DISCO DE SHOW CLÁSSICO DE RITA LEE, “A MARCA DA ZORRA” CHEGA AOS PLAYERS

Tour de 1995 tem direção musical e arranjos de Roberto de Carvalho e celebra o rock

 

O cenário reproduzia um castelo, escuro, bem estilo filme de terror. Das escadas, com cabelos repicados, roupa preta justa e um costeiro vermelho vivo, Rita Lee descia e provocava: “Que porra é essa? Essa é a marca da zorra!”. O trecho é do refrão de “A Marca da Zorra”, música título composta por Rita e Roberto de Carvalho especialmente para a tour de 1995. O disco ao vivo, gravado no Rio de Janeiro e produzido por Roberto, chega finalmente aos players a partir de 15 de dezembro pela Universal Music.

 

A abertura é um dos detalhes especiais pensados pelo casal para aquela que seria a primeira turnê desse porte – com tema, cenário e troca de roupas – desde a “Tour 87/ 88”. Vale lembrar que Rita foi pioneira nesse modelo de show, desde os anos 1970. Entretanto, antes da “Zorra”, ela vinha de uma bem-sucedida temporada do “Bossa’n’Roll”, seu show banquinho e violão que abriu caminhos para os acústicos que vieram a seguir. A ideia do retorno triunfal aos grandes concertos começou no Hollywood Rock de 1995, quando Rita, Roberto e banda tocaram no festival, abrindo para os Rolling Stones. Essa foi a deixa para “A Marca da Zorra”.

 

Concebido para ser um show que celebra o rock de Rita, o trio de canções que vem seguindo a abertura é matador: “Nem luxo, nem lixo”, “Dançar pra não dançar” e “Jardins da Babilônia”. A direção musical e os arranjos de Roberto são perfeitos para o clima mais pesado que permeia todo o show.

 

Na sequência, Rita levitava no palco ao cantar “Ando meio desligado”. Com uma capa, a ilusão era perfeita e o público vibrava. O cenário e o figurino foram assinados por Chico Spinosa. A vibe teatral de Rita seguia com “Vítima”, quando ela vagava pelo palco de capa e chapéu cantando à procura de seu misterioso perseguidor. Transformando-se, a própria, na perseguidora. Um mini-helicóptero sobrevoava o palco nesse momento. “Todas as mulheres do mundo” vem a seguir, numa pauleira-feminista que incendeia o palco. Ouvir o show novamente é uma lembrança viva de um dos inúmeros talentos de Rita: ninguém ocupava o palco como ela.

 

Enquanto Rita fazia outra troca de figurino, Roberto assume o microfone em um ótimo vocal displicente-pauleira para “Papai, me empresta o carro”. No show, Roberto está na guitarra e vocais; Lee Marcucci no baixo; Paulo Zinner na bateria; Ronaldo Paschoa na guitarra e Fábio Recco nos teclados.

 

Rita voltava como uma entidade, debaixo de um figurino branco, cantando “Atlântida”, uma das preferidas dos fãs. E por falar em preferida dos fãs, “Mamãe Natureza” vem na sequência e, logo depois, o hino “Ovelha Negra” – com o público cantando do início ao fim. Virginia, irmã de Rita, fazia vocais nessas duas canções.  Uma curiosidade: como o show celebrava os rocks mais pesados de Rita, os rockarnavais – como “Chega Mais” e Banho de Espuma” – ficaram de fora. No fim do show, dá para ouvir as pessoas pedindo “Lança Perfume”, que também não estava no repertório.

 

“Miss Brasil 2000” é a próxima. Uma modelo nua por debaixo de uma capa rosa desfilava pelo palco. A icônica “On the rocks” vem em seguida com um arranjo delicioso e vocais urgentes de Rita. Para fechar, o rockão paulista “Orra Meu”, quando ela troca os versos “roqueiro brasileiro/ sempre teve cara de bandido” para “roqueiro brasileiro/ já não tem mais cara de bandido”. Nesse momento, Rita estava vestida de boba da corte. Um jeito apoteótico e perfeito para fechar a celebração da Zorra. Uma celebração à roqueira-mor que, para deleite dos fãs, finalmente chega aos players e celebra o legado de nossa deusa. Ave, Rita!

Por Guilherme Samora*

 

*Guilherme Samora é jornalista, editor e estudioso do legado cultural de Rita Lee

 

 

“Rita Lee completaria 76 anos no dia 31 de dezembro. No mês de aniversário da nossa inesquecível roqueira, celebramos o seu maravilhoso legado com o lançamento deste álbum ainda inédito nas plataformas digitais. Será um presente mais do que especial para todos os seus fãs”, diz Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: www.universalmusic.com.br

Universal Music Brasil : Departamento de Imprensa e Comunicação / PR

#SIGA NO INSTAGRAM
Hoje (18/01), é aniversário da cantora e compositora Liah Soares @liahsoares que completa 45 anos.

#liahsoares  #happybirthday #boomerangmusic
Hoje (16/01), é aniversário do multiinstrumentista e baixista do IRA!, Mr. Johnny Boy @cjohnnyboy 

#johnnyboy #happybirthday #boomerangmusic
Faleceu hoje (16/01), aos 78 anos, o brilhante diretor e roteirista David Lynch

Quem não se recorda da série Twin Peaks e dos clássicos filmes Veludo Azul, Duna e Cidade dos Sonhos.

Descanse em Paz, mestre.

#davidlynch #rip #boomerangmusic
Hoje (12/01), é aniversário do cantor, compositor e vocalista da band Rage Against The Machine @rageagainstthemachine Zack de La Rocha @thezackdelarocha que completa 55 anos.

#zackdelarocha #rageagainstthemachine #happybirthday #boomerangmusic
Hoje (12/01), é aniversário do cantor e compositor Per Gessle @pergessle que completa 66 anos.

Um dos fundadores do duo Roxette @realroxette junto com Marie Fredriksson em 1986, falecida em 2019.

Neste ano, o músico anunciou uma tour com a cantora sueca Lena Philipsson, revivendo os grandes hits que são marcantes até os dias de hoje.

#roxette #pergessle #happybirthday #boomerangmusic
Lançado em 1994, o primeiro álbum do cantor e compositor Nando Reis @nandoreis neste ano completa 31 anos de existência.

Em 2023, foi lançado uma edição comemorativa deste que é um dos clássicos da MPB.

#nandoreis #12dejaneiro #boomerangmusic
Hoje (12/01), é aniversário do cantor e compositor Nando Reis @nandoreis que completa 62 anos.

Foi integrante dos Titãs.

#nandoreis #happybirthday #boomerangmusic
Hoje (11/01), é aniversário do cantor e compositor Geraldo Azevedo @geraldoazevedooficial que completa 80 anos.

#geraldoazevedo #MPB #happybirthday #boomerangmusic