Fernando Catatau lança seu novo álbum

Seguinte, esse álbum é a busca de um artista por uma forma sua de se expressar, que o levou diretamente ao pop contemporâneo, em um disco que se diferencia de seus trabalhos anteriores ao se aproximar da música feita por artistas mais jovens, se conectando não só no som que fazem, mas também na forma que esses artistas têm de criar: Experimentações caseiras, linhas vocais inventivas, minimalismo melódico, foco na textura e uma forte conexão com seu território… E falando nas área, tem muita gente de Fortaleza participando do disco, gente nova e das antigas. Estão no disco, por que foram seus parceiros em vários projetos nos últimos anos e é natural que estejam aqui, brilhando nas faixas.

 

Durante o processo de composição dessas músicas, Fernando foi e voltou de Fortaleza CE, sua terra natal, desenhou figuras estranhas das suas profundezas em papel comum, desenvolveu seu cantar, passou milhares de horas vasculhando coisas incríveis e obscuras no youtube… Em silêncio e escuta, devorou tudo com cores nostálgicas e melancólicas. Pariu um disco, com coração apaixonado, localizado na pélvis, para dançar bem lento, ao mesmo tempo que a mente pode divagar.

 

Diria que a melhor situação para curtir este disco, seria estar em Fortaleza, em um táxi de madrugada, vindo de uma festa em que seus planos com o crush, deram errado, a dor de cotovelo troando no banco de trás, quando então, o motorista liga o rádio e a voz suave da DJ anuncia: “Você está ouvindo na íntegra, o novo álbum de Fernando Catatau”.

 

‌“Raios na imensidão”, a primeira faixa, é como um vento frio vindo do mar batendo no seu rosto de madrugada, o oceano entrando por suas narinas. A atmosfera épica da faixa te prepara para o que vem a seguir, a queda num romance profundo e sem medo de se colocar, de “Completamente apaixonado”, na qual a convidada, Yma, participa cantando backing vocals sugestivos como se existisse apenas no imaginário. Uma característica forte deste álbum é que as músicas carregam imagens na nossa cabeça, pois letra e instrumental, funcionam como dispositivo narrativo que trabalha com nossas memórias visuais. Cada música é como se fossem aquelas antigas caixinhas com fotos, monóculos antigos com temáticas diferentes.

 

Em vários momentos o disco é muito romântico. Dialogando, por exemplo, com o brega de boteco de virar a madrugada em “Quando o dia amanhecer”. Mas tem seu momento de horror canibal, que satiriza a elite em “A fraternidade”. Há também a ficção científica “Os monstros”, que tem participação da “monstra” Melindra Lindra das Glamourings. E aqui tenho que dizer, que Catatau sabe trabalhar a ficção científica de forma muito natural na música, usando uma fábula para fazer uma crítica à nossa relação desprovida de empatia com outras criaturas.

 

“Nada acontece” foi escrita em parceria com Giovani Cidreira e Juliana R, e não tem como pensar no impacto da pandemia nas cidades ao ouvir essa música, que tem a participação dos dois cantando com Catatau. Esta música, que foi escolhida como single, traz nela elementos estéticos que vão reaparecer em todas as outras faixas: Melodias como estradas de terra, cheias de curvas e viradas agradáveis de se caminhar, fáceis de lembrar depois quando voltar.

 

A guitarra, a grande parceira do Catatau e seu sabre de luz, neste disco, está presente o mínimo possível. Tocada por Fernando e dois dos convidados, o guitarrista Cearense Cristiano Pinho e o mestre das guitarradas Manoel Cordeiro, a guitarra pontua o necessário e nada mais.

 

O foco das músicas, são as texturas e o ritmo, criados com ajuda de Dustan Gallas no sintetizador e Samuel Fraga na bateria, que formam a banda base do disco inteiro. Outra coisa que chama a atenção, é que Fernando está cantando bastante diferente dos seus últimos trabalhos, a voz, outrora dramática, agora traz a precisão, ao mesmo tempo que experimenta várias coisas diferentes, sussurros, graves, mas sem esticar uma palavra além do que a canção precisa, para que a voz se insira em total harmonia com os outros elementos, sem perder a emoção.

 

O disco representa uma nova fase em sua vida, ele foi lá fora de dentro, em um lugar definido pelo seu “Anos 80” alegórico, de um artista que cresceu nesta década, conectado de “cunforça” na cultura regional, ao mesmo tempo que era conectado com as referências de pop internacionais, rock, blues, Reggae, surf, cinema… Este é um disco feito por quem acha que George Michael e Amelinha soam igualmente Fortalezenses, por que a cidade se alimenta de tudo que vai lhe definir.

 

Catatau é melancólico, triste não. A criatura triste muitas vezes é egoísta, sua dor é tão grande que não enxerga as dores do mundo. Catatau não compactua com isso e sua melancolia agrega, é empática com os seres. O disco passa por vários trajetos, alguns solitários e  assustadores, com canibais, cobaias, corações partidos… Mas ao final, Fernando nos deixa uma mensagem massa, sem uma gota de cinismo e você vai ter que ouvir o disco para captar.

 

Por Jonnata Doll

 

BIOGRAFIA – FERNANDO CATATAU

 

Fernando catatau é um compositor, cantor, guitarrista, produtor musical e artista plástico originário de Fortaleza (CE). Foi o fundador da banda Cidadão Instigado e é uma figura importante no cenário da musica brasileira. Agora Fernando Catatau anuncia uma nova caminhada. Depois de mais de duas décadas ao lado do C.I., esta prestes a lançar seu primeiro álbum solo.

 

De volta a Fortaleza depois de morar 15 anos em SP Fernando mergulhou em suas origens e passou um período de 4 anos elaborando o que seria esse álbum de estréia de sua carreira solo. Nesses 4 anos viveu uma Fortaleza que há muito tempo não lembrava, se aprofundando no cotidiano e na cena artística da cidade. Das festas de Reggae ao underground pós apocalíptico da tal Fortal cidade marginal, foi um tempo de se identificar com as coisas boas e também com suas mazelas. Um mergulho profundo nessa Fortaleza réia doida. Nesse período criou em si mesmo um laboratório de experimentos emocionais. Viveu a realidade da cidade da luz, o Dark, a música local, os amigos artistas e suas lutas diárias por sobrevivência, o gato preto, A P.I., a maresia, as decepções, a nostalgia…

 

Fernando Catatau: Voz . Guitarra

Dustan Gallas: Baixo . Synth

Samuel Fraga: Bateria

Manoel Cordeiro: Guitarra solo . Synth

Clayton Martin: Bateria eletrônica

 

Produção musical: Fernando Catatau e Dustan gallas

 

Produção executiva: Silvana Ramalhete, Isadora Stevani e Alexandra Thomas

 

Arranjos: Fernando Catatau, Dustan Gallas e Samuel Fraga

Gravação: Funai Costa nos estúdios da Red Bull Music Station (SP) com assistência de Alejandra Luciani, Éric Yoshino e Fernando Ianni

Gravações adicionais: Júlio César “Pepeu” no estúdio “Totinho” (CE) com assistência de Guilherme Mendonça e Isadora Stevani e Fernando Catatau na “Casa do Lobis” (CE)

Mixagem: Funai Costa

Masterização: Chris Gehringer no Sterling Sound studios (NY)

Fotos capa e divulgação: Jamille Queiroz

Assistência de fotografia: Uirá dos Reis

Figurino: Jamille Queiroz e Fernando Catatau

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações:  Assessoria de imprensa: Francine Ramos

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