“Divina Dádiva-Dívida”: Celso Sim e João Camarero gravam disco em homenagem a Elizeth Cardoso

O repertório da cantora é posto em constante diálogo com o tempo de agora

 

No Dia Nacional do Samba (02/12), Celso Sim e João Camarero homenageiam Elizeth Cardoso em álbum de voz e violão, lançado pelo selo CIRCUS. São 16 faixas, entre elas canções e textos que vão de Noel Rosa a Davi Kopenawa. As gravações foram todas captadas em registro audiovisual de Daniel Capuruço, que deverá ser disponibilizado junto ao álbum.

 

“Sem dúvida, Celso Sim e João Camarero prepararam uma homenagem bem diferente daquelas que já foram feitas a Elizeth. Ambos souberam traduzir em música e com um belíssimo repertório todo o amor que ela nutria pelo Brasil”, escreve Alaíde Costa no texto de apresentação do álbum. Celso Sim e João Camarero assinam conjuntamente a escolha do repertório, os arranjos, a direção e a produção musical.

 

O prólogo de Divina Dádiva-Dívida é enunciado por “A Queda do Céu”, texto de Davi Kopenawa e Bruce Albert, narração da antropogênese (ou nascimento dos homens) segundo mito yanomami: “Desejo, portanto, falar-lhes do tempo muito remoto em que os ancestrais animais se metamorfosearam e do tempo em que Omama nos criou, quando os brancos ainda estavam muito longe de nós”. Em “Aroeira” (Romildo Bastos / Toninho Nascimento), canção que abre o disco, nasce a voz do cantor: “Sou cantor porque / Aroeira, ê aroeira, já secou”. “Lançado pela cantora carioca no álbum “Feito em casa” (1974), o samba [..] passou despercebido pelo público. Tanto que jamais foi regravado. Até então”, lembra o jornalista Mauro Ferreira. O repertório também apresenta canções já bastante conhecidas na voz de Elizeth – é o caso de “Luz Negra” (Nelson Cavaquinho / Amâncio Cardoso), “Três Apitos” (Noel Rosa), “Chão de Estrelas” (Orestes Barbosa / Sílvio Caldas), “A Flor e Espinho” (Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito / Alcides Caminha), “Chega de Saudade” (Antônio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes).

 

“Acredito que a compreensão profunda da obra é que dá o norte para o caminho ideal. Recriar os mundos através de leituras que fogem da superficialidade óbvia é, de certa maneira, continuar o legado artístico e continuar desenrolando o mesmo fio da história”, comenta o violonista João Camarero.

 

Elizeth Cardoso faria 100 anos em 2020. Sua trajetória musical se funde com a formação cultural do país e é desse nó que “Divina Dádiva-Dívida” trama sua rede. “Divina é o codinome de Elizeth. Dádiva-Dívida é o Brasil. Divina Dádiva-Dívida é a Elizeth Brasil Cardoso: o Brasil profundo sem fundo, a divina dádiva da esperança que é, também, dívida. A dádiva-dívida como herança”, diz Celso Sim.

 

Celso e João colocam as canções em diálogo com o tempo de agora, fazendo atravessá-las constantemente o passado e o presente. “Uma história do Brasil que não cessa de futuros”, escrevem. “De Manhã” (Caetano Veloso), a última faixa do disco, embora conhecida, não é óbvia no repertório de Elizeth. O samba, como arremate do disco, lança a obra da cantora à luz de um outro dia, amanhecido e divino:

 

“E foi por ela

Que o galo cocorocô”

Crédito fotos: Pablo Saborido

Divina Dádiva-Dívida

Celso Sim e João Camarero

 

  1. A Queda do Céu (Davi Kopenawa / Bruce Albert)
  2. Aroeira (Romildo Bastos / Toninho Nascimento)
  3. Serra da Boa Esperança (Lamartine Babo)
  4. Luz Negra (Nelson Cavaquinho / Amâncio Cardoso)
  5. Olho da Terra (Grace Passô)
  6. Autonomia (Cartola – Angenor de Oliveira)
  7. Mente Ao Meu Coração (Francisco Malfitano)
  8. Três Apitos (Noel Rosa)
  9. Minhas Madrugadas (Paulinho da Viola / Candeia)
  10. Serafim Ponte Grande (Oswald de Andrade)
  11. Chão de Estrelas (Orestes Barbosa / Sílvio Caldas)
  12. A Flor e Espinho (Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito / Alcides Caminha
  13. Chega de Saudade (Antônio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes)
  14. Canto de Regresso À Pátria | Pau Brasil (Oswald de Andrade)
  15. Sabiá (Tom Jobim / Chico Buarque)
  16. De Manhã (Caetano Veloso)

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: IMPRENSA Circus Produções

#SIGA NO INSTAGRAM
Hoje, 17/12, é aniversário do ex-baixista da banda R.E.M, Mike Mills que completa 67 anos.

#mikemills #rem #happybirthday
Hoje, 17/12, é aniversário do cantor e compositor Paul Rodgers @paulrodgersofficial que completa 76 anos.

Foi vocalista das bandas Bad Company e Free.

#paulrodgers #happybirthday
#boomerangmusic
Hoje, 14/12, é aniversário do baixista e compositor Cliff Williams @cliffwilliams_official ex-integrante da banda AC/DC @acdc 

#cliffwilliams #acdc #happybirthday
Em 14/12/1979, há exatamente 46 anos atrás era lançado o terceiro álbum de estúdio da banda The Clash @the_clash "London Calling".

The Clash

Joe Strummer – vocais, backing vocals, guitarra rítmica, piano
Mick Jones – guitarra solo, piano, harmónica, backing vocals
Paul Simonon – baixo, backing vocals, vocal em "The Guns of Brixton"
Topper Headon – bateria, percussão

Músicos adicionais

Mick Gallagher – órgão
The Irish Horns – metais

Tracklist 

1. London Calling
2. Brand New Cadillac
3. Jimmy Jazz
4. Hateful
5. Rudie Can’t Fail
6. Spanish Bombs
7. The Right Profile
8. Lost In The Supermarket
9. Clampdown
10. The Guns Of Brixton
11. Wrong ‘Em Boyo
12. Death Or Glory
13. Koka Kola
14. The Card Cheat
15. Lover’s Rock
16. Four Horsemen
17. I’m Not Down
18. Revolution Rock
19. Train In Vain

#theclash #londoncalling #boomerangmusic
Hoje, 12/12, é aniversário da cantora e compositora Dionne Warwick @therealdionnew que completa 85 anos.

#dionnewarwick #happybirthday
Hoje, 12/12, é aniversário do ex guitarrista da banda Kiss @kissonline Bruce Kulick @bruce.kulick que completa 72 anos.

#kiss #brucekulick #happybirthday
Hoje, 10/12, é aniversário da baterista Meg White da banda White Stripes @thewhitestripes que completa 51 anos.

#megwhite #happybirthday
#whitestripes
Hoje, 10/12, é aniversário do cantor, compositor e ex integrante da banda Wang Chung @wangchungofficial Jack Hues @jackhuesofficial que completa 71 anos.

#jackhues #wangchung #boomerangmusic