Clube da Esquina encontra Jodorowsky em single de estreia de Cecília Cecilina

Ouça o single “Vestidos” no Spotify: https://open.spotify.com/track/476iKUNzqB12PlA4d0NHnK?si=972ecd9f5eb2499a


Assista ao clipe “Vestidos” no Youtube:
https://youtu.be/olKJnj9YkWs

 

Realismo fantástico, artesania e regionalismo mineiro engrossam o caldo da artista pousoalegrense-paulistana

 

Projetando-se como potencial nova “queridinha” da cena indie com seu single de estreia, Cecília Cecilina dá as cartas e as caras em clipe bucólico-surrealista de “Vestidos”. Com o cuidado aos detalhes de um talentoso time de profissionais-familiares-amigos-colaboradores, a estética visual e sonora da artista imprime um fiel retrato da nova cena musical mineira.

 

Estreando com sua primeira faixa de trabalho, a cantora anuncia o seu álbum debut. Intitulado “Canto dos Sapos”, o nome evoca encontros na Cachoeira da Usina, em Natércia/Conceição das Pedras-MG, com um de seus ídolos/tutores, o violeiro, cantor e compositor mineiro, Dércio Marques. Nascida em uma família com fortes raízes artísticas e bacharela em Canto Popular, a cantora conta que o processo de gestação do álbum começou no início da pandemia: “Fiquei no meu sítio, aqui no Sul de Minas, com minha família – todo mundo em completo estado de choque. No meio desse turbilhão, criei uma bolha pessoal de descanso. O plano era: para não enlouquecer, faria arte”.

 

No começo de 2020, antes do caos, Cecília passou a temporada de Folia de Reis em Aiuruoca-MG, dentro do Vale do Matutu. Criada em Pouso Alegre em meio a natureza, em especial as cachoeiras, a artista sentiu um quê diferente no lugar: “Vivi dias em que o fantástico e o real pareciam se mesclar e a celebração da Folia, na zona rural, foi uma vivência afetiva, emocional e que me balançou – daqueles balanços que te levam de volta pra casa, em vez de tirar do eixo”. Impactada por esta vivência, a cantora iniciou um mapa mental de maneira intuitiva e inconsciente do que seria esse álbum; com a sua criança interior encabeçando (ou descabeçando) tudo. A partir daí, Cecília deixou que o momento ditasse suas necessidades, levando-a em direção a um trabalho onde não teria o controle e não racionalizaria em demasia. “Meu pensamento era de que o projeto se criaria através de mim e pode parecer papo tilelê, mas depois de tanto elaborar a música dentro da academia, acho que era isso mesmo que eu precisava: um trabalho feito para mim e por mim, de maneira fluida, no seu tempo”, explica Cecília.

 

No mapa, a artista escreveu sonhos, poesias feitas “numa tacada só” (de onde tirou alguns versos para fazer suas canções), pequenos textinhos com ideias e referências sonoras e audiovisuais. Dessa forma, deixou o sonho guiar e as coisas virem como enxurradas, simbolizando assim sua entrega na concepção do álbum. Suas principais referências foram Dércio Marques – principalmente com os álbuns “Anjos da Terra” e “Segredos Vegetais” – e o filme “A dança da realidade”, de Jodorowsky. Outras inspirações da artista foram “Meu Amigo Totoro”, do Studio Ghibli, o disco “Hortelã”, de Ivan e Pricila (que é sua mãe); o trabalho autoral do Ivan Vilela, que virou violeiro e professor da USP; o trabalho do Zé Helder, que navegou pela moda de rock; “Carrie and Lowell”, do Sufjan Stevens; “Devotion”, de Beach House, “Mahoroboshiya”, de Ichiko Aoba; o Clube da Esquina e todos seus agregados e etc… Tanto Dércio, quanto Jodorowsky, se relacionam muito com o mundo da criança interior, das memórias, do resgate de suas terras natais. Dois contadores de história, indo fundo na perspectiva do realismo fantástico. Foram essas inspirações que motivaram sua busca por um projeto para “sua criança”, que se expressasse e lidasse com o mundo através da fantasia.

 

Com os olhos voltados para Jodorowsky, encontrando “sua criança” no Sul de Minas Gerais, a artista começou a pesquisar sobre as entidades de sua terra: “Eu sempre acreditei em tudo e não acho que é lenda, nem crendice. Conheço gente que viveu muitas coisas misteriosas por essas terrinhas e pela felicidade ou desespero de quem conta, nunca tive motivo pra desconfiar. Fui, então, destrinchando mais as entidades elementais, que Dércio Marques cantava, e entidades sobrenaturais, que movem as vivências e a cultura de Minas Gerais”. Na faixa “Vestidos”, a entidade que guiou Cecília foi o Cramulhão. Tendo como inspirações o Capeta da Borda, que assombrou uma família em Borda da Mata (cidade ao lado da terra natal da cantora) e o famoso causo violeiro, de que, através de um ritual, o Capeta poderia lhe dar o maior de todos os dons: pontear a viola dum jeito bonito que só. As entidades – interpretadas por Nathália Tobias, Bruno Junqueira e Gabriel Stephan – se juntaram ao Coisa Ruim, incorporando as almas dos violeiros no pós-morte. A música começa com um causo, contado por Ivan Vilela e deságua em uma memória afetiva da artista, onde dançava no quarto da sua mãe, usando um vestido de tule preto cheio de flores. Com esse vestido, criava cenários incríveis e tramas complexas, com bailes, danças, cortejos: “Memória gostosa que eu carrego até hoje e mentalizo sempre que vou entrar num palco. Fui brincar de performar o Capeta dessa vez e achei foda como me joguei na contação dessa história” revela Cecília.

 

Filmado em seu sítio, com objetos que a artista já tinha para montar a cenografia e as comidas compradas no mercadão da cidade, a produção do videoclipe foi toda realizada com seus amigos, família e agregados importantíssimos. Todos participaram e construíram as narrativas. As máscaras e adereços de cabeça mais elaborados foram feitas no Figurino em Ação, laboratório de práticas performativas, realizado por Arieanne Vitale (outra pousoalegrense-paulistana). As demais foram feitas pela cantora e sua mãe, com coisas que tinham em casa. O vestido de cetim verde, assim como todo figurino das entidades foram pensadas por Cecília e costuradas por Jandira Braga. Assim como toda artesania, o projeto levou tempo, tomou sol e respirou muitos dias.

 

Em relação às gravações, tudo foi feito à distância, com exceção dos vocais finais, que a cantora gravou no mini estúdio do Vallada, seu produtor musical. “Ficamos meses trocando figurinhas de longe, conversando sobre referências e estética, ao mesmo passo que testávamos arranjos. Colocando isso, é fato dizer que ele não é só produtor, mas também compositor de todas as faixas. Acho importante dizer isso, porque muites produres não se intitulam compositores ou arranjadores, mesmo quando fazem tal papel” declara a cantora. No home estúdio do Vallada, que entre muitos trabalhos, encabeça a banda Viratempo, também foram gravados os vocais da Nã Maranhão, que participa em uma das canções. Tirando o trabalho no estúdio de seu produtor, tudo foi feito em casa e as limitações eram muitas, como de material, espaços para gravar e claro; conhecimento.

 

Com a ajuda de seus amigos, João Vitor Junqueira e João Paulo Lopes, e do seu pai, Nélio Tânios, o processo de gravação do disco foi possível. Pedro Lopes ficou no violão e seu pai nos teclados. A experimentação nas gravações percorreu por quartos, salas e quintais. O Raponi, Zé Helder, Ivan Vilela e sua mãe, Pricila sem S, gravaram suas participações de suas casas, cada um do seu jeitinho e materiais. Sua mãe e Ivan, gravaram suas partes nos seus celulares. Raponi e Zé Helder gravaram de seus mini estúdios caseiros. “A partir dos resultados que tínhamos na mix, resolvi que tinha gostado e queria esse tom de som um pouco trashera. Claro, podíamos ter nos metido em algum estúdio, mas a proposta era a artesania independente: fazer com o que se tem e brincar com isso, como tantos outros já fizeram” afirma Cecília.

 

De Pouso Alegre para o mundo, o single Vestidos é um lançamento independente e estará disponível em todas as plataformas de streaming

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: FREAK PRODUTORA E ESTÚDIO

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