Björk Talks no MIS aborda música, moda e tecnologia com foco na carreira na carreira e obra da artista
Como programação paralela da exposição ‘Björk Digital‘, em cartaz até 18 de agosto no MIS, encontros convidam profissionais como Zeca Camargo, Lilian Pacce, Lia Vissotto e Sarah Oliveira para conversas abertas ao público. Evento encerra com a exibição de ‘Dançando no escuro’ seguido de debate e tem entrada gratuita
Entre os dias 31 de julho e 3 de agosto, o MIS, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, realiza o Björk Talks. Os encontros reúnem profissionais renomados e discutem pontos importantes da carreira da artista islandesa como música, moda e tecnologia. Além dos bate-papos, integra a programação a exibição de Dançando no escuro, filme protagonizado por Björk e vencedor dos prêmios de melhor filme e de melhor atriz (Björk) no Festival de Cannes de 2000.
Björk Talks faz parte da programação paralela da exposição Björk Digital, em cartaz no MIS até 18 de agosto. A curadoria dos encontros é do produtor cultural Victor Valery e a entrada é gratuita, para participar basta retirar ingresso com uma hora de antecedência na recepção do MIS.
Confira abaixo a programação completa.
31.07 | Quarta-feira |19h
Björk + Música, com Zeca Camargo, Alice Caymmi e Victor Valery
O jornalista e apresentador Zeca Camargo e a cantora Alice Caymmi participam do encontro que tem como objetivo analisar o desdobramento musical de Björk do final da década de 1980 até a atualidade. A conversa, mediada pelo produtor cultural e pesquisador Victor Valery, explora como sua trajetória influenciou o universo musical internacional e brasileiro.
Victor Valery é produtor cultural, fotógrafo e marchand de arte. Formado em Produção Cultural (2017) na Universidade Federal Fluminense, desenvolveu sua pesquisa em música, território e subjetividade especificamente na obra da cantora Björk. É curador independente de exposições de arte e programações culturais.
Alice Caymmi é cantora, compositora, musicista e performer. Começou a cantar e compor aos 10 anos de idade. Em 2012 lançou seu primeiro álbum autoral, Alice Caymmi (Kuarup/Sony Music), regravando a canção Unravel, de Björk, e recebendo elogios públicos da cantora. Entre seus troféus tem o Prêmio Multishow de Versão do Ano (2014), com a canção Homem (Caetano Veloso), e o Prêmio da Música Brasileira de Melhor DVD, com Rainha dos Raios (2016). Alice ainda conta com parcerias recentes de Ana Carolina, Rincon Sapiência e Pabllo Vittar, além de críticas muito positivas ao seu quarto e novo álbum ELECTRA (2019, Jóia Moderna Discos). Alice sempre identificou Björk como uma de suas inspirações.
Zeca Camargo é jornalista e apresentador. Formou-se em Administração de Empresas pela FGV e Publicidade pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Trabalhou na Folha de S.Paulo, MTV e TV Cultura. Integrou a equipe do Fantástico, da TV Globo, por 17 anos. Admirador de Björk, Zeca assina o texto do folder da exposição Björk Digital e entrevistou a artista em 1998 para o Fantástico.
01.08 | Quinta-feira | 19h
Björk + Moda, com Lilian Pacce, Carollina Lauriano e Raphael Jacques (Alma Negrot)
O encontro discute a importância da indumentária no percurso da cantora Björk. Com mediação de Lilian Pacce, Carollina Lauriano e Raphael Jacques (Alma Negrot) analisam das capas de álbuns às parcerias com grandes fotógrafos e estúdios de moda pelo mundo e discorrem sobre como as parcerias escolhidas a dedo, de estilistas a maquiadores, desenharam a artista que conhecemos hoje.
Carollina Lauriano é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo. Tem extensão em Pesquisa e Análise de Tendências (em arte, design e moda) pela Central Saint Martins e atua como curadora independente desde 2017. Em 2018 passa a integrar o time de curadoria e gestão do Ateliê397, um dos principais espaços independentes de arte, com 15 anos de atuação em São Paulo. Em suas pesquisas, interessa discutir a inserção, desafios e conquista de jovens mulheres artistas no mercado da arte.
Raphael Jacques (Alma Negrot) é um artista visual multimídia que desdobra seu trabalho em pintura, fotografia, vídeo, performance e maquiagem. Estudou artes visuais na UFRGS, mas foi em inferninhos e coletivos de arte de rua que desenvolveu a maior parte de seu trabalho voltado para as artes do corpo. Suas poéticas permeiam as infinitas possibilidades de existência do corpo e suas potências através da manufatura do corpo e ressignificação de símbolos. Com materiais de descarte e improviso, Raphael cria Alma Negrot, que não vem a ser um alter ego, mas o estado de trânsito de tudo que o perpassa enquanto ser sensível e emergente. Atualmente assina beleza de desfiles como Diego Gama da Casa de Criadores, ministra oficinas de maquiagem criativa em todo País, é performer residente da festa de música eletrônica Mamba Negra em São Paulo e assina direção de arte para projetos de artistas da nova cena musical como Karol Conka, Johnny Hoocker e Letrux.
Lilian Pacce, autoridade em moda e estilo, tem um olhar de lince para todo tipo de comportamento relacionado ao assunto. Jornalista, editora de moda, apresentadora de TV, escritora e curadora, é publisher da plataforma Lilian Pacce – presente em todas as mídias digitais. Seu trabalho tem foco na moda sustentável, fazendo curadoria de eventos sobre o tema desde 2007, como na campanha “Eu Não Sou de Plástico”. Começou a cobrir os desfiles do eixo Paris-Milão-Londres-Nova York em 1987. Em 1992 estudou no London College of Fashion e na Saint Martin’s School of Fashion, a mesma escola que teve em seus bancos os estilistas John Galliano, Alexander McQueen e Stella McCartney. De 1996 a 2014 escreveu sobre moda para o jornal O Estado de S. Paulo. Com o GNT Fashion, programa comandado por ela ao longo de 18 anos, inovou a cobertura de moda na televisão brasileira.
02.08 | Sexta-feira | 19h
Björk + Tecnologia, com Lia Vissotto, Victor Valery e Ali Prando
O terceiro encontro desvenda a filosofia de Björk em mixar natureza e tecnologia na produção de videoclipes, músicas, concertos ao vivo e da exposição Björk Digital. O bate-papo é mediado por Victor Valery, produtor cultural e pesquisador da cantora, além da participação da produtora cultural e diretora da Cinnamon Comunicação, Lia Vissotto, responsável pela vinda da primeira VR de Björk (Stonemilker (2015) ao Brasil, e do filósofo e pesquisador Ali Prando.
Lia Vissotto é formada em Comunicação Social pela Universidade de São Paulo, sócia-fundadora da Cinnamon Comunicação e diretora fundadora do Instituto URBE. Antes de empreender no segmento cultural, trabalhou nas empresas Sony Pictures, Cartão Unibanco, Super 11.net e America Online. Já foi responsável pela criação, produção e comunicação de projetos culturais em variadas linguagens, incluindo o Music Video Festival, que celebra a arte do videoclipe no Brasil e no mundo, em sua 7ª edição neste ano. Pelo Instituto URBE, realiza projetos de arte pública.
Ali Prando é filósofo e pesquisador com as temáticas de gênero, sexualidade e feminismo, através de perspectivas butlerianas. Fundou a plataforma DiscoPunisher, contando com mais de 2 milhões de visitas, o portal possui entrevistas com artistas do mundo todo, como Charli XCX, Caetano Veloso, Pabllo Vittar e muitos outros. No Brasil, criou os cursos Politizando Beyoncé: Raça, Gênero e Sexualidade e Björk: Paradigmas do Pós-humanismo.exe que versam sobre filosofia contemporânea e feminista, através da estética dessas artistas.
Victor Valery é produtor cultural, fotógrafo e marchand de arte. Formado em Produção Cultural (2017) na Universidade Federal Fluminense, desenvolveu sua pesquisa em música, território e subjetividade especificamente na obra da cantora Björk. É curador independente de exposições de arte e programações culturais.
03.08 | Sábado | 19h | Dançando no escuro
Exibição do filme + bate-papo com Sarah Oliveira e Victor Valery
Para fechar a programação, Björk Talks exibe Dançando no escuro (2000), uma das obras-primas do polêmico cineasta Lars von Trier (Dogville) e vencedor dos prêmios de melhor filme e de melhor atriz (Björk) no Festival de Cannes de 2000. A sessão será seguida de bate-papo com a jornalista e apresentadora Sarah Oliveira e Victor Valery. O objetivo é destacar o importante trabalho de composição de trilha sonora e atuação de Björk na película, dissertando sobre os prêmios recebidos à época até as recentes declarações da cantora sobre os assédios cometidos pelo diretor nos sets de filmagem.
Dançando no escuro/ Dancer in the Dark (Dir. Lars von Trier, 2000, Estados Unidos/Dinamarca, 141 min, digital, 16 anos) Selma Jezkova (Björk) é uma mãe-solteira tcheca que trabalha numa fábrica no interior dos Estados Unidos. Vítima de uma doença hereditária, que a faz perder a visão e, para evitar que o filho tenha o mesmo destino, economiza todo o seu dinheiro para operá-lo. Apaixonada pelos musicais de Hollywood, Selma mistura realidade e fantasia. Porém, a sua vida muda radicalmente quando é acusada injustamente de um crime. Além da excelente trilha sonora e grande atuação de Björk, Dançando no escuro conta com as participações de Catherine Deneuve e de Joel Grey (Cabaré).
Sarah Oliveira é apresentadora de TV e de rádio. Foi na rádio 89 FM que Sarah Oliveira apresentou seu primeiro programa. Na MTV comandou o Disk MTV, o Jornal da MTV e o Luau MTV. Contratada pela Globo para revelar os bastidores da TV no Vídeo Show, fez matérias em diversos lugares do Brasil e do mundo. Em 2011, estreou no canal GNT apresentando o Viva Voz, primeiro formato em que assinou a criação. Foram produzidas mais de dez temporadas do programa e, a partir dele, vieram outros projetos formatados por ela, tais como: o documentário Na Trilha da Canção e o Calada Noite. Em 2015, Sarah foi indicada ao prêmio de melhor apresentadora de TV, pelo APCA. Em 2017, estreou seu primeiro projeto na internet, a série comportamental O Nosso Amor A Gente Inventa. A apresentadora também está no ar toda sexta-feira e domingo, às 17h, na Rádio Eldorado, com seu programa Minha Canção.
Sobre a exposição
Björk Digital é um projeto de realidade virtual de Björk em colaboração com alguns dos maiores artistas visuais do mundo, como Andrew Thomas Huang e Jesse Kanda. A exposição-instalação traz seis trabalhos de Björk extraídos de seu penúltimo álbum, Vulnicura, lançado em 2015: Stonemilker, Black Lake, Mouth Mantra, Quicksand, Family e Notget. As obras, divididas em quatro salas do primeiro andar do MIS, podem ser vistas com óculos de realidade virtual. Além dos seis vídeos, Björk Digital apresenta o projeto educativo Biophilia e uma sala de cinema onde o público confere diversos clipes da carreira da artista feitos por gênios do videoclipe como Michel Gondry e Spike Jonze. A mostra, que estreou em Sydney (Austrália) em 2016 e já passou por Tóquio, Barcelona, Cidade do México e Londres, entre outras, é apresentada pela primeira vez no Brasil. A exposição, que fica em cartaz até 18 de agosto, é apresentada pelo Ministério da Cidadania e Vivara, e tem patrocínio do UOL, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A produção fica a cargo da Dueto Produções.
BJÖRK TALKS
DATA 31.07; 1º, 2, 3.08
HORÁRIO 19h (31.07, 01 e 02.08) e 18h (03.08)
LOCAL Auditório MIS (172 lugares)
INGRESSO Gratuito – retirada de ingresso com uma hora de antecedência na recepção do MIS
Museu da Imagem e do Som – MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br<http://www.mis-sp.org.br>
Estacionamento conveniado: R$ 18
Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado.
Informações para a imprensa – MIS