Duo Santoro lança seu terceiro álbum da carreira
Com onze obras inéditas e dedicadas ao duo, “O compositor é vivo!” é fruto da turnê nacional em cinco cidades brasileiras e faz um retrato contemporâneo da composição musical do país
Ouvir o álbum digital “O compositor é vivo!” – Duo Santoro
https://tratore.ffm.to/ocompositorevivo
Símbolo da defesa da música brasileira, o duo de violoncelos formado pelos gêmeos cariocas Paulo e Ricardo Santoro chega ao terceiro álbum de uma extensa carreira iniciada em 1990. Dando continuidade à difusão de obras de compositores nacionais – “Bem Brasileiro”, seu disco de estreia de 2013, reuniu os icônicos Villa-Lobos, Nazareth e Mahle com os contemporâneos João Guilherme Ripper, Alexandre Schubert e Ernani Aguiar, dentre outros – o DUO SANTORO lança seu novo álbum de inéditas “O compositor é vivo!”, atravessando a fronteira fluminense, temática principal de “Paisagens Cariocas”, seu segundo disco, lançado em 2017.
Disponível recentemente nas principais plataformas musicais de streaming (Apple Music, Spotify, Deezer, YouTube Music, Amazon Music, Tidal), o álbum digital é fruto da turnê nacional do projeto “O compositor é vivo!”, realizada entre os meses de abril e junho deste ano, quando os irmãos se apresentaram em cinco cidades brasileiras: Mariana (MG), Corumbá (MS), Vitória (ES), Belém (PA) e São Luís (MA). Com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realização da Secretaria Especial da Cultura, do Ministério do Turismo e do Governo Federal, o lançamento reúne as onze composições inéditas apresentadas na turnê, escritas e dedicadas especialmente ao duo. “Deixamos estas músicas para a posteridade, na esperança de que novos compositores brasileiros se animem a escrever para o Duo Santoro”, aponta Ricardo Santoro. “Hoje conseguimos transformar em realidade um sonho que começou em abril, com o primeiro dos cinco concertos realizados”, complementa.
O ponto de partida da jornada musical contemporânea se faz com as peças “As asas são sempre leves” e “De bem com a vida”, do compositor paraense Luiz Pardal, revelando o estilo fronteira de escrever deste professor aposentado da Universidade Federal do Pará, onde o popular e o erudito caminham livremente nesta versão para dois violoncelos encomendada pelo Duo Santoro em 2022. Em seguida, o compositor mineiro Eli Joory, na faixa “Janeiro no Rio”, registra em pauta os tempos em que morou na cidade do Rio de Janeiro. De sonoridade vigorosa e expressiva, a música explora diversos elementos característicos da música brasileira. Radicado no Rio de Janeiro, o compositor mineiro Alexandre Schubert usou como fonte de inspiração para a sua “Casario de Minas” as casas das cidades históricas do seu estado natal, musicalizando sua beleza arquitetônica, o prazer de caminhar pelas ruas e ladeiras e o cheiro do bom café.
Compositor de trilhas sonoras de diversos filmes brasileiros, o compositor maranhense Joaquim Santos escreveu “Galope e Romance” na tradicional forma A-B-A, baseada, em muitos momentos, em cenas do sertão nordestino brasileiro. Já “Rapsódia em Duo”, escrita por Chico Chagas – compositor acreano de nascimento e capixaba por opção – apresenta, como toda rapsódia, uma forma livre, passeando por vários temas com características eruditas e populares. Como o próprio título sugere, a obra é uma homenagem à famosa “Rapsódia in Blue”, de Gershwin. Escrita em três movimentos pelo compositor e maestro sul-mato-grossense Eduardo Martinelli, a “Mini Suíte Mestre Pantaneiro” é baseada em melodias do mestre pantaneiro da viola de cocho “Agripino”. Seus três movimentos são “Cor de Canela”, “Air” e “Marrequinha”, esta última uma das mais famosas e conhecidas músicas do pantanal mato-grossense.
Natural de Mato Grosso do Sul, Cyro Delvizio realça sonoridades nativas em “Passacaglia em ritmo de Guarânia”. Passacaglia é um estilo de composição musical baseado em um tema, repetido constantemente no baixo e em variações sobre esse tema na melodia principal. Guarânia é um estilo que teve origem no Paraguai, influenciando a música folclórica do Mato Grosso do Sul. Composta pela maestrina e compositora paraense Cibelle J. Donza, professora da Universidade Federal do Pará, “Olho d’água” alterna momentos vigorosos e líricos, expressos em danças e lundus através de efeitos característicos da linguagem violoncelística. Em “Retrato de Dona Melancolia e Dona Solidão no alpendre da velha casa”, Antonio Celso Ribeiro se inspira nas imagens vivenciadas em sua infância em Pouso Alegre (MG) – hoje o compositor é radicado em Vitória. Natural de Garibaldi (RS) e atualmente professor na Universidade Federal do Maranhão, Ricardo Mazzini Bordini encerra a viagem sonora com “O esvoaçar das tranças ao bulício saltitante das meninas”, uma constante e ininterrupta conversa alegre e divertida entre os dois violoncelos.
Com informações: Cezanne Comunicação – Assessoria de Imprensa em Cultura e Arte