Jorge Du Peixe lança o álbum “Baião Granfino” em todas as plataformas digitais

O novo projeto do cantor e compositor pernambucano traz versões das músicas de Luiz Gonzaga

 

 Ouça ou baixe aqui o álbum “Baião Granfino” (selo Babel): https://bfan.link/baiao-granfino

 

 O cantor e compositor Jorge Du Peixe lança nesta quinta-feira (16/9) o álbum “Baião Granfino”, com versões das músicas de Luiz Gonzaga. O projeto abre espaço para novas propostas sonoras e arranjos criativos que exaltam a obra do Rei do Baião, aliado a interpretação potente de Du Peixe.

 

Para o cantor é uma honra e um desejo antigo se concretizando: “Faz parte da minha memória afetiva. Quem é do Nordeste cresce ouvindo as melodias de Luiz Gonzaga. ”, diz.

 

Gravado com a produção musical de Fábio Pinczowski, o álbum conta com 11 faixas, entre elas “Sabiá” (Luiz Gonzaga/Zé Dantas), “Qui nem Jiló” (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira), “Cacimba Nova” (Luiz Gonzaga/José Marcolino) e “Acácia Amarela” (Luiz Gonzaga/Orlando Silveira).

 

Dois singles do álbum foram disponibilizados recentemente: “O Fole Roncou” (Luiz Gonzaga/Nelson Valença), com a participação especial da cantora e compositora Cátia de França. Ouça aqui: https://bfan.link/o-fole-roncou. E “Rei Bantu” (Luiz Gonzaga/Zé Dantas). Ouça ou baixe aqui: https://bfan.link/rei-bantu-1.

 

O álbum

 

A ideia do projeto surgiu em 2017, durante as gravações do programa musical Clubversão, onde artistas de diferentes gerações criam novas versões de clássicos da música popular. Na ocasião, Jorge Du Peixe gravou com o sambista Wilson das Neves (1936-2017) a música “Manhã de Carnaval” (Luiz Bonfá/Antônio Maria), em um encontro histórico. Fábio Pinczowski, produtor do programa, logo se interessou em produzir um disco de Du Peixe e nasceu ali uma nova parceria, consolidada em “Baião Granfino”, gravado no início de 2021, no estúdio Doze Dólares, em São Paulo.

 

A escolha do repertório, temas e horizontes sonoros foram tomando forma ainda em 2020, logo no início da pandemia, durante as conversas de Jorge com Pinczowski. “A ideia era ir para lugares diferentes. A célula harmônica do baião estaria presente, mas passeando por outras paisagens”, diz Du Peixe.

 

Fábio Pinczowski também destacou como foi o processo e a importância da obra de Gonzagão: “Eu sempre fui muito fã das canções de Gonzaga, então foi tudo muito fluido. Começamos a desenhar o repertório a duas mãos e depois escolhendo as que funcionariam bem para o álbum. Eu ia sugerindo algumas canções, principalmente as que eu adoraria ouvir na voz de Jorge. A obra de Luiz Gonzaga é eterna, o repertório é muito extenso e as canções são como a trilha sonora da vida de muitas pessoas. ”, conta o produtor.

 

Participam do disco os músicos Carlos Malta, Swami Jr., Siba Veloso, Pupillo, Mestrinho, Lello Bezerro, Bruno Buarque, Serginho Plim, Yaniel Matos, Gustavo Ruiz, Victor Rice, Bubu, Maria Beraldo, Lívia Nestrowski, Fábio Sá, Fábio Pinczowski, Sthe Araújo, Naloana Lima e Victória dos Santos, além da participação especial de Cátia de França.

 

Capa do álbum “Baião Granfino” (selo Babel) – Crédito José de Holanda 

 

Faixas “Baião Granfino”

 

  1. “Assum Preto”
  2. “Sanfona Sentida”
  3. “Orélia”
  4. “Qui nem Jiló”
  5. “Sabiá”
  6. “Acácia Amarela”
  7. “Rei Bantu”
  8. “Baião Granfino”
  9. “Cacimba Nova”
  10. “Pagode Russo”
  11. “O Fole Roncou”

 

Biografia Jorge Du Peixe

 

Jorge Du Peixe começou a sua carreira na música em 1993. O cantor e compositor pernambucano é vocalista da Nação Zumbi, uma das bandas mais importantes e revolucionárias da música brasileira. Nascida no início da década de 1990, a banda originalmente se chamava Chico Science e Nação Zumbi e era liderada por Chico Science, cantor, compositor e um dos principais representantes do movimento manguebeat. Depois da morte precoce de Chico, Du Peixe, que já era membro da banda, assumiu os vocais.

 

Com a Nação Zumbi lançou 13 discos, fez parcerias com diversos artistas e shows em vários países. Algumas de suas músicas entraram em trilhas sonoras de filmes e novelas. O artista também integra outros projetos musicais, como a banda Los Sebosos Postizos, com quem lançou o disco “Los Sebosos Postizos Interpretam Jorge Ben Jor” (Deck), produzido por Mário Caldato Jr., e o grupo Afrobombas, que tem como vocalista, além de Du Peixe, Lula Lira, filha de Chico Science.

 

Jorge também compõe trilhas para filmes nacionais. Em “Amarelo Manga” (2003), do diretor Cláudio Assis, assinou a trilha com Lúcio Maia. Em 2011, ganhou o prêmio no Festival de Paulínia de melhor trilha sonora pelo filme “Febre do Rato”, de Cláudio Assis. Em 2017, fez a direção musical do espetáculo “Cão Sem Plumas”, da Cia de Dança Deborah Colker, ao lado de Berna Cepas. Em 2019, fez a trilha do filme “Piedade”, também de Cláudio Assis, que foi premiada no 13º Los Angeles Brazil Film Festival. Lançou em 2020 o livro juvenil “A Nave Vai”, pela editora Barbatana. Em formato de compacto, a publicação conta com o texto e a narração de Jorge Du Peixe e as ilustrações do artista Rodrigo Visca. Recentemente, fez parcerias com os artistas Marcelo D2, na música “Pela Sombra”, e Edi Rock, na música e clipe “Vai”.

 

 Jorge Du Peixe canta Gonzaga e o eterno vira moderno de novo

 

por Xico Sá

 

O que significa gravar Luiz Gonzaga na corcunda deste 2021 pandêmico em um país entregue à bagaceira e ao desmantelo? Significa tudo e mais uns trocados simbólicos na xepa da história. É só ouvir “O fole roncou” (Jorge Du Peixe e a genialíssima paraibana Cátia de França) pra saber que o Brasil ainda se bole, estremece e tem a resposta no chão da festa. O álbum “Baião Granfino” traz o eterno para ser moderno de novo, no momento em que precisamos desse retorno para saltar adiante outra vez.

 

“Ai, ai, Baião, você venceu! / Mas no sertão, ninguém lhe esqueceu”, diz a música-título de Gonzaga e Zé Dantas ao lembrar do sucesso nacional a partir dos anos 1940. O ritmo vira dança da moda nas capitais e entre os sulistas — como se tratava os nascidos no Sudeste naquela época — e, neste movimento, o pernambucano de Exu estava, conscientemente, inventando a ideia de Nordeste no imaginário dos brasileiros.

 

Este disco do pernambucano Jorge Du Peixe, criado e produzido na companhia do músico paulista Fábio Pinczowski, emerge do chão de Luiz Gonzaga com a capacidade, além do tributo, de nos religar aos encantamentos do “Rei Bantu” e de todos os deuses que dançam o maracatu e suas danações. O país ainda se bole e não esmorece graças a obras de arte como esta. Um disco que tem o dom coletivo de bambas como Carlos Malta, Mestrinho, Swami Jr., Pupillo, Fabinho Sá, Siba Veloso, Lello Bezerra, Maria Beraldo, entre outros.

 

O repertório inclui do clássico a faixas menos conhecidas de Gonzagão, caso de “Acácia amarela”. E como ficou uma boniteza, lírica até o arrepio infinito, com a sua pegada de bolero para dançar em comemorações amorosas. Repare também em “Orélia”, agora pontuado em um ska digno dos melhores chamegos de um forró a céu aberto.

 

Nada é releitura vaga ou de graça neste “Baião Granfino”. O gonzaguismo está presente de ponta a ponta.  Você escuta “Assum preto” e sente a melancolia de um blues dos sertões na toada de um violeiro cego em uma feira na chapada do Araripe.

 

Em “Sanfona sentida” o amor da musa se confunde com a devoção ao instrumento, uma marca do rei do Baião que ficou como legado de muitos sanfoneiros do Nordeste. A sanfona choradeira que reproduz o lamento e também machuca o tocador na pele de um cavaleiro solitário.

 

O “psiu” de “Sabiá” vem incrementado com um corinho malicioso que nos remete às antigas ondas do rádio AM e evidenciam o estilo de um craque das “subversões” como o produtor Fábio Pinczowski.

 

Na paisagem afetiva de Luiz Gonzaga surge a fazenda “Cacimba Nova”. Memórias em ruínas. Du Peixe solta no terreiro do casarão um aboio (o torto canto a palo seco dos vaqueiros) que ecoa toda a nostalgia em torno do lugar. Feche os olhos e sinta a fotografia, em sépia, da decadência agrária. Leve consigo a poeira nos olhos e na roupa.

 

A terra volta a estremecer com o que “parece até um frevo” no “Pagode russo”. É o Seu Luiz do fuá, da fuzarca e da festa, o mesmo que mandava brasa na polca antes de enfiar o baião nos programas de auditório de um Rio dos anos 1940.

 

O disco tem uma ordem, conta uma história, arrasta Gonzaga do sertão ao cais, alterna o festeiro e o melancólico, mas aqui me pego repetindo mais uma vez “Qui nem jiló”, como se furasse um LP de cera de carnaúba com a agulha roedeira da saudade.

 

Jorge Du Peixe, o homem da Nação Zumbi, bota no mundo mais do que uma homenagem ou um projeto paralelo na carreira. O que acontece neste álbum é um encontro espiritual entre ele e Luiz Gonzaga no jardim dos caminhos que se bifurcam. Bem ali no meio da viagem entre os sertões e os mares; os mares e os sertões.

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: Luana Ribeiro – Assessoria de Imprensa

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