Collab “Máquina de Louco”
Os processos colaborativos que já vinham sendo uma tendência entre artistas e produtores parecem ter ganhado ainda mais força nesse final de década, marcado pelo isolamento social e mudanças profundas nas formas de produzir e se comunicar com o público. Após lançar, em abril de 2020, um disco de Dub juntamente com o produtor Buguinha Dub e um disco ao vivo com Gilberto Gil, o BaianaSystem passa a experimentar novos formatos de produção e chega ao final do ano com lançamentos de materiais através de outros parceiros numa junção de dubs, remixes e participações.
A Máquina de Louco, memória audiovideográfica do grupo baiano, organiza todo esse material que começa a sair no início de novembro com um Remix do DigitalDubs para a faixa título do disco Duas Cidades. O remix já tinha sido feito em 2017, mas agora ganha ainda mais força com a participação de YT, um MC que reside na Inglaterra e vem de uma comunidade caribenha. Seus versos em inglês complementam a letra original dando uma visão mais cosmopolita à canção. A faixa saiu pelo próprio selo do DigitalDubs, no dia 30 de outubro.
Em seguida (11 de novembro) sai uma versão inédita de uma faixa lançada em 2018 muito conhecida nos shows e que teve a participação da cantora angolana Titica e de Margareth Menezes. Capim Guiné Remix sai pelo selo de Victor Rice numa interpretação bem voltada pra pista feita por Victor, Dj Raiz do MiniStereo Público e DJ Leandro, que trouxe sua tradição e pesquisa nos ritmos afro baianos com muita percussão aliada à vocais e synths hipnóticos, e como a própria Titica recita, um TecnoBass conectando pistas do mundo todo.
Na sequência, sexta-feira 13 de novembro, um encontro inédito entre Pavilhão 9 e BaianaSystem será selado com o lançamento do single “Lockdown/Cidade Perdida“, numa faixa que fala de violência policial, racismo e pandemia. O convite foi feito há dois meses pelo Pavilhão 9 que já tinha pré produzido a faixa e, numa série de encontros virtuais, foram incorporados berimbau, guitarra baiana, beats e uma nova letra com elementos bem fortes das duas bandas.
Ainda em novembro, mais precisamente no dia da consciência negra (20 de novembro) o selo Máquina de Louco lança o novo disco da Orquestra Afrosinfônica, intitulado “Orin“. A orquestra é dirigida e regida pelo maestro Ubiratan Marques, e tem as participações de Dodô Miranda, Lazzo Matumbi, Gerônimo Santana, Mateus Aleluia e do BaianaSystem, que participa na faixa “Água”, faixa de abertura do álbum “O futuro não demora” e composta em parceria com o maestro. “Orin” é o segundo disco da Afrosinfônica e terá capa assinada por Vik Muniz.
Outro lançamento em parceria com a Vinyland será o compacto em vinil com a faixa “Cabeça de Papel”, contendo a versão original e um remix feito pelo Tropkillaz. A bolacha será uma edição especial para colecionadores e DJs, e o emblemático e sarcástico personagem reaparece trazendo sua força crítica e política para balançar as estruturas nesse momento difícil que vivemos.
Voltando aos remixes, o BaianaSystem foi convidado para participar do disco de remixes feito para comemorar os 10 anos do lançamento de Efêmera, álbum de estréia da cantora Tulipa Ruiz e que será lançado ainda em 2020. A faixa sugerida por seu irmão e produtor Gustavo Ruiz foi “Só sei dançar com você” e terá produção de Junix 11 e João Meirelles, integrantes do BaianaSystem e produtores de trabalhos com artistas como Jadsa Castro, Josyara e Giovani Cidreira.
Seguindo no pensamento de collab a Máquina prepara ainda um novo site onde vai disponibilizar ítens de parcerias com a Re-Roupa, além da discografia em vinil e cassete, camisas, vídeos e outras surpresas do BaianaSystem. A Máquina não para.
Bebel Prates – Assessoria de Comunicação