Fernanda Abreu lança projeto celebrando 30 anos de Da Lata

DA LATA – 30 ANOS DE SUINGUE-BALANÇO-FUNK

 

 

Fernanda Abreu celebra a longevidade do álbum Da Lata, lançado em 1995, com produção de documentário, livro, remix e relançamento em vinil.

 

“Quando quis criar um disco que incorporasse o sentimento brasileiro, surgiu a ideia do batuque da lata. O tamborim e o pandeiro representam o samba como cultura oficial; a lata simboliza o mesmo batuque, porém no universo desigual do Brasil. A lata é a alternativa ao caminho oficial”, declarou Fernanda Abreu, em 17 de novembro de 1995, no jornal O Globo, data em que a turnê de seu mais recente e conceitual trabalho — lançado em julho daquele ano, o álbum Da Lata — chegava ao Rio de Janeiro. Nessa reflexão, Fernanda contextualizava o estágio artístico de seu trabalho, resultado da mistura daquela batucada hipnótica e irresistível com elementos da música pop eletrônica, ponto forte do disco e do show.

 

Assertivas, as resenhas das apresentações, que já haviam passado por outras regiões do país, foram amplamente positivas: “Fernanda transforma a lata num mito de modernidade”, “O show é explosivamente dançante” e ainda “As letras de A Lata, Veneno da Lata e Brasil é país do suingue celebram a alegria e musicalidade do Rio, projetando isso ao nível nacional”. De fato, as letras das canções, apoiadas na fartura de “grooves”, abordavam questões importantes da ex-capital do Brasil, — mas não apenas dela, apontavam temas pertinentes a outras metrópoles, nacionais e do terceiro mundo, como ilustra um trecho do poema do parceiro Chacal, na faixa “A Lata”.

 

Meses antes, a crítica especializada já havia elogiado Da Lata pelo seu “sound design”, pelo cruzamento de gêneros musicais e também pelo elenco estelar de parceiros e colaboradores (Felipe Abreu, Herbert Vianna, Hermano Vianna, Fausto Fawcett, Laufer, Chacal, Luiz Stein, DJ Memê, Liminha e Will Womat), além, é claro, de destacar o olhar clínico de Fernanda, exaltando a efervescência cultural suburbana daquele momento. O mote em questão — a lata, este artefato extremamente útil e versátil, feito de metal pouco valioso para alguns, mas indispensável para a sobrevivência de centenas de milhares de pessoas — atravessa o nosso consciente coletivo há décadas, carimbando-o com simbolismos múltiplos, especialmente naquele que chamamos de “Brasil Real”.

 

Há de se considerar, também, um evento amplamente conhecido, ocorrido em setembro de 1987, quando tripulantes da Solana Star atiraram ao mar parte de um carregamento de duas toneladas de maconha, oriundas da Tailândia, quando a força-tarefa da Polícia Federal se aproximou da embarcação, que navegava a cerca de 300 km da costa brasileira. Dias depois, as latas contendo a droga chegaram às praias do Rio de Janeiro, de São Paulo e de outras regiões – daí a origem do termo “da lata”, adotado por comunidades de jovens, atribuindo à gíria o sentido de algo bom, de qualidade superior, especial e até proibido.

 

Deliberadamente, Fernanda Abreu abordou temas sensíveis, culturais e sociais, sob outros ângulos, ressignificando ideias e situações comumente associadas à miséria, pobreza, carência, precariedade e até à falta de amor-próprio do brasileiro, nomeada “complexo de vira-lata” por Nelson Rodrigues. Assim como a carioca Nara Leão, que abraçou e redimensionou a música do morro, colocando-a nos palcos da zona sul do Rio, Fernanda Abreu tomou para si o batuque reinventado no subúrbio e na favela carioca, promovendo seu diálogo com “samplers”, “drum machines”, “sequencers” e demais avanços da tecnologia de ponta que haviam surgido.

 

A linha estética do projeto visual na totalidade — capa e encarte do CD, fotos de divulgação, cenário e figurino, resultado do trabalho de uma equipe formada por profissionais de renome – Luiz Stein (cenógrafo e ex-marido de Fernanda), Walter Carvalho (fotógrafo) e Claudia Kopke (figurinista) –, alinhada à sonoridade e à temática das letras, unificaram os conceitos do álbum e do show. A turnê consolidaria, de vez, o status do trabalho da cantora, compositora e “front woman” Fernanda Abreu.

 

Concebido por ela, produzido por Liminha e Will Womat, do britânico Soul II Soul, “Da Lata” emplacaria quatro singles no rádio, ganharia videoclipes bem produzidos com coreografias da amiga Deborah Colker, receberia o prêmio disco de ouro da ABPD pela venda superior a cem mil cópias e seria lançado no mercado europeu, internacionalizando o trabalho da moça. Lançado pela EMI (hoje Universal Music Brasil), Da Lata ascenderia à nobre categoria de álbum clássico, permanecendo relevante após seu lançamento, transpassando modas e tendências da indústria cultural e tornando-se um autêntico clássico do pop brasileiro, com altíssimo valor de replay.

 

Em 2025, a multifacetada Fernanda Abreu reafirma-se, mais uma vez, como ótima gestora de sua obra, celebrando os trinta anos de Da Lata, álbum ambicioso e atemporal. A comemoração se materializa em diversos projetos a saber:

 

– Documentário realizado pela produtora Garota Sangue Bom e coproduzido pela TV Zero, dirigido por Paulo Severo, com roteiro deste e de Fernanda, com bastidores do processo criativo de Da Lata através do impressionante acervo de imagens registradas em foto e vídeo da pré-produção e gravação no Rio de Janeiro, da mixagem em Londres e das apresentações da turnê. Além de entrevistas atuais, analisando conquistas e revelando adversidades que Fernanda teve que à época.

 

– Relançamento do álbum Da Lata em vinil, suporte físico que, na prática, importa hoje, que será lançado pelo Clube do Vinil, da Universal Music Brasil.

 

– O hit Garota Sangue Bom, o 3º single do disco, ganha um remix inédito, assinado por Bruna Ferreira e Lívia Lanzoni, DJs e produtoras de São Paulo que formam o duo “From House to Disco”. A faixa, que também terá lançamento pela Universal Music Brasil, chegará às plataformas de streaming no dia 13 de novembro.

 

– Lançamento do livro Da Lata – 30 anos, editado pela Cobogó e coeditado pela Garota Sangue Bom, reunindo textos de colaboradores, matérias publicadas, fotos conhecidas e inéditas do projeto visual do disco, da turnê e do figurino, além de cartazes e itens da sua memorabília.

 

Há mais de duas décadas, trabalho com pesquisa e resgate de acervos e afirmo que raríssimas vezes encontrei alguém no mercado fonográfico nacional — desde gravadoras até artistas — com o mesmo cuidado e dedicação com sua obra como a artista tem demonstrado. Fernanda Abreu, uma das pessoas mais organizadas e profissionais de nosso meio, vislumbrou, ao longo do tempo, o que o futuro lhe reservaria, se preparou e os 35 anos de carreira solo, comemora sua longevidade como artista brasileira, que se tornou uma das principais vozes femininas de sua geração, potente e engajada. Sua obra discográfica é o reflexo desse comprometimento, expresso nos nove álbuns gravados ao longo de sua jornada, retratando, em canções, a beleza e o caos da vida cotidiana nas metrópoles, especialmente do Rio de Janeiro.

 

O amor pela cidade onde nasceu, vive e se identifica plenamente, rendeu-lhe um título que ostenta com orgulho, relatado por ela mesma no documentário Da Lata – 30 anos: “desde 1995 até hoje, qualquer pessoa que vai me apresentar, em qualquer evento, seja uma cerimônia, seja um show, em qualquer lugar, diz: “com vocês, a garota carioca suingue sangue bom – Fernanda Abreu!!!”.

 

Release acima por Charles Gavin, setembro de 2025

 

PRODUTOS 30 ANOS DA LATA

 

 

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Documentário 

 

Confira o repertório do vinil “Da Lata”

 

Lado A:

 

1 – “A Lata” (Fernanda Abreu / Chacal / Marcos Suzano) – Participação especial: Chacal

2 – “Veneno da Lata” / Incidentais: Vamo Bate Lata / A Lata (Will Mowat / Fernanda Abreu) – Participações especiais: Hebert Vianna e Sofia Stein

3 – “Garota Sangue Bom” / Incidental: We Funk U2 – Edit (Fernanda Abreu / Fausto Fawcett) – Participação especial: Fausto Fawcett

4 – “Tudo Vale A Pena” / Incidental: Miséria No Japão – Edit (Fernanda Abreu / Pedro Luis)

5 – “Um Dia Não Outro Sim” (Fernanda Abreu / Marcelo Lobato) – Participação especial: Daddae Harvey

6 – “A Tua Presença Morena” (Caetano Veloso)

 

Lado B:

 

1 – “Brasil É O País Do Suingue” / Incidental: I Didn’t Come – Edit (Fernanda Abreu / Fausto Fawcett / Laufer / Hermano Vianna)

2 – “Esse É O Lugar” (Fernanda Abreu / Fernando Vidal / Aurelio Dias)

3 – “Dois” – Edit (Fernanda Abreu / Will Mowat / Pedro Luis)

4 – “Somos Um” (Doomed) – Edit (Mathilda Kovac)

5 – “Sla 3 (São Sebastião Lembrança Aérea)” (Fernanda Abreu / Marcelo Lobato / Chico Neves)

6 – “Babilônia Rock” (Robson Jorge / Lincoln Olivetti / Guto Graça Mello / Naila) – Participação especial: Cláudio Zoli

 

O vinil “Da Lata” será o destaque do mês de novembro do Clube do Vinil

 

Vendas exclusivamente na UMusic Store, a partir de 1º de novembro de 2025.

 

FICHA TÉCNICA DO PROJETO

 

DOCUMENTÁRIO – FERNANDA ABREU – DA LATA 30 ANOS

 

Direção e Edição: Paulo Severo

Roteiro: Paulo Severo e Fernanda Abreu

Direção de Arte: Luiz Stein

Roteiro das Entrevistas: Silvio Essinger

Trilha Sonora e Direção De Som: Tuto Ferraz

Produção Executiva: Garota Sangue Bom

Coordenação de Produção: Thais Bernardini

Coordenação de Projeto: Fomentaê

Direção Geral: Fernanda Abreu

Produção e Realização: Garota Sangue Bom Produções Artísticas

Coprodução: Tv Zero

Patrocínio Master: Prefeitura do Rio De Janeiro e Secretaria de Cultura do Rio De Janeiro

Apoios: Universal Music e UBC (União Brasileira De Compositores)

 

Entrevistados (por ordem alfabética):

Bruno Boulay – consultor em indústrias culturais

Chacal- poeta

Charles Gavin – músico e pesquisador

Chico Neves – produtor musical

Claudia Assef – jornalista

Claudia Kopke – figurinista

Daniel Souza – produtor e presidente Ação da Cidadania

Danielle Albuquerque – presidente fã clube oficial

Deborah Colker- coreógrafa

Denise Romano – relações internacionais

DJ MEME – produtor musical e DJ

Fausto Fawcett – escritor e compositor

Felipe Abreu – preparador vocal

Fernando Vidal – guitarrista

Herbert Vianna – cantor e compositor

Hermano Vianna- antropólogo

Ivo Meirelles – cantor e compositor

Jefferson Pazini – vice-presidente fã clube oficial

Jerônimo Machado- produtor executivo

João Augusto – produtor musical e diretor artístico EMI Brasil 1995

José Fortes – empresário

Jovi Joviniano- percussionista e compositor

Lenine – cantor e compositor

Liminha – produtor musical

Luiz Stein – diretor de arte

Marcelo Sebá – produtor executivo e cineasta

Marcos Suzano – percussionista

Paulo Lima – presidente da Universal Music Brasil

Pedro Luís – cantor e compositor

Rafael Mattoso – historiador

Simon Fuller – empresário e produtor

Walter Carvalho – fotógrafo e diretor

Will Mowat – produtor musical

 

LIVRO – FERNANDA ABREU – DA LATA 30 ANOS / 2025

 

Direção de Arte eProjeto Gráfico: Luiz Stein

Coordenação Geral: Fernanda Abreu

Editora: Cobogó́

Coeditora: Garota Sangue Bom

Produção Executiva: Garota Sangue Bom

Gráfica: Leograf

Editoração Eletrônica: Fernando Grossman

Produtor Gráfico: Zé Flávio Chaves

Coordenação de Produção: Thais Bernardini

Produzido e Realizado por: Garota Sangue Bom Produçoes Artísticas

Editora: Cobogó

Patrocínio Master: Prefeitura do Rio De Janeiro e Secretaria de Cultura do Rio De Janeiro

Apoios: Universal Music e UBC (União Brasileira De Compositores)

 

VINIL DA LATA (REEDIÇÃO 2025)

 

Produção Universal Music

Álbum “Da Lata” original – 1995

Idealizado por: Fernanda Abreu

Produzido por:
Liminha (faixas: “Garota Sangue Bom”, “Tudo Vale a Pena”, “Um Dia Não Outro Sim” e “Brasil é o País do Suingue” e “SLA 3”)

Will Mowat (faixas: “Veneno da Lata”, “A Tua presença”, “Somos Um” e “Dois”)

Chico Neves (faixas: “A Lata” e “SLA 3”)

DJ Meme – (faixa: Babilônia Rock)

Direção Artística: João Augusto (EMI Brasil)

Coordenação Geral: José Fortes

Gravado nos Estúdios Nas Nuvens e Discover / Rio de Janeiro entre janeiro e março de 1995
Mixado no Soul II Soul Studio em abril de 1995 por” Eugene Ellis, Liminha e Will Mowat

Masterizado por: Ricardo Garcia / Magic Master

Capa/ projeto visual:
Direção de Arte e cenografia: Luiz Stein
Fotos: Walter Carvalho
Figurino: Claudia Kopke

Reedição em vinil 2025

Masterizado por: Ricardo Garcia / Magic Master

Adaptação Gráfica da Capa: Luiz Stein

Tratamento de Imagem: Matheus Meira

Finalização e Coordenação Gráfica: Leka Coutinho/ Estudio 3

Revisão de texto: Luiz Augusto (Revendo Texto)

Gerência de Projeto: Alice Soares
Gerência Comercial: Rafael Felix

 

REMIX “GAROTA SANGUE BOM” / 2025 (Extended & Radio Edit)

 

Remix por: From House to Disco

Bateria eletrônica, sintetizadores e baixo: Livia Lanzoni, Bruna Ferreira Vasconcelos

Cordas e teclados: Antônio Dal Bó

 

COMUNICAÇÃO FERNANDA ABREU – DA LATA 30 ANOS

 

Coordenação de Comunicação: Thais Bernardini
Assessoria de Comunicação: Lupa Comunicação
CEO: Luisi Valadão

Atendimento: Fernanda Miranda

Comunicação Digital: Agencia Mena
CEO: Rafael Tex

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: LUPA Comunicação

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Hoje, 10/12, é aniversário da baterista Meg White da banda White Stripes @thewhitestripes que completa 51 anos.

#megwhite #happybirthday
#whitestripes
Hoje, 10/12, é aniversário do cantor, compositor e ex integrante da banda Wang Chung @wangchungofficial Jack Hues @jackhuesofficial que completa 71 anos.

#jackhues #wangchung #boomerangmusic
Em 10/12/1985, há exatamente 40 anos atrás era lançado o primeiro álbum de estúdio da banda Fine Young Cannibals @fineyoungcannibals 

Fine Young Cannibals 

Roland Gift – vocais
Andy Cox – guitarra, órgão em "Time Isn't Kind"
David Steele – baixo, piano, teclados

Track listing

"Johnny Come Home" - 3:35
"Couldn't Care More" - 3:30
"Don't Ask Me to Choose" - 3:05
"Funny How Love Is" - 3:28
"Suspicious Minds" - 3:56
"Blue" - 3:31
"Move to Work" - 3:26
"On a Promise" - 3:06
"Time Isn't Kind" - 3:12

#fineyoungcannibals #boomerangmusic
Em 10/12/1976, há exatamente 49 anos atrás era lançado o 5° álbum de estúdio da banda Queen @queen “A Day At The Races”.

Line-up:

Freddie Mercury (vocals, keys)
Brian May (vocals, guitars)
John Deacon (bass)
Roger Taylor (vocals, drums)
Additional musicians: Mike Stone (vocals)

Track list:

	1.	Tie Your Mother Down
	2.	You Take My Breath Away
	3.	Long Away
	4.	The Millionaire Waltz
	5.	You And I
	6.	Somebody To Love
	7.	White Man
	8.	Good Old-Fashioned Lover Boy
	9.	Drowse
	10.	Teo Torriatte (Let Us Cling Together)

#queen #queenband #adayattheraces
Hoje, 10/12, é aniversário da saudosa cantora e compositora Cassia Eller @cassiaelleroficial que completaria 63 anos.

#cassiaeller #happybirthday #mpb
Em dezembro de 1972, há exatamente 53 anos atrás era lançado o álbum ao vivo do Deep Purple @deeppurple “Made in Japan” gravado ao vivo em Osaka e Tokyo,.

Line-up:

Ian Gillian (vocals, harmonica, percussion)
Ritchie Blackmore (guitars)
Jon Lord (keys)
Roger Glover (bass)
Ian Paice (drums)

Track list:

	1.	Highway Star
	2.	Child in Time
	3.	Smoke on the Water
	4.	The Mule
	5.	Strange Kind of Woman
	6.	Lazy
	7.	Space Truckin’

#deeppurple #madeinjapan #boomerangmusic
Hoje, 09/12, é aniversário do saudoso baixista e compositor Canisso @canisso_rmds da banda Raimundos @raimundosrock que completaria 60 anos.

#Canisso #raimundos #happybirthday
Hoje, 08/12, é aniversário do saudoso cantor, compositor,  poeta e vocalista da banda The Doors @thedoors Jim Morrison @jimmorrison que completaria 82 anos.

#thedoors #jimmorrison #happybirthday