Flaira Ferro (PE) e Clara Coelho querem revolucionar com amor
Lançamento do selo Tropical Gold, a canção abre alas para o disco
Ver o mundo parar e ficar em casa impactou a todos. E com menos movimento nas ruas, a poluição do ar diminuiu em diversas cidades pelo globo, rios se tornaram mais claros e o ser humano pode ver de perto o mal que está fazendo ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, teve que olhar para dentro e refletir sobre sua própria vida. O impacto da pandemia de Covid-19 também afetou as artistas Clara Coelho e Flaira Ferro e fez com que elas se juntassem para criar um disco intitulado “ÁUA”. O primeiro single “Cataclismas do Amor”, que sai pelo selo Tropical Gold, ressoa justamente essa percepção de refletir sobre o novo modo de viver neste planeta.
“A ideia do álbum nasceu no início da pandemia numa vontade de dar voz a um tempo novo na terra, onde valores como o amor, o perdão, a fé, a confiança, a generosidade, a gentileza, a ternura, a paz são evocadas para uma possível nova prática de vida em nossas sociedades. Um chamado espiritual mesmo. De se entregar para uma transformação humana radical, no sentido de retomar as raízes, a conexão com a natureza, com os povos originários, com sabedorias que nos convidam a regeneração e recriação de nós mesmos para este novo tempo. Um reconhecimento da humanidade que somos com todos os danos que causamos em nosso próprio ambiente, em nossas vidas, na vida da natureza desta terra e que podemos fazer novas escolhas. Um convite para despertar e se permitir nascer outra vez”, comenta Clara.
A letra composta pelas duas artistas convoca o amor como força transformadora para atravessar este “cataclisma” que vivemos na sociedade neste momento, buscando uma renovação.
“No final da canção queríamos um nome e veio este de primeira. Sem pensar muito ambas sentimos que era exatamente isso! Sentimos que descrevia um fenômeno do amor, que falava do nosso encontro, de tantos encontros de pessoas que sentem o chamado para uma transformação. Este ‘desastre’ que estamos vivendo é uma força para além de nossas capacidades de entendimento e está nos impulsionando a voltar pra casa, a nos reconectar com memórias e sabedorias e lembrar que é através do amor que tudo poderá ser recriado. A força do amor é soberana. Somos amor e junto com a ideia de amor queremos a prática do amor. Para vivê-la é preciso atravessar muitos cataclismas! E que todos eles sejam para o bem maior, despertando o amor em cada um de nós!”, explica Clara.
Para este disco, previsto para sair no primeiro semestre de 2023, as artistas resolveram fazer uma série de 9 lançamentos e se guiar pelo Sincronário das 13 Luas, que contam o ano de uma forma diferente, contabilizando as 13 Luas (ou 13 meses) de 28 dias cada, totalizando 364 dias mais o dia fora do tempo (25 de julho), um dia para o perdão, para celebrar a paz e a cultura através da arte. A música sai propositalmente no dia 26 de julho de 2022, conectado com o nascimento da estrela Sirius em conjunção com o nascer do Sol e é o primeiro dia do ano da “Lua Auto Existente Vermelha”. Transformando assim este trabalho em algo totalmente conectado à natureza e ao princípio feminino da vida.
“O sincronário da paz ou sincronário das 13 luas, estava muito presente em nossas vidas, eu já vivo há alguns anos minha vida conectada ao tempo natural. Neste aspecto a conexão com o tempo da lua nos é negada no calendário gregoriano [calendário convencional]. No sincronário são 13 luas de 28 dias, que somadas completam um giro da terra em volta do sol. Há um alinhamento entre a energia do sol com a da lua e isso pode mudar completamente o que vivemos e como nos organizamos. A Lua rege as águas na terra e nós somos praticamente feitos de água. Todos fomos gerados dentro da água, dentro de uma mulher e ao nos desconectarmos da lua, estamos desconectados de nossas emoções, de nossos corpos, de nossos ciclos, do mistério, da beleza e do poder do feminino. Aspectos essenciais nos tempos de hoje para que volte a reinar um equilíbrio nesta terra”, reflete Clara.
Para Flaira este álbum é também uma possibilidade de trazer à tona esse transcendental para a prática.
“Para mim o entendimento da espiritualidade se dá muito na prática. Na forma como a gente se relaciona com as coisas, na forma como a gente tá consciente do que está fazendo. De que maneira a gente tem intencionado a vida, os dias, os projetos que a gente se propõe a fazer, as relações, os vínculos. Este disco está a serviço de experimentar nos sentidos auditivos todas essas forças emocionais que atravessaram o processo criativo desse trabalho”, diz Flaira.
Como aconteceu o encontro
Clara e Flaira se admiravam à distância há alguns anos, quando finalmente o encontro aconteceu pela internet. Clara mandou um vídeo de sua filha cantando a música “Faminta”, que está no segundo álbum da artista,“Virada na Jiraya” (2019). “Quando ouvi ela cantar justo a parte ‘eu vou cantar por mim, por minha mãe, por minha avó, por minha bisa’ eu senti uma força tremenda de que tinha que mandar aquele trecho na voz de uma criança pra ela como uma gratidão por toda sua arte”, revela Clara. Flaira então revelou que também seguia o trabalho de Clara nas redes e a conexão foi imediata.
Flaira estava em contato com o pessoal do selo Tropical Gold, que está chegando ao Brasil por intermédio do produtor Rodrigo Pires e tem o seu braço na Suíça com Phillipp Bernhardt. A empresa nasceu em meio a pandemia, em março de 2020 e além de selo é uma editora, gravadora e gerencia carreiras de artistas.
“Cataclismas do amor” foi gravado no Cria Som Produções Musicais (Mirada Entertainment), foi produzido e mixado por Eduardo de Andrade Botelho, masterizado por Reto Muggli (Powerplay Studios), tem distribuição da MUVE, sai pelo selo Tropical Gold, tem arte da capa por ATMA e fotos de José Britto, assessoria de imprensa Favorite Assessoria (Alessandra Braz).
Escute “Cataclismas do amor” em todas as plataformas de streaming.
Com informações: Favorite Assessoria