O indie-folk existencial marca segundo EP da Bluebagbang
“O Vale a Pena” é o single que batiza o compilado e promove o lançamento do segundo trabalho de Marina Hungria, disponível hoje (11) em todas as plataformas de streaming
Bluebagbang, projeto baseado na capital paulista e liderado por Marina Hungria, natural de Itapetininga (SP), disponibiliza hoje (11) o EP O Que Vale a Pena. Sucessora de Manifesto dos Ventos Delirantes (2021), a nova obra traz cinco faixas, porém, dessa vez todas são cantadas em português. Assista aqui ao clipe da canção-título do disco, dirigido pela artista / ouça o disco aqui.
Ainda envolta no clima pandêmico, a produção se deu tal qual a do primeiro lançamento: em seu home studio, Marina foi a responsável pela composição, produção e gravação de todo o repertório, que contou com Thiago Pethit na direção vocal e Rodrigo Florentino na mixagem e masterização. A novidade fica pelo trabalho gráfico, que traz o conterrâneo da compositora, Thiago Goya, assinando a capa.
FAIXA A FAIXA
Há 01 mês, o lançamento do EP deu o pontapé inicial ao apresentar o single Corpo na Rua, faixa que abre o disco, acompanhado de um videoclipe com imagens do carnaval dos anos 40, no Rio de Janeiro. Corpo na Rua foram palavras escritas por um usuário na plataforma Twitter e serviu como inspiração para a compositora na criação da canção: “Pensei em como será o momento da celebração do fim da pandemia: haverá um grande carnaval fora de época? Será registrado nos livros de história como a fotografia do beijo pós-guerra de 1945?”.
Inspirada em arranjos “a lá” Rodrigo Amarante, Cecília traz os acordes do indie folk para homenagear a tia de Marina, que faleceu em 2020 por um linfoma, e uma ascite que necessitava desaguar para seguir com o tratamento. “Compus pensando nesse desaguar enquanto passagem da vida”, revela a artista.
A inspiração para compor Mariana e o Receio de Acordar foi encontrada em um livro do escritor Uruguaio, Eduardo Galeano, Dias e Mortes de Amor e de Guerra. A frase “Na varanda, Mariana empurra a parede, que é para ajudar a terra a girar”, foi o gatilho para o nascimento tanto do conceito quanto da letra da música, acompanhada de conversas existenciais com sua amiga e escritora, Mariana Rossi. Assim como na faixa anterior, a compositora fez uso de sintetizador de conjunto de cordas e harpa nos arranjos da canção.
O Que Vale a Pena é o destaque no lançamento do EP e convida o ouvinte a embarcar na reflexão sobre os percalços enfrentados diante da pandemia da COVID-19, e disserta sobre o movimento natural que levou muitas pessoas a encararem a finitude e se permitirem vivenciar mais o presente ao lado de pessoas amadas. É a música que dá título ao EP, embalada em arranjos referenciados em canções de Marisa Monte, e ganhou vídeo – assista aqui.
Dirigido, realizado, produzido e protagonizado pela própria artista, o minimalismo foi a linguagem escolhida para dar o tom à produção audiovisual. Com takes de imagens em super zoom registrando a natureza, a mensagem da música, que disserta sobre a importância da valorização do presente, e em estarmos atentos às pequenas alegrias da vida, ganha força.
“Para criar o efeito macro eu inverti a lente de uma câmera semiprofissional e fiquei seguindo os insetos e paisagens a fim de expressar as coisas belas ao redor e o tempo da espera na pandemia, a gravação foi feita na casa dos meus sogros, em Guapimirim”, descreve a compositora.
Conduzida por uma atmosfera que remete a intensidade na mudança de ciclos, a canção Saturno encerra o EP, e é a única do repertório que utiliza sintetizador de tuba. “Nessa música, comparo um pouco o que era minha vida antes da pandemia, na composição da letra que diz: era tão simples caminhar / vento soprava e eu seguia a direção / sem saber navegar, apenas fluir / como achar um ponto para partir / outro para chegar”, explica a compositora.
CAPA
Marina Hungria assinou as capas dos singles do seu EP de estreia em 2021, mas desta vez escalou o artista visual e arte educador Thiago Goya para compor a arte do seu novo disco. Nascido no interior paulista, em Itapetininga, é artista visual e arte-educador. Suas experimentações visuais passam pela aquarela, bordado livre, colagem, entre outras possibilidades. Atualmente tem se dedicado a reflexões acerca das temáticas de gênero, sexualidade, afeto e (auto)investigação sobre o corpo.
“Ouvindo o trabalho, percebi que o violão é o grande condutor das músicas, queria que ele fosse simbolizado junto à silhueta do corpo. E por sentir fortemente essa presença da expectativa do encontro, de promover a vida, temos a simbologia dos confetes coloridos que saem do violão como um rastro das expectativas da celebração pós pandemia”, revela Thiago.
OUÇA AQUI
ASSISTA ‘O QUE VALE A PENA’ AQUI
FICHA TÉCNICA
MÚSICA
Produção musical: Marina Hungria
Composição, Voz, violão, violão solo, sintetizador de harpa e trombone: Marina Hungria
Direção vocal: Thiago Pethit
Mixagem e Masterização: Rodrigo Florentino
CAPA POR Thiago Goya / CLIPE Direção, produção e realização: Marina Hungria
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SOBRE BLUEBAGBANG
A necessidade de exercitar o lado criativo e uma sede por experimentação fizeram o Bluebagbang ter os primeiros respiros de vida em 2012, quando Marina Hungria, artista idealizadora e frontwoman, começou a desenvolver suas habilidades técnicas para ter a emancipação em produzir seu próprio material. Com os primeiros equipamentos em seu home studio, a identidade musical indie-folk-melancólico floresceu e passou a tomar forma.
E em 2020, a pandemia trouxe questionamentos sobre o futuro para o mundo todo, o que não foi diferente para Marina, que encontrou seu próprio refúgio nas composições do projeto que até então encontrava-se em um hiato.
A busca por lapidação em sua musicalidade a conectou com Thiago Pethit, que está por trás da vocalização da artista. Encorajada pela evolução do seu processo conforme os encontros (virtuais) aconteciam, Marina foi se guiando até lançar seu primeiro trabalho, o EP Manifesto dos Ventos Delirantes (2021), do qual foi a responsável por gravar todos os instrumentos e pela mixagem das cinco faixas.
Pouco menos de um ano depois, a compositora lança seu novo EP O Que Vale A Pena, repetindo os mesmos métodos de registro do seu trabalho anterior quanto à composição, produção e gravação, e conta mais uma vez com a colaboração de Pethit na mentoria vocal. Em Fevereiro, o single Corpo na Rua deu boas vindas ao EP nas plataformas de streaming, acompanhado de um videoclipe, e em Março o trabalho completo composto por cinco faixas, chega às mídias promovendo o segundo single da música que dá título ao álbum.
Com informações: CAFÉ 8 Assessoria de Comunicação