CHICO César & GERALDO Azevedo em “VIOLIVOZ – Ao Vivo”
Dupla lança registro audiovisual do show, gravado na Concha Acústica, em Salvador. Áudio ao vivo chega aos aplicativos de música, com duas faixas inéditas compostas pelos dois, especialmente para o projeto.
Quando Geraldo e Chico entram abraçados, diante dos refletores, o público delira. Mas pouca gente imagina o tamanho do que vai acontecer ali.
Duas personalidades tão relevantes na música popular tocando naquela mesma noite. Mais que isso. Dois gigantes entrelaçando suas obras e produzindo uma nova gema preciosa. Uma liga. Uma aliança poderosa.
Vozes marcantes, com assinatura inconfundível. Um violão e uma viola de 12 cordas, em plena conexão amorosa. Nas mãos de dois mestres incontestáveis. Que ao invés de dividir, multiplicam o palco.
Como artistas tão singulares podem ocupar o mesmo momento no espaço ?
Violivoz. Chico César e Geraldo Azevedo
Diamantes lapidados e com brilhos definidos.
Começa com um desfile de canções já antológicas e que habitam o imaginário afetivo da platéia. Que acompanha em coro cada palavra, cada refrão. Táxi Lunar (Geraldo/Alceu/Zé Ramalho) e Mama África (Chico César) inauguram a noite. Aí já começa a magia. Cada um canta um trecho e os dois vocalizam juntos. E o balé de braços da galera ensaiando o que ainda virá.
Alquimia e simbiose. É Geraldo quem puxa “Deus Me Proteja” (Chico César). Enquanto Chico inicia os versos de “Moça Bonita”(Geraldo/Capinan), a essa altura mal importava a autoria da música. Tudo era uma coisa só. E Geraldo emenda na balada infalível “Dia Branco”. Todas ganharam versões únicas. Criadas para aquele show. Sem sampler, sem efeitos eletrônicos. Apenas os dois, ali, lado a lado. Refinamento em estado bruto.
As palavras cantadas vão aos poucos compondo um grande mosaico de sentimentos e reflexões, que ampliam os sentidos, reverberam nos corações e cabeças presentes.O formato minimalista parece favorecer essa comunicação direta com os fãs.
Ouve-se xote, folk, balada, baião,reggae e tudo vem com a mesma nobreza sonora. Com timbre pessoal.E pegada rock and roll.
Noutro momento o palco se transforma num manifesto. Sim, politico. As músicas “Reis do Agronegócio”(Chico César / Carlos Renó) e “Pedrada” (Chico César) mexem com a consciência e a indignação coletiva dada a gravidade do tema.
Como se não bastasse duas parcerias inéditas da dupla agora indivisível: “Nem na Rodoviária” e “Tudo de Amor”.
Os dois são exímios melodistas e dominam os mistérios harmônicos, os harpejos percussivos, as pausas sutis. E o que acontece é uma grande celebração. Arrebataram a audiência com a vigorosa e expressionista “Bicho de 7 cabeças”( Geraldo / Renato Rocha / Zé Ramalho) e a candura da majestosa canção de Chico “Estado de Poesia”.
Já perto do fim, os versos de “Paula e Bebeto”(Caetano / Milton) – “Qualquer maneira de amor vale a pena” são entoados como um canto de libertação.
“Pedra de Responsa”(Chico César / Zeca Baleiro) e “Dona da Minha Cabeça” (Geraldo / Fausto Nilo) encerram uma noite onde a plateia mergulhou no universo fantástico de um Brasil que muita gente temia perder. Brasil de poesia, de empatia, de encantamento. Mas que através do talento desses dois gênios brasileiros, volta a pulsar com sua esperança e alegria revigoradas.
Os dois se curvam em reverência à uma platéia de alma lavada, que fez parte de tudo, aplaudindo de pé, corações saciados.
Chamando o próximo carnaval.
Por Lula Queiroga – Poco da Panela – Recife
FICHA TÉCNICA
“Deus Me Proteja” (Chico César)
Com Chico César e Geraldo Azevedo
Chico César: voz e viola de 12 cordas
Geraldo Azevedo: voz e violão
Arranjo e produção musical: Chico César e Geraldo Azevedo
Produção executiva: Geração Produtora, Chita e LF+C
Coordenação de produção: Emília Veras e Luis Felipe
Produtores executivos: Reinaldo Galvão, Eric Vecchione e Rodrigo Santos
Diretor de palco: Rafael Lando
Roadies: Adriano Colono e José Bonifácio
Técnico de sonorização (monitor): Sérgio Peres
Técnico de sonorização (P.A.): André Kbelo
Técnico de gravação: Fabrício Mattos
Iluminação: Marisa Bentivegna
Cenografia: Fábio de Souza
Fotografia: Marcos Hermes
Capa: Adriano Cunha
Assessoria de Imprensa: Miriam Roia, Patrícia Dornelas e Vivi Drumond
Redes Sociais @violivoz: Marcos Lauro
EQUIPE DE FILMAGEM “LORD BULL”
Direção: Vinícius Dall Olivo
Assistente de direção: Rômulo Menescal
Coordenação de produção: Maria Cecília
Assistente de produção: Adriano Pessoa
Diretor técnico: Felipe Mesquita Lemes
Técnico de áudio: Carlos Branco (Kalunga)
Assistente de áudio: Roberio Cardoso Anunciação
Técnico Broadcast: Danilo Rossi
Técnico Broadcast: Miller Teixeira Costa
Operadores de câmeras: Aurélio dos Santos Filho (Russo), Rodrigo Chagas Daltro, Vinícius Gabriel Azevedo Trajano, Florisvaldo Silva Santos Filho, Ivanildo Santos Silva – Operador de Câmera, Arthur César Freitas Luna, Cláudio Oliveira de Souza, Ajurimas Sales de Souza
Assistente de câmera: Edvaldo Santana
Gravado em dezembro de 2022, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador
Com informações: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO GERALDO AZEVEDO /SOMAR COMUNICAÇÃO INTEGRADA