Titãs lança seu novo álbum de inéditas “Olho Furta-cor”

Produzido por Sérgio Fouad e Rick Bonadio. Com 14 faixas, o disco reúne faixas compostas por Tony, Branco e Sergio Britto, além de uma música escrita por Rita Lee, seu filho Beto e Roberto de Carvalho e uma canção composta pelo baterista que compõe os Titãs, Mário Fabre.

 

 Iê-Iê dos Titãs, “Olho Furta-cor” por Pedro Bial

 

Foi Cazuza quem primeiro me alertou: “você tem que ver os caras no palco, oito loucos em movimento, você nunca viu nada igual, é demais!”.

 

Era 1984, eu já conhecia o hit ‘Sonífera Ilha’, genial assombração da Jovem Guarda, que não era nova versão ou carbono do iêiêiê, trazia, sim, o espírito de uma época a copular com o corpo estranho da atrevida modernidade oitentista. Atrevidos, lançaram-se como “Titãs do Iê-Iê”, mas depois de se apropriarem do próprio iêiêiê, mocozaram-se sob o nome dos gigantes anti-olímpicos, só. Serve-lhes a perfeição o título, como manifesto ético e estético, de acordo com Junito de Souza Brandão, em sua “Mitologia Grega”, Titãs são: “‘As forças brutas da Terra e, por conseguinte, os desejos terrestres em atitude de revolta contra o espírito’ – isto é, contra Zeus. (…) Ambiciosos, revoltados e indomáveis, adversários tenazes do espírito consciente (…)”. Contra todos os zeuses, devoraram-lhes por dentro, depois de terem sido devorados por eles.

 

Aquelas oito cabeças de 1984 dispersaram-se, não poderiam caber no mesmo palco para sempre. Mas seus tentáculos multiplicaram-se, em permanentes e simultâneas rebelião e comunhão, no trem de Raul Seixas: “ói, olhe o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral”.

 

Hoje, quarenta anos depois de tudo começar, coruscam o livro “Entre Milênios” de Haroldo de Campos, e confiscam o arco-íris no álbum “Olho Furta-cor”. Fazem a impossível volta, olham o passado com os olhos presentes e o presente com olhos passados, donde enxergam o futuro passado e presente. Não é tão complicado, é o que sempre fizeram.

 

Ouça AQUI!

 

A crônica tem reputação suave, entre a literatura e o jornalismo, um alívio de humanidade entre as notícias da idem. Os Titãs, não; os Titãs sempre foram cronistas de seu tempo, com mais fúria que consolo. Talvez a fúria como único possível consolo.

 

Nessas crônicas do violento vinte vinte e dois, há fúria, consolo, há amor. Paira sobre a obra a sede de conhecimento que sempre os acompanhou, porém, mais velhos e sofridos, padecem da melhor forma de derrota: a compaixão. É o que de bom pode acontecer a essa idade, “não ter envelhecido antes de deixar de ser tolo”, conhecer um tanto, para saber um pouco. Eles sabem.

 

Da poesia desse Haroldo póstumo d’entre milênios, souberam pelo diretor Felipe Hirsch, com quem tramam explorações estético-filosóficas. Por enquanto, desse encontro veio já a inspiração de dois São Paulos. A terceira faixa (para quem ainda conta faixas assim), ‘São Paulo 3’ tem guitarra com ecos épicos de Mick Ronson, em carona cósmica numas Bowieanas, na cidade “de uma garoa que não há’: A luz da lua lampadófora/ que pinga no olho furta-/cor dos semáforos de rua/ e coa-se no neon noctâmbulo”.

 

Ecoam-se assim os Titãs a si mesmos, num jogo de espelhos em espaço-tempo acolhedor, chamam o ouvinte para brincar de viajar. ‘São Paulo 1’ irá fechar o disco, mais Haroldo musicado pelo intermédio-único de Sergio Britto: “De uma dulceamara ternura/ entre fera e bela/ entre estrela e estela/ esta/ com sua graça petrina/ multi-/ vária multi-/ tudinária/ cidade minha// de pedra selvagem/ não beleza pura/ de pedra selvagem/ não belezura de paisagem// é o que falam, é o que falam”.

 

O disco começa antes do Brasil, no ‘Apocaplipse Só’. Cantos indígenas abrem os trabalhos, desconstruindo a destruição, coragem louca que só as crianças sabem ter. E são delas as vozes que nos dizem: “O chão/ buraco do céu/ a noite/ estende seu véu”. Obra de Belloto, com a mão irmã de Britto, exigiu mais que interesse antropológico, Tony nos conta a embaixada: Começa com a gravação de um canto ritual de índios do Xingu. Foi um périplo ter a autorização dos índios para usarmos a música. Nossos advogados foram à FUNAI, negociaram diretamente com o cacique e sua filha. No arranjo, tivemos a ideia de um coro de crianças. Através do Instituto Anelo, associação de Campinas com que colaboramos, que ensina música para moradores de comunidades, conseguimos gravar essas crianças maravilhosas. Achei expressivo que tantas vozes brasileiras díspares tenham se unido nessa música para lamentar juntas o “apocalipse”.

 

Lamentando, transfiguraram o apocalipse, resgatado a seu sentido original, o “dia da revelação”.   

 

Não há mundo que se acabe enquanto pudermos ouvir Rita Lee. Ela abençoa “Olho Furta-cor” com ‘Caos’, feita especialmente para os Titãs, por ela, Roberto Carvalho e Beto Lee. Com o humor e a leveza que só dela, tá tudo dito quando se diz: “Não estou aqui a passeio/ vim em busca de mim/tô viciado em oxigênio/ tô pilhado e de saco cheio// da excrescência calhorda/da horda de vossas excelências/ cuspindo no microfone/ cheirando a enxofre (…) Hay gobierno soy contra!”.

 

Para nos brindar com ‘Como é bom ser simples’, Branco e Bento Mello bateram uma paleta com o palhaço e dramaturgo Hugo Possolo, que já trabalhara titãnicamente na ópera “Doze Flores Amarelas”. Para Branco dar voz a seus versos, recorreu-se a demos anteriores à produção, já que ainda convalescia da retirada de um tumor na garganta. O baixo, ele continua pilotando em todas as faixas. É comovente ouvi-lo dizer “Como é bom ser simples/ sem ter medo do pecado/ como é bom ser simples/ não bancar o derrotado”.

 

Em 1983, tive uma tarde inesquecível com Raul Seixas, em que ele teve a paciência de me mostrar como Luiz Gonzaga e Elvis Presley são farinha do mesmo continente musical: “Luiz Gonzaga é uma coisa tão ‘elvispresleyana'”, disse-me Raul pegando o violão pra cantar engolindo as sílabas, como quem sabe chupar, “‘vem cá, cintura fina, cintura de pilão… you’re the devil on disguise’… Pedro, os dois têm a mesma malícia…”.

 

Em ‘Raul’, Sérgio Britto pega daí e desenvolve, em dissimulado rockabilly, o velho iêiêiê renovado pela tradição: “Dizia que a zabumba tinha a ver com a guitarra/ dizia que o baião era igual ao rock’n’roll/ dizia que Elvis Presley tinha a ver com Luiz Gonzaga/ um de chapéu de couro e o outro com o blusão/ que o toque da sanfona tinha a ver com o do piano/ e o nordeste do Brasil com sul dos americanos/ dizia que o blue jeans tinha a ver com o gibão/ o elvis de James Dean e o Luiz de Lampião. (…)”. Até pisar forte na ordem metal: “Mistura essa farinha e joga no ventilador!”.

 

Na balada ‘Um mundo’, Britto e Bellotto poderiam estar falando do isolamento imposto pela pandemia, da solidão não imposta pela pandemia; podiam estar falando da distância de um para outro ou de si para si mesmo. Poderia ser um comentário político sobre globalizações frustradas, polarizações fustigadas, convicções extremadas. Mas é mesmo de um romantismo melancólico em sua constatação de que só podemos nos danar quando certeza de tudo é a única coisa que se tem em comum: “Somos um contra um/ entre nós tem um mundo”.

 

‘Há de ser assim’ parece aprofundar o desabafo de ‘Um mundo’, indo do melodrama ao trágico. Nesse Brasil tragicômico, os Titãs sempre frequentaram o trágico. Sérgio Britto lembra que ninguém é inocente: Ninguém mais, nada mais é tão distante/ (…) cada vez mais há de ser assim/ o corte em seu corpo vai sangrar em mim/ cada vez mais assim há de ser/ o sol no meu rosto vai cegar você (…) Os olhos dos outros vão te fazer ver/ a cura dos outros vai salvar você”.

 

Em ‘Papai e mamãe’, Britto entra solidário no buraco pandêmico da filha adolescente, e nos faz lembrar Dylan, Novos Baianos, tudo que a gente ouviu na adolescência, tudo que sentiu na adolescência, como na letra de um amigo morto, Marco Jabu, em ‘Retrato Recente’: “trancada no quarto, solta no espaço, no interior de si”. Como adolescer quer dizer crescer, e os Titãs nunca deixaram de crescer, foi natural para o pai dizer pela filha: Deixem que eu fique assim/ dançando comigo/ buscando dentro de mim/ o que eu preciso// porque eu não quero viver essa vida/ que querem que eu viva/ Não quero viver essa vida/ que ninguém acredita”.

 

O sujeito “ninguém” percorre todas as faixas de “Olho Furta-cor”.

 

Em seu diálogo perene com o iêiêiê da Jovem Guarda, Tony Bellotto atualiza o Lobo Mau. Se o “eu lírico”* tremendão de Erasmo Carlos dizia: “gosto de beijar, depois me mandar, fico sempre na dúvida com qual vou sair, eu sou o tal, tal, tal, tal, o tal…”, o “eu lírico” de Tony é um homem muito reconhecível que declara rangendo dentes: ‘Eu sou o mal’. “Deliro/ sonhos de sangue e de glória/ canto o hino/ depois eu vou embora/  quem sou eu/ eu sou o mal, caralho, não percebeu?”

 

*Dicionário Houaiss:

 

eu lírico ou poético lit
num poema, voz que subjaz ao texto, exprimindo as sensações, conceitos e ideias sobre que ele versa, e que nem sempre é concordante com a pessoa do seu autor; eu poético, sujeito lírico.

 

O mal absoluto vem em seguida, no horror documentário de ‘Por galletas’ (Por biscoitos). A partir da notícia de exploração e abuso de crianças por “capacetes azuis”, os soldados da paz da ONU no Haiti, Britto diz do indizível: “Sexo oral por galletas/ eso es lo que me dan a mi/ sexo oral por galletas/ y lo quitan todo de ti// Son soldados, claro que si/ y nos hablan de libertad/ pero aqui se rien de ti/ y de la humanidad”. (“Sexo oral por biscoitos/ é o que me dão/ sexo oral por biscoitos/ e tiram tudo de ti// São soldados, claro que sim/ e nos falam de liberdade/ mas aqui se riem de ti/ e da humanidade).

 

Depois do “mundo cão”, uma elegia à humanidade da cachorrada. Canção delícia de Branco Mello, ‘O melhor amigo do cão’ tem a feliz sacada de estribilhar au au ao contrário: “Uá uá uá uá… Sou o vira-lata/ o melhor amigo do cão”. É também um reconhecimento a Nina, Romeu e Negão, cachorros do Branco que insistiram em contribuir nos ensaios com latidos no tom…

 

A canção de amor ‘Preciso falar’, ah, vou te contar… que graça compartilhada, que lindeza. Não sei se devo adiantar muito, se é melhor deixar você escutar a mais cândida revelação do “eu lírico” de Tony Belloto. Não sei se resisto, não me lembro de outro artista fazendo dessa forma declaração tão delicada, abrindo o coração, com a coragem que só os amantes podem ter:Ah! preciso falar/ de coisas que nunca falei/ // demorei para perceber/ demorei para entender// eu sou homem/ você também/ eu te quero/ o que é que tem?// nós fomos embora/ saímos do bar/ no céu a aurora/ me fez enxergar// que de repente/ tudo mudou/ naquele instante/ o sol raiou”.

 

Quanto bem um amor pode fazer, quanto bem um amor pode fazer a tanta gente, tanta gente e tanto amor para amar.

 

Talvez num aceno para Rita Lee, o baterista Mário Fabre compôs só e canta com Britto ‘Miss Brasil 200 anos’, bem-vindo rock clássico, pesado. Importante demais termos nessa hora um hino de resgate das cores brasileiras, a unir gente de vontade boa: Qual é a verdade que você acredita?/ desconhecidos do lado de fora/ com amor no branco da paz// contraste perfeito do mar e da areia/ brilho nos olhos da cor das estrelas/ cinza escuro do muro queimado/ e todas as cores do arco íris pintadas// desconhecidos do lado de fora/ com amor no branco da paz”.

 

  Os cachorros latem, no mundo cão homens desumanizam-se primatas, o muro na cabeça dinossauro, bichos escrotos tem nome como os bois, felizes devem ser mesmo os peixes, sem racio símios, e com quantas corcovas o dromedário quiser pedir ao camelo.

 

Furta-cor é uma não cor e contém todas as cores, brilha por um instante cada uma, não as perde nunca mais, guarda tudo atrás do olho, e pulsa, ainda pulsa.

 

Titãs, 40 anos de fúria amorosa e amor furioso. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações: Assessoria de Imprensa | Titãs – Perfexx Assessoria | www.perfexx.com.br

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Hoje, 07/11, é aniversário do cantor e compositor Johnny Rivers que completa 83 anos.

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Hoje, 07/11, é aniversário da cantora e compositora Joni Mitchell @jonimitchell que completa 82 anos.

#jonimitchell #happybirthday #boomerangmusic
Lançado em 1983, há exatamente 42 anos atrás era lançado o segundo álbum ao vivo da banda The Doors @thedoors "Alive She Cried".

Gravado ao vivo entre 1968 a 1970 em 
New York, Detroit, Boston, Copenhagen
The Doors

Jim Morrison – vocals
Robby Krieger – guitar
Ray Manzarek – organ, keyboard bass
John Densmore – drums

Tracklist:

1. Gloria (Van Morrison) (6:19)
2. Light My Fire (The Doors) (Incl. Graveyard Poem (Jim Morrison)) (9:54)
3. You Make Me Real (The Doors) (3:04)
4. Texas Radio And The Big Beat (The Doors) (1:53)
5. Love Me Two Times (The Doors) (3:18)
6. Little Red Rooster (Willie Dixon) (7:05)
7. Moonlight Drive (Incl. Horse Latitudes) (The Doors) (5:33)

#thedoors #aliveshecried #boomerangmusic
Em 07/11/1981, há exatamente 44 anos atrás era lançado o segundo álbum de estúdio do cantor e compositor Ozzy Osbourne @ozzyosbourne “Diary Of A Madman”.

Line-up:

Ozzy Osbourne (vocals)
Randy Rhoads (guitars)
Bob Daisley (bass)
Lee Kerslake (drums)
Additional musicians: Louis Clark (Strings)

Track list:

	1.	Over The Mountain
	2.	Flying High Again
	3.	You Can’t Kill Rock And Roll
	4.	Believer
	5.	Little Dolls
	6.	Tonight
	7.	S.A.T.O.
	8.	Diary Of A Madman

#ozzyosbourne #diaryofamadman #randyrhoads #bobdaisley #leekerslake #boomerangmusic
Hoje, 07/11, é aniversário do guitarrista Tommy Thayer @tommy_thayer_official da banda Kiss @kissonline que completa 65 anos.

#tommythayer #happybirthday #Kiss #boomerangmusic
Em 06/11/2015, há exatamente 10 anos atrás era lançada a caixa com 3 discos do cantor e compositor country Genuine "Alan Jackson" Story.

Tracklist

Disc One
1. Blue Blooded Woman
2. Here In The Real World
3. Wanted
4. Chasin’ That Neon Rainbow
5. I’d Love You All Over Again
6. Don’t Rock The Jukebox
7. Someday
8. Dallas
9. Midnight In Montgomery
10. Love’s Got A Hold On You
11. She’s Got The Rhythm (And I Got The Blues)
12. Tonight I Climbed The Wall
13. Chattahoochee
14. Mercury Blues
15. (Who Says) You Can’t Have It All
16. Summertime Blues
17. Gone Country
18. Born Too Late (Previously Unreleased)
19. If Tears Could Talk (Previously Unreleased)
20. Seven Bridges Road – LIVE (Previously Unreleased)

Disc Two
1. Livin’ On Love
2. I Don’t Even Know Your Name
3. Tall, Tall Trees
4. I’ll Try
5. Home
6. Little Bitty
7. Who’s Cheatin’ Who
8. There Goes
9. Between The Devil And Me
10. A House With No Curtains
11. I’ll Go On Loving You
12. Right On The Money
13. Gone Crazy
14. Little Man
15. Pop A Top
16. The Blues Man
17. It Must Be Love
18. Wings (Previously Unreleased)
19. Seguro Que Hell Yes (Previously Unreleased)
20. The Star-Spangled Banner (Previously Unreleased)

Disc Three
1. Where I Come From
2. When Somebody Loves You
3. Where Were You (When The World Stopped Turning)
4. Drive (For Daddy Gene)
5. Work In Progress
6. That’d Be Alright
7. It’s Five O’Clock Somewhere—with Jimmy Buffett
8. Remember When
9. Too Much Of A Good Thing
10. Monday Morning Church
11. Like Red On A Rose
12. A Woman’s Love
13. Small Town Southern Man
14. Good Time
15. Country Boy
16. Sissy’s Song
17. As She’s Walking Away—Zac Brown Band featuring Alan Jackson
18. Love Is Hard (Previously Unreleased)
19. Ain’t Just A Southern Thing (Previously Unreleased)

#alanjackson #countrymusic #genuine #boomerangmusic
Em novembro de 2002, há exatamente 23 anos atrás era lançado o 8° álbum do cantor, compositor e guitarrista Eric Clapton @ericclapton o ao vivo e duplo "One More Car One More Rider".

Também foi lançado em DVD

Eric Clapton e banda 

Eric Clapton – guitar, lead vocals
Andy Fairweather-Low – guitar, backing vocals
Billy Preston – Hammond B-3 organ, keyboards, backing vocals
David Sancious – piano, keyboards, melodica, guitar, backing vocals
Greg Phillinganes - Hammond B-3 organ, keyboards/synthesizers
Nathan East – bass guitar, backing vocals
Steve Gadd – drums

Tracklist DVD

1 Key To The Highway
2 Reptile
3 Got You On My Mind
4 Tears In Heaven
5 Bell Bottom Blues
6 Change The World
7 My Father's Eyes
8 River Of Tears
9 Goin' Down Slow
10 She's Gone
11 I Want A Little Girl
12 Badge
13 Hoochie Coochie Man
14 Have You Ever Loved A Woman?
15 Cocaine
16 Wonderful Tonight
17 Layla
18 Will It Go Round In Circles
19 Sunshine Of Your Love
20 Over The Rainbow

#ericclapton
#onemorecaronemorerider #boomerangmusic