Em primeiro álbum, Bel Aurora busca por novos ciclos

Artista paulistana traz vivências pessoais em disco produzido por Guilherme Kastrup

 

Numa explicação simples, “metanoia” é uma palavra grega que quer dizer mudar de ideia ou pensamento. Esta é a palavra central do primeiro álbum solo da paulistana Bel Aurora. Em A Metanoia a artista propõe uma renovação de olhar para si mesma e para as vivências pessoais, tratando da violência sexual em “A Viva”, gaslighting em “Sila” e relação tóxica em “Onde não quero estar”, mas trazendo o renascer de uma mulher que  sobreviveu e lutou para achar-se dentro de si.

 

“Essa palavra [metanoia] cruzou comigo quando eu estava procurando sinônimos para ‘transformação’, num momento de escrever poema. Quando conceptualizei esse álbum, essa palavra acabou sendo a que melhor juntava as músicas e poemas que eu vinha organizando. Mudanças, passagens, estar em lugares que são o meio do caminho entre uma coisa e outra. Resolvi adicionar o artigo “A”, que deu um ‘título’ ao disco. Assim, o álbum ter esse artigo, pode ser lido como “ametanoia”, tudo junto, como se fosse o prefixo negativo ‘a’ do latim, que dá uma contradição, um contraste. E também pode ser lido em inglês como ‘a metanoia’ , no caso ‘uma’ metanoia, que eu gosto, porque sugere muitas versões desse processo ou desse conceito. ‘A Metanoia de Bel Aurora’ ou meu take sobre esse assunto, esse tema, esse conceito”, comenta Bel.

 

Produzido por Guilherme Kastrup (reconhecido por seu trabalho em “A Mulher do Fim do Mundo”, da cantora Elza Soares), o disco mostra uma artista mais segura e com mais camadas musicais. Um contraponto ao primeiro EP, Mulher ao Mar, que contou com a produção de Bel e do amigo Ariel Aricas. Lá a artista mostra o misto de poemas e  canções de uma forma frágil, basicamente na voz, piano e acordeão. Aqui, Bel está com a banda completa que tem: Shaya Lambert (cello), Samuel Bueno (baixo), Sintia Piccin (sax barítono), André do Amaral(piano), Felipe Kouznetz(guitarra e noises em “Paranoia”), Guilherme Kastrup (bateria) Além das participações especiais de: Maria Beraldo (clarinete em “Paranoia”), Cris Cunha (vozes em “Incêndios”),  Ariel Aricas (eletrônicos em “A Viva”) e Fernando Mota (sax barítono em “Paranoia”).

 

Alguma das canções ganharam nova versão, como é o caso de “Deriva” que abre o álbum e é uma música sobre se questionar a própria reprodução da violência: “Também é uma música sobre pensamentos intrusivos (sombras de uma ideia que retorna quase com certeza). Foi a primeira da leva que escrevi em 2017. Começou comigo fazendo uma variação de ‘Blackbird’ dos Beatles e testando outras fórmulas de compasso. Fui pondo a letra nela, cheia de angústia, dúvida, aflição de me sentir revivendo o mesmo processo um milhão de vezes”, conta Bel.

 

“Onde Não Quero Estar” que trata dos ciclos de uma relação amorosa. O destaque vai para as linhas de sopro que agradecem a canção e trazem um groove antes não visto na versão do EP. A artista já havia soltado Páprica que ganhou clipe com direção, captação e protagonizado pela artista Jéssica Gaspar e teve inspiração em outro expoente da cena independente, o paulistano Pélico, que em 2012 apresentava o álbum “Que isso fique entre nós” (2011). Álbum caracterizado pelos cortes de compasso a la “Conversa de Botas Batidas”, dos Los Hermanos.

 

Daí, entra a sensibilidade de Guilherme Kastrup em entender as influências e referências da artista e transpor para o som. O produtor musical traz mais potência às canções. A indicação da dobradinha, veio da produtora artística Cris Rangel. Amiga de Bel há anos, ela entrou no trabalho em 2019 para ajudar a artista a tirar o projeto do papel. A pandemia atrapalhou os planos do disco, que acabou tendo grande parte projetada à distância.

 

“Em janeiro de 2020, Kastrup topou produzir o álbum. Marcamos um cronograma no qual em março iríamos captar ao vivo, ensaiar com a banda toda, tudo em um mês. Então, a pandemia aconteceu. O processo que ia demorar um mês tomou um ano. Seguindo todos os protocolos possíveis, eu e Gui nos aproximamos  e desenvolvemos esse disco com muito diálogo, muitos testes e remarcação de datas de gravação. Conseguimos nos alinhar bem. Sinto honestamente que esse disco me representa, sinto que nós dois cedemos e demos lugar às sugestões do outro. No fim,  a sugestão da Cris de deixar na mão de um produtor foi tão importante que se isso não tivesse rolado o disco não teria acontecido mesmo” revela Bel.

 

 “A Metanoia” é, portanto, um álbum idealizado por Bel Aurora que tem como tema central a poética dos ciclos. Concebido em 2017 e realizado em 2020 em colaboração com o produtor Guilherme Kastrup, contém 9 faixas de letras existenciais e afetivas imersas no “entre” do indie: mpb, rock, progressivo, synth e chamber pop. Tem mixagem com a Alejandra Luciene e de masterização com Ricardo Prado e conta com participações de Samuel Bueno, Sintia Piccin, Shaya Lambert, André do Amaral, Felipe Kouznetz, Maria Beraldo, Cris Cunha, Ariel Aricas e Fernando Mota. A artista visual Antonia Perrone assina a capa tem direção e produção artística de Cris Rangel e assessoria de imprensa de Alessandra Braz (Favorite Assessoria).

 

Mais sobre Bel Aurora

 

Bel Aurora é compositora, instrumentista, poeta e cantora. Encontrou seu caminho nas palavras poéticas e nas teclas muito cedo. Pianista pesquisadora, também toca acordeom, violão, sintetizadores, cajon, MPC e desde 2017 vem se formando como produtora musical.

 

Com influência de MPB ao rock progressivo, do indie ao cancioneiro brasileiro, cuida da música como uma poesia maior. “Sempre enxerguei as letras de músicas mais como poemas  e me esforço um tanto para as minhas composições poderem se sustentar como poemas mesmo quando se tira a música delas. Acho que a poesia é uma espinha dorsal das artes,  ela é perpétua”, revela. E cita artistas que trabalham na mesma área: Titãs, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Luiza Lian e até mesmo Maria Bethânia.

 

 

Com seu projeto autoral já tocou em palcos de São Paulo como Picles, Casa do Mancha, Fauhaus, Casa Grammo e, em Belo Horizonte n’A Obra e, vem em busca de novos espaços para sua música que dialoga com a poética intimista e também com rock progressivo e experimental. Em 2021 lançou o primeiro EP da carreira, “Mulher ao Mar”, com produção musical da própria Bel Aurora e de  Ariel Aricas, com direção artística de Cris Rangel.

 

Capa: “A Metanoia”. Arte: Antonia Perrone/Divulgação

 

Redes Sociais

 

Instagram: https://www.instagram.com/belaurora/

 

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCMoPjw_9jdbThjFP2GjXJWQ

 

Twitter: https://twitter.com/belzinhaurora

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: Favorite Assessoria

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