Espaço Favela homenageará o grande cantor e compositor Nelson Sargento
Na plenitude de seus 95 anos, o artista faz uma participação especial no show “Festa da Raça”. Telas de Nelson Sargento serão evidenciadas e farão parte da cenografia no backstage do evento
Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2019 – Um evento que extrapola a música e oferece experiências do início ao fim. São 14 horas de entretenimento na veia e conteúdos que vão além do esperado pelos visitantes. Um desses casos é a homenagem que Roberto Medina, presidente do evento, anunciou nesta sexta-feira. Junto a novidade que é a chegada do Espaço Favela, nesta edição, o Rock in Rio terá mais um momento emblemático e que promete emocionar a todos: Nelson Sargento subirá ao palco e participará da roda de samba Festa da Raça.
O multitalento Nelson Sargento – compositor, cantor, pesquisador da música popular brasileira, artista plástico, ator e escritor -, participa da Roda de Samba Festa da Raça, marcada para o dia 03 de outubro. O artista cantará quatro clássicos do seu repertório com os nove participantes que compõem a roda.
“Ter Nelson Sargento no nosso palco é um prestígio e prazer imensurável. Estamos estreando com este espaço no festival e temos certeza que será um daqueles momentos memoráveis. Nelson conviveu com artistas fundamentais na construção do samba e representa toda a tradição da cultura popular. A integração desta lenda com uma roda de samba que está trilhando sua estrada é, sem dúvida, uma oportunidade única de troca de experiência. E o público estará lá, testemunhando um grande show da música popular brasileira”, garante Roberto Medina, lembrando que “não tínhamos como ter Espaço Favela e não ter Nelson Sargento em uma roda. Afinal, ele é verde e rosa, mas acima de tudo é carioca e brasileiro”.
Além da sua presença no palco, Nelson Sargento que também é artista plástico, terá 14 de seus quadros expostos no backstage do Espaço Favela, colocando o espaço como uma galeria de arte. O músico desenvolveu esta atividade graças ao conhecimento obtido na profissão de pintor de paredes, que exerceu por vários anos.
“Ter o mestre Nelson Sargento é uma honra. Quando Roberto (Medina) me pediu isso, me senti como se estivesse dando ao público o melhor de todos os presentes. E, explorar seus talentos, ou seja, ir além da música, é um grande ganho não só para o Rock in Rio, mas especialmente para quem estiver lá conosco. Uma oportunidade ímpar para a troca de conhecimento”, afirma Zé Ricardo, diretor musical do Espaço Favela e do Palco Sunset.
Nelson Sargento fala sobre a importância de levar a bandeira do samba ao evento.
“Tenho o privilégio de dizer que conheci o mundo através da arte, dos quintais e terreiros Brasil afora aos palcos do Japão. Para mim, disseminar a mensagem e a cultura do samba que aprendi em Mangueira é uma missão de vida, que carrego com muito orgulho e disposição. Agora, aos 95 anos, tenho o prazer de plantar a semente do Samba no Rock in Rio, um dos maiores celeiros musicais do mundo. E, podem esperar, depois que nosso samba ecoar na Cidade do Rock, ele nunca mais sairá de lá”, afirma o bamba.
Sobre a Roda de Samba Festa da Raça
Formada em 2015, o grupo tem nove participantes que compõem e tocam juntos pelo Rio de Janeiro. Os músicos do projeto são de famosas rodas de samba carioca, como Cacique de Ramos, Alforria, Samba do Trabalhador, Renascença, Trapiche Gamboa e entre outros. A Festa da Raça é feita por Makley Matos do Morro do Jucuruquara (ES), Mingo Silva do Morro da Engenhoca (Niterói), Thiago Misamply do Morro do Escondidinho, Luciano Bom Cabelo do Morro do Andaraí, Pipa Vieira do Morro do Turano, Álvaro Santos da favela do Catiri, Alison Martins, Marcelinho Correia e João Martins.
O nome do grupo marca o encontro desses instrumentistas que fazem samba inédito, autoral e das escolas que os formaram como músicos. Segundo eles, a felicidade está presente no trabalho, e o nome “Festa” descreve o sentimento de tocar para o público.
Sobre Nelson Sargento
Nelson Sargento é memória viva do samba. Conviveu com personagens fundamentais na construção do gênero e representa a tradição da cultura popular. Baluarte da Mangueira, aos 95 anos, ou como ele gosta de dizer: nove ponto cinco!, continua compondo e atuando em shows com o fôlego de fazer inveja a muito recruta.
Passou a infância no morro do Salgueiro, por volta de 10 anos foi morar no morro da Mangueira, onde logo conheceu Cartola e Nelson Cavaquinho, com quem aprendeu a tocar violão. O apelido “Sargento” veio de sua época no exército. Entrou para a ala dos compositores da Mangueira levado por Alfredo Português (seu pai adotivo) e Carlos Cachaça. Compôs sambas-enredo para a escola na década de 50, como por exemplo “Cântico à Natureza” (com Jamelão/ Alfredo Português), de 1955. Nos anos 60 frequentou o bar Zicartola, onde conheceu outros sambistas e músicos da zona sul carioca. Participou, convidado por Hermínio Bello de Carvalho, do espetáculo “Rosa de Ouro” (1965), ao lado de Elton Medeiros, Clementina de Jesus, Araci Cortes e Paulinho da Viola, entre outros. Em seguida, integrou o conjunto A Voz do Morro, e com ele gravou “Roda de Samba 2″, um marco do gênero. Seu maior sucesso, “Agoniza, Mas Não Morre”, foi lançado em 1978 por Beth Carvalho e tornou-se um hino de resistência da cultura do samba carioca. Outros sambas seus de sucesso são “Idioma Esquisito”, “Falso Amor Sincero”, “Vai Dizer a Ela” (com Carlos Marreta), “Nas Asas da Canção” (com Dona Ivone Lara).
Nos anos 90 gravou discos no Japão, incluindo composições inéditas de seu parceiro Cartola. Foi tema do documentário “Nelson Sargento”, de Estêvão Ciavatta, lançado e premiado no final da década de 90. Paralelamente à atividade de músico é também escritor, são de sua autoria os livros “Prisioneiro do Mundo”, “Pensamentos” e “Um certo Geraldo Pereira”; ator nos filmes “O Primeiro Dia” de Walter Salles Daniela Thomas, “Nelson Sargento da Mangueira” de Estevão Ciavatta, “Orfeu do Carnaval” de Cacá Diegues, entre outros. E também artista plástico, atividade que desenvolveu graças ao conhecimento obtido na profissão de pintor de paredes, que exerceu por vários anos. Em 2017 teve seu show Nelson Sargento com vida, eleito melhor show nacional, por votação popular, segundo Guia Folha de São Paulo. Em 2018 se tornou Youtuber. Em 2019 chega aos 95 anos realizando shows pelo Brasil e Ásia.
Sobre o Rock in Rio
O Rock in Rio é o maior evento de música e entretenimento do mundo. Criado em 1985, nasceu com a missão de transformar as pessoas e o mundo a partir da música. Após 34 anos, o evento é parte relevante da história da música mundial e uma plataforma de comunicação que amplifica discursos e usa o poder de sua marca como força motriz para atingir seu compromisso na construção de um mundo melhor.
O poder de alcance do Rock In Rio tem números impactantes. O evento já soma 19 edições, 112 dias e 2.038 atrações musicais. Ao longo destes anos, mais de 9,5 milhões de pessoas passaram pelas Cidades do Rock. Em 2017, 143 milhões de pessoas foram alcançadas por conversas espontâneas sobre o Rock in Rio e, somente durante os dias de evento, foram 41,9 milhões de visualizações de vídeos nas redes. Nascido no Rio de Janeiro, o Rock in Rio conquistou não só o Brasil como, também, Portugal, Espanha e Estados Unidos, sempre com a ambição de levar todos os estilos de música aos mais variados públicos.
Consciente do poder disseminador da marca, o Rock in Rio pauta-se por ser um evento responsável e sustentável. Em 2001, reafirmou seu compromisso de mostrar às pessoas que pequenas atitudes do dia a dia são o caminho para fazer do mundo um lugar melhor para todos. Em 2013, foi reconhecido por seu poder realizador ao receber a certificação da norma ISO 20121 – Eventos Sustentáveis. Gerou 212,5 mil empregos diretos e indiretos em todas edições, mais de R$ 100 milhões investidos em causas e a construção de um legado positivo para as cidades por onde passa – formou 3.200 jovens no ensino fundamental, no Rio de Janeiro; colocou 760 painéis solares em escolas públicas, em Portugal; e montou 14 salas sensoriais em ONGs para atender crianças com deficiências mentais e visuais. Os investimentos são provenientes da venda de ingressos e de ações promovidas junto aos parceiros.
Em 2016, foi a vez de anunciar o projeto do Rock in Rio Amazonia Live, que já garantiu a restauração de mais de 73 milhões de árvores e acontece em todas as edições do evento até 2019. Além disso, desde 2006, o Rock in Rio se compromete a compensar 100% das emissões de CO2 do evento — com auditoria da Delloite — e investiu num plano de redução de emissões, que incluiu a elaboração de um manual de boas práticas para patrocinadores e fornecedores, o qual vem sendo aperfeiçoado a cada edição e é utilizado até hoje em todos os países onde é realizado.
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