Lô Borges lança “Muito Além do Fim”
Assista ao lyric video de “Muito Querida”
Já está disponível em todos os aplicativos de música “Muito Além do Fim” (Deck), o novo álbum de Lô Borges. O registro marca a retomada da parceria de sucesso de Lô com seu irmão, Márcio Borges, com quem compôs pérolas como “Um Girassol da Cor de Seu Cabelo”, “Clube da Esquina” e “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, entre outras.
“Muito Além do Fim” apresenta 10 canções inéditas e conta com a participação especial de Paulinho Moska na faixa-título. Nas gravações, Lô Borges (violão) foi acompanhado por Henrique Matheus (guitarra), Thiago Corrêa (contrabaixo, teclado e percussão) e Robinson Matos (bateria). Lô assina a produção ao lado de Henrique Matheus e Thiago Corrêa.
A novidade chega acompanhada do lyric vídeo da música “Muito Querida”, que já pode ser assistido no canal de YouTube da gravadora Deck.
Foto acima por Rodrigo Brasil
Release abaixo Por Paulinho Moska
Lô Borges – “Muito Além do Fim”
O ELO DO ECO
Como pode um sertão ser tão precioso? Antes de ser Minas Gerais, era Minas. O caminho do ferro, do minério, do ouro e das pedras preciosas. As veredas gerais chegaram quando Minas foi abraçada pelo sertão, pelas terras internas. Deu-se então um abraço de irmãos, os irmãos Minas Gerais. O abraço da música dos trilhos e a poesia da terra: a canção sem cansaço de Lô e Márcio Borges, a quina da esquina.
Depois de nove anos sem compor juntos, os irmãos mineirogerais nos oferecem dez parcerias inéditas e urgentes, todas compostas à distância durante a pandemia e o isolamento. O álbum se chama MUITO ALÉM DO FIM e a primeira sensação que experimentamos ao entrar em contato com ele é de que tudo melhora quando a escuridão vai embora. A vida, o mundo, o tempo, os afetos, a viagem, os delírios. E o perfume que fica é essa dimensão grandiosa do muito e do além, que transmuta o fim em eterno, em infinito. Em recomeço.
Tive o privilégio de escutar o disco, antes de todo mundo, Muito Além do Fim, nos últimos dias de 2020 na pequena cidade de Piau, Zona da Mata/MG e escrevo essas palavras na primeira manhã do ano novo. Aqui, o silêncio aumenta o som dos pássaros, cada brisa é uma ventania e cada chuva é um temporal, mas tudo parece ser a sala de cinema do disco exibindo um filme sobre elos e ecos. E nesse filme, Lô cria a música primeiro e Márcio encaixa as letras depois. Lô é Minas, o trem que leva em seus vagões a harmonia e a melodia das canções. Em sua voz anuncia-se a poesia enraizada no solo fértil das palavras, sentidos e fotografias de Márcio: as Gerais. É o abraço perfeito, o reencontro original, a rosa preciosa. Elos que novamente se dão entre os irmãos através do eco, um do outro.
O elo do eco. O ser tão precioso de Lô e o sertão precioso de Márcio.
Me arrisco a dizer que é o disco mais pesado do artista Lô. O momento é pesado e o grito se faz necessário. A bem-vinda sonoridade roqueira do álbum é como uma estrada de ferro que avança sempre no presente, mas também em todas as direções, passeando pelos labirintos do passado e flutuando nos sonhos do futuro, delineando enfim uma beleza arcoírica na paisagem das canções.
Na explosão das guitarras distorcidas e dos violões que colorem as sofisticadas harmonias desenhadas por Lô, o excelente trio de músicos se completa com bateria e baixo, num clássico e vigoroso power trio de rock. A viagem é intensa. Lô me contou que compôs todas as músicas do disco em completo isolamento com um violão de cordas de nylon, mas usou uma palheta, geralmente usada nos violões com cordas de aço. E assim nasceram canções delicadas e poderosas ao mesmo tempo, com as palavras de Márcio dialogando com nossa condição humana.
Muitas frases das letras revelam nossa solidão epidêmica em metáforas constantes como “Tudo que posso ver é este hoje aqui, é este agora longo”, e nos lançam na incerteza com “A roda vai levando pra muito além do fim”, mas também nos dão esperança e celebram nossa existência e luta como em “Chega na varanda e vem cantar comigo as lições da vida, que ela será sempre querida”.
O sentido é sempre diverso em si, diferentemente do significado. E numa das minhas audições do disco fiz uma leitura particular em que todas as letras falavam sobre a mesma coisa: a canção.
Uma metalinguagem, como se o personagem corajoso do filme fosse o próprio ofício/vício da composição. O processo de criação aparece em muitas faixas, está tudo lá: a solidão, o violão, o piano, os acordes, o pensamento, os versos, o canto, a esperança. A canção celebrada como a vida.
E a vida celebrada como canção. É certo que, especialmente para os compositores, cada canção é um momento de amor. Então o disco é também sobre o amor.
O amor de viver compondo canções. O amor do abraço de irmãos. O elo, o eco.
As Minas Gerais de cada um de nós.
Muito além do fim.
Para o “ídoLô” Borges e o professor Márcio.
Obrigado por tanto amor, por todas as canções.
Agradeço também a cumplicidade e a alegria de cantar no disco.
Meu abraço.
Paulinho Moska
Piau/MG, 01/01/2021
Paulinho, você chegou no álbum “Muito Além do Fim” com tanta generosidade, dedicação, inspiração e talento, que comoveu todos nós. Agora nos presenteia com o primoroso texto “O Elo do Eco”. Eu e Marcinho somos eternamente gratos! Obrigado amigo! – Lô Borges
Ficha Técnica
Produzido por Lô Borges, Henrique Matheus e Thiago Corrêa
Direção Musical de Lô Borges
A&R de João Augusto e Rafael Ramos
Produção executiva de Marcelo Pianetti
Gravado e mixado por Henrique Matheus no Estúdio Frango no Bafo (BH)
Voz e violão de Paulinho Moska gravado por Nilo Romero no Estúdio Fábrica de Chocolate (RJ)
Voz Lô Borges em “Muito Querida” gravada por Henrique Soares, no Estúdio Ultra (BH)
Masterizado por Matheus Gomes no Estúdio Tambor (RJ)
Projeto gráfico e fotos por Rodrigo Brasil
Lettering por Pedro Hansen
Tracklist:
1. MUITO ALÉM DO FIM
2. MUITO QUERIDA
3. COPO CHEIO
4. VIDA RIBEIRÃO
5. RAINHA
6. CANÇÕES DE PRIMAVERA
7. CAOS
8. MELHOR ASSIM
9. TERRA DE GADO
10. PIANO CIGANO
Todas as faixas compostas por Lô Borges e Márcio Borges
Com informações: Batucada Comunicação