Sempre tive receio de convidar outros artistas para participar dos meus projetos, tinha insegurança, não queria soar oportunista. Mas a partir do momento em que comecei esse projeto, muitos artistas que admiro se aproximaram espontaneamente. Foi lindo. Vi o tamanho de Gonzaguinha aí, e também me senti mais capaz. No fim, é a coisa mais rica que eu poderia ter feito, o ápice da minha carreira até agora” desabafa Bruna.
Afeto e Luta – Bruna Caram canta Gonzaguinha se tornou o disco mais importante da carreira da artista e mais memorável com participações de grandes artistas como Zé Renato em “Redescobrir”, Preta Ferreira em “É”, Zeca Baleiro em “Eu Nem Ligo”, além de Renato Braz, Nanan Gonzaga e Leila Pinheiro.
A presença de Jean Willys na direção de repertório e Nanan Gonzaga na direção de voz (e participando nos vocais de uma das faixas) foram muito importantes. Jean trouxe novas canções e olhares sobre a obra tão política do compositor, e Nanan trouxe detalhes preciosos nas melodias e harmonias, além de memórias que Bruna compartilhará no palco. Para criar os arranjos do disco, Bruna Caram e o produtor e arranjador Norberto Vinhas visitaram e aplicaram à obra de Gonzaguinha diversos ritmos brasileiros, como Maracatu, Samba, Frevo, Ijexá, Coco e Choro. Para tanto, inclusive, Bruna estudou um ano de danças brasileiras com Letícia Doretto, e houve ideias de arranjos que surgiram ali, na preparação de corpo.
“Foi a primeira vez que o movimento esteve tão presente na pré produção de um álbum. Levava para o arranjador referências de canções que dancei, e íamos trabalhando muitas vezes em cima delas. Sempre quis que meus álbuns tivessem mais presença dos ritmos brasileiros, que sempre amei, e que cresci ouvindo. Meu avô era violonista 7 cordas, fazia rodas de choro, e foi ali que aprendi a cantar. Os ritmos brasileiros estão na minha memória afetiva intensamente”, finaliza.
A capa do disco também recebeu inspiração de Gonzaguinha, na foto que remete ao disco “Caminhos do Coração” do artista. E foi tirada por Rodolfo Magalhães.
FICHA TÉCNICA
“AFETO E LUTA – BRUNA CARAM CANTA GONZAGUINHA” – 2023
Arranjos e produção musical: Norberto Vinhas
Pesquisa de repertório: Jean Wyllys
Direção de voz de Bruna Caram: Nanan Gonzaga
Gravações de voz de Bruna e Renato Braz no estúdio Coffee Music, exceto:
Faixa 8 gravação de voz de Bruna por Lucas Caram.
Faixas 1, 4 e 5 gravadas no Estúdio Navegantes por Zé Nigro.
Mixagem por Vini Merola das faixas 4, 7 e 9
Mixagem por Bernardo Goys da faixa 8.
Mixagem de Edu Garcia das faixas 1, 2, 3, 5, 6 e 10.
Masterização por Vini Merola.
Um lançamento Coffee Music.
CAPA:
Foto: Rodolfo Magalhães
Assistência de fotografia: Lucas Bergamini
Figurino e direção de arte: Beatriz Rivato
Maquiagem e cabelo: Stephanie Suero
Concepção: Bruna Caram e Bia Rivato
Cenário: Bruna Caram e George Magalhães
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Com informações: Carolina Martins Assessoria de Imprensa